Se eu pudesse salvar-lhe, eu o faria, querida.
Eu gostaria.
Mas eu não posso.
Pois, aprendi várias vezes que os seres humanos não podem ser salvos, nem consertados, nem crescidos por outros — eles só podem ser amados.
Então eu vou amar-lhe, assim do jeito que é.
Com todo o seu silêncio e as perguntas sem respostas para os sentimentos.
Eu lhe amarei nos dias em que a sua risada encontrar os seus olhos, e eu também amarei você quando isso não acontecer.
Eu lhe amarei nos dias em que for feito de luz, e também amarei você quando o mundo parecer uma carga que tem que carregar sobre os seus ombros, amarei você através da sua cura e amarei você através da sua vida.
Quer abrigo?
Estou aqui, querida.
Eu lhe amarei através da sua paz, e eu lhe amarei através da sua dor.
Eu amarei você quando você se amar, e eu amarei você quando você não se amar.
Recusar-me a apaixonar-me pela ideia de quem pode ser se eu fosse beliscar, dobrar, remendar e costurar você em outra pessoa, se eu jogasse um cobertor sobre a bagagem na sua caixa torácica, concentrando-me apenas nas partes mais bonitas de você.
Eu recuso-me a amar pela metade.
Então — mostre-me onde prospera, e eu vou amar-lhe lá. Mostre-me onde quebra e eu vou amar-lhe lá.
Mostre-me onde espera e eu vou amar-lhe lá.
Mostre-me onde duvida e eu amar-lhe lá.
Mostre-me onde você se esconde, e eu vou amar-lhe lá.
Mostre-me o seu coração aberto, com medo e batendo na sua maior afiliação e no seu crescimento e eu amarei, querida, amarei.
Amarei você com todo o seu caos.
Amarei você do jeito que for.
Querida, sempre lhe amarei.
