Capítulo 1

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•P.O.V. Melissa:

Meu nome é Melissa, mas pode me chamar de Mel. Eu tenho 15 anos, afinal, só faço 16 em outubro. Hoje eu vou ter meu primeiro dia de aula no 2° ano do ensino médio, na escola Califórnia High School. Mas falando a verdade, eu estudo nela desde meu primeiro dia de aula.

Eu vivo em casa com minha mãe, meu pai e minhas duas irmãs. Uma tem 4 anos e a outra é um ano mais velha que eu.

Eu tenho uma amiga chamada Chyler Leigh que tem 15 e é minha vizinha. E um amigo na escola, que tem 16 anos e se chama Ivan Mok, mas eu o apelidei de Kenny. Não pergunte. Sou amiga dos dois há muitos anos. A Chyler e o Ivan não são amigos. Apenas colegas. Mas eu sou muito amiga dos dois.

Bom, eu também tenho um namorado. Nosso relacionamento começou há 3 meses, o nome dele é Blake Jenner e ele é bem simpático comigo.

Eu acabei de acordar e tenho que me arrumar para ir a escola, não posso me atrasar no primeiro dia. Eu desligo o despertador que não parava de tocar, me levanto e desço para tomar café. De repente encontro minha mãe na cozinha.

- Bom dia, filha! - Ela diz ao me ver.

- Bom dia, mãe. - Digo esfregando meus olhos para tentar "acordar".

- Acordou de mau humor? - Ela pergunta colocando açúcar numa jarra de café.

- Sempre acordo de mau humor. - Falo andando até ela bem devagar.

- Enfim, vá tomar seu café. - Ela diz fechando a jarra.

Eu me dirijo até a sala de jantar e encontro meu pai sentado na cadeira, tomando seu café da manhã. Então, eu me sento também e vejo minha mãe trazendo a jarra. Até que ela se senta conosco.

- Animada para a aula Melissa? - Ele diz cortando um pão.

- Falando a verdade, nem um pouco. Vai ser que nem os outros anos que ninguém fala comigo e só tenho o Kenny de amigo. Todos de lá já me conhecem. Eu não sei qual é o meu problema. Eu nem sou uma nerd. E, mesmo assim, implicam comigo na escola. - Falo tentando me manter acordada.

- Nós já comunicamos a escola, eles não deixaram que isso aconteça. - Ela diz, me fazendo revirar os olhos.

- É sempre assim mãe, as coisas nunca se resolvem. A coordenadora dá uma suspensão ou uma advertência e eles voltam. Isso quando ela vê o que acontece. Eu só queria sair dessa escola! - Já estou perdendo o pouco de paciência que ainda me resta.

- Melissa, já conversamos sobre isso. Nós não temos dinheiro para outra escola, essa é a única que nosso dinheiro consegue pagar. - Ela fala tentando se justificar.

Não adianta o quanto eu fale, eles nunca vão entender o quanto eu odeio aquele lugar.

- Eu sei, pai. Eu sei. - Falo tentando cortar logo o assunto.

Termino de tomar meu café, faço minha higiene e subo as escadas novamente para trocar de roupa.

Abro a porta do meu quarto e encontro com a minha irmã se arrumando.

- Oi, mana. - Ela diz após se virar e me ver.

- Oi. - Falo andando até guarda-roupa. Ou quase me arrastando, que se encaixa como uma melhor descrição.

- Melissa e seu mau humor de sempre.
- Diz com sarcasmo e solta um sorriso.

- Jessica e suas tentativas de ser engraçada. - Abro a gaveta do guarda-roupa.

Não sei o que escolher. Não sou a mais vaidosa, então não costumo comprar muitas roupas. Ou você pode me chamar de "zelosa". Zelo pelo meu dinheirinho. Mas não ouse me chamar de "mão-de-vaca", já sou chamada assim pela Jessica, mesmo que contra a minha vontade.

Pego, então, o mesmo de sempre. Calça jeans, o a blusa uniforme e meu casaco. Sim, sou daquelas que sempre usa um casaco comprido. Que se dane o calor. Um tênis branco e finalizo. Não estou com ânimo para me vestir melhor e nem preciso. Não me arrumo para agradar os outros, afinal, ninguém paga as minhas contas.

- O mesmo de sempre? - Ela pergunta lançando seu olhar para mim de cima a baixo.

- A roupa é de quem? - Digo pegando o pente da sua mão e entrando no banheiro.

- Dei permissão?! - Ela exclama no nosso quarto.

A ouço gritar e volto até a porta para olhar para ela. A vejo com a mão ainda parada no mesmo lugar.

- O pente é de todo mundo, não preciso da sua permissão, nojenta. - Digo dando um sorriso sarcástico e volto para dentro, a fim de terminar de pentear meu cabelo.

- Chata! - A ouço bufar.

- Só não acorda a Kristina com esses gritos, em. Senão sobra para nós duas.
- Continuo penteando meu cabelo e olhando para o espelho, até que a vejo passar atrás de mim.

- Enfim, estou indo. Te amo, praga. - Diz vindo até mim e me dando um beijo na bochecha.

Retribuo e a vejo sair. Acabo de fazer minhas coisas, pego minha mochila e desço as escadas para ir para a escola.

Chego lá, deixo minha bicicleta no estacionamento da escola. Me sento no pátio esperando pelo Kenny ou pelo sinal... O que vier primeiro. Então, após uns 7 minutos esperando, vejo meu amigo. Aceno para ele e o mesmo vem até mim. Ele me dá um abraço e se senta do meu lado.

Finalmente o reencontrei. Kenny me fez muita falta, afinal, antes das férias conversávamos todos os dias, na escola.

- Como você está? Senti saudades de você nas férias. - Ele diz sorrindo.

- Eu poderia estar melhor. Sempre pode melhorar. Senti saudades de você também. Mas e você, como está? - Digo sorrindo, de volta.

- Eu não fiz nada de muito interessante nas férias. Só vi série e ajudei nas tarefas em casa. - Ele dá ombros.

- É, eu também não fiz muita coisa. Eu trabalhei de jovem aprendiz, porque as coisas pioraram lá em casa, e vi série. Foi basicamente isso.

(...)

Ficamos ali um tempo, até que ouvimos o sinal tocar.

- Você tem aula de que agora? - Digo me levantando.

- Matemática. E você? - Ele pergunta fazendo o mesmo.

- História. Que pena, nos vemos no intervalo. - Falo olhando para baixo, meio triste.

Pode parecer que estou exagerando, mas eu só fico bem em sala de aula quando ele está lá. Implicam menos comigo.

- Até daqui a pouco, Melzinha. - Ele diz me abraçando.

Nós despedimos e vamos um para cada lado.

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The Girl He Made Fun Of [CONCLUÍDA - EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora