Capítulo 26

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P.O.V. Melissa:

É, começou dezembro. Já faz um tempo que eu e Chris cantamos. Ainda nos zoam, mas algumas pessoas me olham estranho. Acho que não imaginavam que eu cantava, muito menos o Chris.

Estamos saindo da escola agora e fiz amizade com a Katie nesses últimos dias. O Chris sempre sai para algum lugar depois da aula, mas nunca me conta e eu já estou ficando desconfiada quanto à isso.

Hoje saímos mais cedo, então temos um tempo à toa até ele ter que ir pra esse tal lugar novamente.

Andamos bastante até que paramos na frente do lago que ele já tinha me mostrado uma vez. Ficamos tão cansados de andar, que  nos sentamos no gramado situado ao redor do lago. Só para constar, eu não vim de bicicleta pois não consigo mais. Eu lembro do Kenny toda vez. 

- Daqui a uns vinte dias esse lago já congela. - Chris comenta

Por que essa empolgação? Ele não é louco ao ponto de querer andar ali novamente..., é?

- Você vai mesmo andar nele? - pergunto

- Por que não?

- Sabe que é perigoso, não é?

- Sei, mas ele nunca quebrou comigo.

- Você é maluco, sabia?

Ele ri, assente e olha no relógio.

- Já são 18:30! - exclama

- E?

- Eu tenho que chegar em um lugar 18:45!

- Ah é, seu compromisso. Quando você vai me contar para onde você vai? Porque, sabe? Eu sou sua amiga.

- Você é. É só que eu não posso. Desculpa, está bem?

Eu encolho os ombros e nos levantamos. Ele começa a me encarar com as sobrancelhas franzidas. 

- O que foi? - questiono

Ele põe a palma de sua mão sobre  minha bochecha.

- Como você pode ser tão linda? - Chris

Eu congelo com a frase dele. Geralmente, eu sou a esquisita.

- Do nada? - pergunto

- Não. Não é "do nada". É porque tem uma coisa.

Ele encara meus lábios. Eu percebo a intenção dele, desvio meu rosto e, com minha mão, retiro a dele do meu rosto.

Ele abaixa o olhar, mirando a visão para o chão.

- Desculpa, eu não posso. - falo

- Porque eu sou um babaca?

Diz e olha nos meus olhos.

- Não, não. É que você está escondendo alguma coisa de mim, e eu prometi pro Kenny que não ficaria com mais ninguém que tenha segredos. Nós fizemos um trato e, por mais que eu confie em você, não quero descumprir. Desculpa.

- Eu não posso, já te disse.

- Eu também não posso... Desculpa.

- Eu sinto muito. De verdade.

Ele concorda com a cabeça e vai embora olhando para o chão e as mãos no bolso.

Onde será que ele vai? É todo dia depois da escola. E se eu seguir ele? É muito errado isso, eu sei, mas eu preciso saber. Está bem, eu vou!

(...)

Eu o sigo por uns 20 minutos e ele entra em uma porta que, atrás da mesma, há uma escada. Espero ele subir e vou depois. 

Subo no andar de cima e fico escondida atrás de uma parede, mas consigo vê-lo. É um lugar de dança pelo que parece. O Chris tira o casaco  e o joga num canto. 

Ele senta junto com outras várias pessoas no chão e com as costas na parede. Um homem fica em pé falando.

Depois de uns 15 minutos, o homem dá umas ordens.

- Quem vai primeiro? - pergunta o tal

Três pessoas se levantam.

- Muito bem. Quem não for se apresentar agora, permaneça sentado. - diz o homem

O professor se senta no chão próximo a parede, mas antes põe um pen-drive pra tocar, tal esse, que foi entregue a ele por um dos integrantes do grupo.

Há no local, também, uma pequena plateia, de mais ou menos umas 15 a 20 pessoas. Eu me sento no meio delas.

O primeiro grupo termina de se apresentar. O segundo, onde está o Chris, se levanta e entrega outro pen-drive na mão do homem. 

(Imaginem que o Chris é o de vermelho)


Eles acabam de dançar e ele me vê no meio da platéia. Eu sorrio e ele faz o mesmo.

(...)

Depois que a aula acaba ele vem falar comigo.

- Nossa, por que você não me disse que dançava? - pergunto

-Bom, pode parecer coisa boba, mas já me zoaram muito por dançar. E eu não queria que ninguém mais soubesse, mas você parece estar até feliz com isso.

- Lógico que eu estou, você dança muito bem.

Ele ri e olha para o lado. Sua visão fixa em algo que estava no fim da escada que dava para o andar de baixo. Eu olho também e ele sai correndo até o lado de fora. 

•P.O.V. Chris:

Eu juro que vi meu pai ali em baixo. Corri até lá fora, mas não era ele. Me enganei. 

Será que eu sou igual a ele? Eu fico pensando nisso, às vezes. E se eu for legal agora, mas, depois de um tempo, ficar agressivo também? Acho que não posso fazer isso nem comigo, nem com a Melissa, nem com ninguém. Vejo ela descer as escadas atrás de mim.

- O que aconteceu? - pergunta preocupada

- Desculpa, eu não posso.

- Não pode o quê?

- Mesmo sem segredos entre nós, isso não pode acontecer, me desculpa.

- Me diga o que aconteceu, por favor.

- Eu não posso me apaixonar. É isso. Não quero que seja mais difícil. Por favor, fique longe de mim.

Eu digo e entro no estúdio de novo, a deixando do lado de fora.

Eu sou um babaca mesmo, não tem outra opção para mim. Será que eu devo voltar a ser um babaca na escola? Assim, não me apaixono por ninguém, pois todos vão me odiar. Não dá para eu gostar de alguém. E sei que a Melissa virá atrás de mim de novo, por isso, preciso fazer ela me odiar.

(Demorei, mas cheguei)

(Gente, só eu que não estou gostando dessa fanfic?)

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The Girl He Made Fun Of [CONCLUÍDA - EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora