Alguém com ansiedade se apaixona como você.
A única diferença é que, enquanto se apaixonam, o cérebro deles também apresenta um milhão de razões diferentes pelas quais não deveriam. Alguém com ansiedade se apaixona devagar, com cautela, porque está sempre pensando — isso não pode durar, isso não pode ser real, isso é bom demais para ser verdade, algo vai estragar isso em algum momento.
Alguém com ansiedade se apaixona enquanto sente uma estranha mistura de esperança e pavor.
Espero que eles tenham finalmente encontrado alguém com quem possam conversar, alguém em quem possam confiar.
E pavor que eles não serão bons o suficiente.
Que eles não merecem isso, que o seu coração agora dorme pacificamente nas mãos de outra pessoa, mas que isso pode acabar sendo quebrado a qualquer momento… Mas alguém com ansiedade também se apaixona de todo o coração.
Eles se apaixonam feroz e absolutamente e com o compromisso com algo que é finalmente leve, emocionante e real.
Eles se sentem assustados, mas certos, descontrolados, mas também alegres. Alguém com ansiedade aprecia as coisas grandes, mas se apaixona durante os pequenos momentos — passeios tranquilos de carro, dorme profundamente, do outro lado da sala, no meio de uma festa chata.
Eles se apaixonam durante conversas tranquilizadoras
Eles se apaixonam por segurar as mãos, o que os (deixa) mais à vontade num voo turbulento.
Eles se apaixonam durante uma soneca de sábado e um café da manhã que é apenas um bagel num banco e um fim de semana passado com uma família que começa a parecer um pouco com a sua.
Eles se apaixonam durante as pequenas coisas, porque as pequenas coisas fazem com que se sintam normais.
As pequenas coisas com alguém especial, lembram que não é preciso muito para trazê-las de volta de uma noite escura ou de um ataque de pânico, ou de um colapso no trabalho. Alguém com ansiedade se apaixona do jeito que você se apaixona, intensa e vulnerável e totalmente.
A única diferença para eles é chegar a um lugar em que acreditam que realmente o merecem.
