Os meses se passaram, Lua e eu não tivemos contato por quase três anos. Sempre a procurei nos lugares, mas nunca nos esbarramos.
Os dias foram de uma enorme saudade, o amor que eu sentia por ela seria capaz de passar por qualquer situação.
Aprendi também, que amar outra pessoa é deixar ela livre para seguir sua vida da forma que ela deseja. Mesmo que, seja sem você.
Continuei vivendo os meus dias de uma forma calma, indo o cinema, a livrarias, viajando e afins.
Mas nada era completo, porque faltava você.
Tinha você no cheiro do livro, em toda parte do meu apartamento faltava você.
Te procurei por toda parte, minha Lua, que ilumina por onde passa. Segunda-feira Lara decidiu fazer uma pequena comemoração no café aconchego, costumávamos ir juntas, só Deus sabe quando foi a última vez que fui naquele lugar.
Relutei, mas no final, acabei indo.
Cheguei atrasada como sempre, mas, alguém além de mim, estava atrasada também.
Ficamos esperando a pessoa chegar… (Olhares se cruzaram e risadas leves no lugar) O inevitável aconteceu: "Luamanda, Lua, a própria, a mulher mais bonita que os meus olhos já viram no mundo, com aquele sorriso tímido." (Pensou Louise) Ela estava radiante, usando suas roupas em cor neutra como sempre. Nossos olhares se cruzaram rapidamente, fiquei vermelha e nervosa, minhas mãos ficaram geladas.
(Luamanda vem em direção a mesa)
Começamos a conversar depois horas em silêncio, jogando sorrisos bobos uma para outra.
Passamos a comemoração toda assim, como duas adolescentes apaixonadas sentindo o coração quentinho por estarmos tão pertinho.
No final da comemoração os nossos amigos falaram olhando para nós duas:
(Gestos com as mãos sinalizando beijinhos)
— agora é com vocês, estamos indo embora, tchau, casal nerd.
— Que filhos de uma mãe, pensei. Então permanecemos lá.
Nunca me vi tão feliz em estar novamente ao lado dela.
Conversamos bastante e ela me ofereceu uma carona até em casa.
— 222B, saudade desse apartamento, tantos momentos bons passaram aqui. Falou lua com a voz embargada.
— É verdade, sabe ser sempre bem-vinda aqui em casa, Lua.
— sério?
— Na minha vida também.
— Louise, Eu ainda te amo, deixa me apresentar novamente, te mostrar que eu me tornei uma mulher melhor, mas o que sinto por você aumentou a cada dia que passei longe de ti.
— Então vamos nos conhecer novamente, porque eu nunca te esqueci nenhum dia se quer.
— eu te amo, Lô. Como nunca amei.
— eu te amo, Lua. Eu quero dividir diariamente minha vida você.
— recomeçamos?
— sim, mas preciso te mostrar uma coisa.
— O quê?
(Risos)
— O anel de noivado que comprei para te pedir em casamento.
Mas não pude.
— Eu aceito.
E assim recomeçamos os nossos nós.
