Ainda recordo aquele dia...
Se passaram apenas uma semana que terminamos o nosso noivado, e na minha cabeça estava um caos, ou melhor, tudo estilhaçado, pedaços por todos os lugares por onde passou, tocou.Foram cinco anos longos.
Eu tinha apenas dezoito anos quando descobri que o amor é puro, mas, somos capazes de culpa-lo por nossos erros mais febris.Era quarta-feira, vi você num novo relacionamento com outra, logo você que me fazia promessas de amor eterno.
Nem fez um mês ainda, eu pensava. No dia seguinte, recebi uma ligação do meu pai:
- Oi! Bebê, vamos comer uma pizza final da tarde?
- Oi! Pai, vamos sim.
Caminhamos a pé até a pizzaria, a nostalgia de sentar na mesa e lembrar de todos os momentos que vivenciei naquele lugar.
Contei para o meu pai, que eu estava despedaçada, clamava a todos os deuses para curar daquela dor sem fim, como ele poderia estar tão bem e eu tão devastada?
O meu pai, que me viu chorar inúmeras noites por ele, pelas ações dele, sorrindo calmante respondeu:
- Meu bem, está assim, tão transtornada por vê-lo em outra relação, é porque ele dizia ama-la e já está com outra.
Filha, ainda terá muitos amores na sua vida e alguns deles vão machucar-te, trocar-te, decepcionar-te.
Mas a questão é, quantas vezes irá parar e entender que o amor não faz mal, ele traz uma inefável alegria, traz frescor, traz cores.
Nem sempre vai ser bom, mas cresça com todas as experiências que tiver e lembre-se: é a mulher mais incrível do mundo, por isso, não vá aceitar nada além do que merece.Aos dezoito anos eu conheci a minha primeira traição amorosa, pensei que fosse morrer.
Eu morri, e renasci.
Olho-lhe hoje em dia, e vejo o quão forte eu fui para uma menina que estava a sair do casulo.
Você quebrou-me, mas abriu os meus olhos para mulher maravilhosa que sou.
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