Há uma energia dentro de mim que serve para me conter do próximo passo (seja ele qual for).É como se eu estivesse prestes a correr e alguém surgisse no último segundo, segurasse meu braço e me dissesse: “Ei, não faça isso!”.
Tenho esta essa sensação desde que me conheço por gente, às vezes a subestimo e em outros momentos a superestimo.
Ela vive e muda junto comigo.
Parasita.
Não importa o que eu faça, lá está ela… um pensamento pesado demais sobre meus ombros sugerindo que eu não faça isso ou aquilo.
— “Não se exercite hoje… caso o faça, treine pela metade!”
— “Não acredite nessa mensagem, estão mentindo para você!”
— “Aquilo que te disseram tal dia pode ter um significado diferente…”
— “Não faça nada, fique aqui sentado!”
— “Esse elogio é mentira, você não é nada disso!”
— “Você sabe que nunca será igual tal pessoa, não é?!”
Uma parte de mim mantém os olhos bem atentos esperando o primeiro deslize para então colocar um pé na frente e me ver estatelado no chão.
Sempre ignoro tudo no último minuto e dá tudo certo, mas até quando terei forças para driblá-la? (olha ela aqui de novo).
Não sei se é autossabotagem ou se é uma energia ruim inerente do ser humano que vai e volta, mas uma coisa é certa: ela torna o pessimismo, a autodestruição e o amor negativo mais palatáveis.
Pelo menos hoje ela não ganhou.
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