Capítulo 7_Glória é para Maçãs II

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    Já era noite, ventava e fazia bastante frio, aquilo quase não era sentido por Árabel, estava preocupada demais com a irmã Lirahy para sentir qualquer outra coisa. A demônio não tinha retornado para casa e muito menos falado para onde tinha ido ou deixado se quer um bilhete. Árabel tinha a esperado na casa, mas como não aparecia foi vencida pela preocupação e saira pelas ruas da vila a procura da mesma, não apenas dela como de suas amigas que também haviam desaparecido.

     As ruas estavam até que movimentadas aquela noite, havia alguns grupos de anjos e demônios se encontrando uns com os outros de forma separada, andando pelas ruas ou sentados em bancos e conversando, todos meio tensos e desconfiados por causa do que acontecera com a escola no dia anterior. Árabel se encolheu no capuz e continuou perguntando aos conhecidos que encontrava se tinham visto a demônio, nenhum deles confirmou.

     Após chegar próxima a escola destruída foi que parou, havia um velho demônio sentado num banco ali perto, tinha ambas as mãos apoiadas em uma bengala e encarava o horizonte distraidamente, Árabel se aproximou a fim de cumprimentá-lo:

     — Olá... Sr.Ato.

     O demônio voltou o rosto para ela a reconhecendo, o velho conhecia a todos que habitavam aquele lugar:

     — Boa noite Srta. Árabel.

     — Infelizmente não é uma boa noite, o senhor... o senhor por acaso não viu minha irmã por aí? — O tom de voz era aflito. — A Lirahy...

    — Ela sumiu? Nesse caso não é uma boa noite mesmo... — o velho murmurou encarando o nada.

    — Não sei para onde ela foi nem com quem.

    — Lamento, não a vi...

    — ...

    — ...mas talvez ainda haja uma solução.

     Árabel o encarou sem entender o que ele queria dizer, apenas suspirou:

     — Qual?

     — Já falou com Demetria?

     — Demetria? Ah! Você fala de uma das regentes da escola?

     O velho confirmou com um gesto de cabeça:

    — Ela pode causar temor em alguns, porém é a única que pode lhe dar alguma informação útil.

     — Mas, onde posso encontrá-la? A escola não está aberta até que seja restaurada...

     O velho ergueu a bengala de madeira e apontou para o topo da montanha, Árabel o acompanhou com o olhar:

     — Oh, na casa...

     — Sim, infelizmente, ela é a única que pode atendê-la agora, ah... aquela anjo tem muitas histórias, tanto passado.... — divagou.

     — Acho... acho que entendi, obrigada senhor Ato.

     — Hm... disponha.

     Árabel se afastou esfregando as mãos geladas. Iria procurar pela vila mais um pouco antes de se encontrar com a anjo, quem sabe ainda tinha esperanças de encontrar a irmã, quem sabe...

 Iria procurar pela vila mais um pouco antes de se encontrar com a anjo, quem sabe ainda tinha esperanças de encontrar a irmã, quem sabe

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