Não sei o que responder, a ferida ainda está superficial. Ainda dói tanto, um ano depois e eu não sei perdoar. É uma mistura de decepção, isso, decepção. Passei tanto tempo com alguém e não conhecia de verdade. Não, eu que criei você na minha cabeça, projetei um amor de novela.
O tempo vai passar, e tudo isso vai ser esquecido novamente.
Dois anos depois da mensagem, o inevitável acontece.
— Oi! Louise, suponho que precisamos conversar, existem ciclos que preciso encerrar. Não estou bem com essa situação. Podemos? (Mensagem enviada)
— lua, podemos sim. Só você dizer o dia e a hora.
— combinado. O encontro finalmente aconteceu.
— Enfim, estamos aqui… (Olhares marejados e silêncio)
— Luamanda, queria que você me olhasse nos olhos e falasse com sinceridade
— O que te faltou? Estou esse tempo todo me sentindo tão insuficiente. Insuficiente para ti. Me desdobrei dia pós dia para te fazer feliz. Eu não pensava em mim, somente em ti. Queria o melhor da vida porque você era minha vida, lua.
Eu te perguntei tantas vezes se você estava feliz e você mentia dizendo que sim.
Te perguntei se você gostava dela e você me disse serem amigas e não passava nada.
Lembra que você disse que não aguentava mais as minhas implicâncias? E olha só, as implicâncias se concretizaram.
Sabe o que é pior?
Que eu pensei que você jamais faria isso comigo, lua.
Alguém que estava ali para ti.
Eu não dormia buscando uma solução para o teu distanciamento de mim.
E você com ela.
Quando você terminou, falando precisar de um tempo, quase que eu morri.
Tentando arrumar um jeito de tentar te fazer voltar.
E você com ela, sempre esteve com ela.
Você deixou eu me destruir, não teve coragem de falar a verdade. Me deixou sem respostas. Só me diz, olhando para mim, se um dia você me amou de verdade. Preciso tirar de mim esse sentimento de raiva. Só me diz isso, por favor…
— Não sei o que dizer, isso também me destrói, mas acredite, eu sempre amei você, sempre. Você é tudo para mim, Lô. (O silêncio pairou por alguns minutos).
