Capítulo 8

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•P.O.V. Chris:

Tem uma menina na minha escola. Descobri, ontem, que seu nome é Melissa. Ela é uma das pessoas que eu e meus amigos zoamos, só por diversão. É até engraçado ver ela com raiva.

Hoje, eu e meus amigos combinamos de zoar ela de novo. Vamos fazer algo maior...

Acordei, tomei um banho, coloquei uma roupa, penteio meu cabelo e desci as escadas. Fiquei enrolando um tempo, até que decidi procurar meus pais e ver se já estavam acordados. Quando me deparo com minha mãe, descendo as escadas. Ela está meio estranha hoje.

- Bom dia, mãe. - Talvez, eu esteja animado, logo de manhã. Isso assusta até a mim mesmo.

- Oi, filho... - Acho que ela perdeu sua animação, e eu a achei.

Vou até ela, dou um abraço e um beijo em sua testa. Até que olho para seu rosto e vejo uma marca roxa. Tem duas formas dela ter conseguido isso. E sempre é a pior das opções. Eu odeio o jeito que as coisas são.

- Mãe, como você conseguiu isso?

- Eu bati meu rosto, sem querer. - Ela protege demais quem não deve.

- Mãe..., foi o pai..., não foi? - Pergunto algo que, para mim, já estava óbvio.

- Não faça nada de errado, Chris. - Eu sabia. Já chega.

Me encho de raiva. Subo as escadas, abro a porta do quarto dos meus pais e encontro meu pai mexendo em seu guarda-roupa. Chego perto dele e o encurrá-lo na parede.

- O que você está fazendo, filho? - Ele ainda ousa a perguntar isso.

- Eu não sou filho de um homem que bate na esposa... - Nunca senti tanta raiva, quanto estou sentindo agora. Quem ele pensa que é?

- Você não tem nada a ver com isso! Eu só fiz o que ela mereceu!

Encho meu punho e dou um soco nele, a que minha irmã aparece no quarto.

- Pare, Chris! - Por que ela ainda o protege?

Katie para na minha frente. Não vou conseguir ver as coisas continuarem dessa forma, preciso fazer alguma coisa. Saio do quarto puxando meu pai pelos braços e o jogo para fora de casa.

- Eu juro, se você voltar nessa casa, ou voltar a se encontrar com minha mãe, você sofrerá consequências.

Solto palavras que parecem não serem minhas. Não sei, mas não sou eu no controle. Talvez, um alguém que, há muito tempo, vem tentando agir, mas não conseguia.

- Você não pode fazer isso! Eu sou seu pai e eu mando em você!

Como ele ainda tenta se defender? Será que ele nunca vai admitir que está errado? Está cego de quê? De ódio? Ódio por quem? Só se for por ele mesmo.

- Para mim, agora, você é um estranho. Você não é mais meu pai. Aliás, nunca foi.

Finalmente eu disse o que tanto queria dizer. Como se eu estivesse botando algo, até então preso, para fora, depois de anos. Fecho a porta e vou até minha mãe, que estava sentada no sofá da sala, com as mãos no rosto.

- O que você fez, Chris? - Sinto sua decepção.

Não importa o que ela diga, eu sei que fiz a coisa certa.

- Nada que ele não tenha merecido.

Vou até ela e a abraço. Peço para ela me ligar, se caso ele voltar, e saio com a minha irmã para a escola.

Preciso descontar essa raiva em algo. Vou aproveitar e vou zoar logo a Melissa. Ela terá uma surpresa, quando for embora.

(...)

The Girl He Made Fun Of [CONCLUÍDA - EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora