Não sei se fiquei desinteressante ou se me tornei mais exigente e maduro. Não sei se está cada vez dificil
encontrar uma parceria real numa época em que os aplicativos de pegação, a falta de interesse somada a falta de tempo tem transformado as pessoas em seres totalmente desinteressantes pela apatia. O fato é que cheguei num momento que cansei de estar sempre disponivel pras pessoas que cada vez mais parecem estar indispostas, cansei de tentar e de pensar em tentar mas acabar não tentando porque o interesse acabou antes disso. Cheguei no momento só meu - e talvez, você que está lendo isso também tenha chegado - isso não deve ser ruim se você se sente bem consigo mesmo e confortável pra fazer o que quiser, quando e onde quiser.
Chega um momento que as pessoas vem e vão, vem em vão. Nada contagia, parece que nada é bom o suficiente pra ficar. Ninguém é capaz de te devolver aquele brilho no olhar que todo apaixonado carrega consigo, ninguém é tão bacana o suficiente pra te puxar do limbo. Chega um hora que o coração da gente pede paz. De tanto apanhar a gente cansa das pessoas, cansa dos joguinhos que elas fazem, cansa das relações. E então, tudo que a gente quer, é ficar sozinho. A gente passa por cada coisa, recebe tantas pedradas ao longo do caminho, coleciona mais algumas decepções e tapas na cara que quando a gente amadurece, a gente passa a exigir mais do outro sem nem saber se o outro já passou pelas mesmas estradas que a gente percorreu. E então aquela frase do Arnaldo Antunes passa a fazer todo sentido pra gente: "Socorro, alguém me dê um coração, que esse já não bate, nem apanha".
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