Capítulo 39

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•P.O.V. Chris:

Acho que já deu tempo de a Melissa sair da escola. Não posso demorar muito, senão minha mãe pode ficar preocupada. Melhor eu ir. Desço do muro. Abro a porta e desço as escadas para chegar no andar de baixo.

Durante todo esse tempo, todos os dias, nós costumamos ir para o telhado da escola. É o único lugar que podemos ficar juntos sem ninguém nos impedir. Até agora, pelo menos.

Finalmente, chego no andar de baixo. Vou reto, para passar pelo corredor, quando ouço um barulho e volto para próximo da escada.

Ok, não há nada aqui. Ao tentar seguir meu caminho de novo, ouço outro barulho. Volto novamente para próximo da escada. Não há absolutamente nada aqui. Decido olhar ao lado dela, onde passa um corredor, que dá para a porta dos fundos.

- Mel?! - Não acredito no que vejo. É o Jack forçando beijo com a Melissa... Isso me enoja.

Corro na direção deles, porém o Jack se assusta ao me ver e foge pela porta dos fundos. Não vou me esforçar o perseguindo, prefiro ficar e ver como ela está. A vejo se sentar no chão com as mãos sobre a cabeça e me abaixo ao seu lado.

- Calma. Você está bem? Ele fez alguma coisa com você? - Ponho minhas mãos sobre suas bochechas, a fazendo olhar para mim. Ela nega. Menos mal. Mas, mesmo assim, ele tentou. A abraço. Dou um beijo na sua testa e apoio meu queixo sobre sua cabeça. Começo a acariciar seus cabelos para tentar acalmá-la - Ele já foi. Calma.

(...)

- Chris... - Ela me chama após alguns minutos.

Estamos sentados ainda, no mesmo lugar, com as costas na parede. Ela deitou sua cabeça no meu ombro e eu continuo com a minha mão nos seus cabelos.

- Hm?

- Obrigada.

- Qualquer um faria o mesmo. Como você está?

- Não sei. Por que ele fez isso?

- Porque ele é um babaca. A gente pode sair daqui? Eu quero te mostrar uma coisa antes de você ir para casa.

- Vai demorar muito? Eu preciso ir para casa.

- Não muito. - Me levanto e estendo a mão para ajudá-la.

- Depois de passar da porta da escola, você vai pela calçada da direita, e eu pela da esquerda. Assim, ninguém vai desconfiar. Quando chegarmos no lugar eu aviso. Ok? - Ela concorda.

(...)

Chegamos. É aqui. Paro de andar e a chamo, ao perceber que não há ninguém nos vendo. Ela atravessa a rua.

- Você é maluco, se acha que eu vou andar aí. - Sim, trouxe ela para o lago congelado. Eu disse que um dia iria andar aqui com ela. Esse dia chegou.

- Vamos, aproveite que hoje não há ninguém aqui.

- Chris, se essa merda quebrar... - Eu sempre ando aqui e nunca aconteceu nada.

- Não vai. - Digo me distanciando alguns metros e estico minhas mãos. - Você não vem mesmo?

- Argh, estou indo! - Ela se aproxima de mim e damos as mãos. - Isso escorrega demais! - Começamos a rir, porque ela mal consegue manter o equilíbrio.

The Girl He Made Fun Of [CONCLUÍDA - EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora