Capítulo 16

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•P.O.V. Melissa:

Hoje é dia das mães. Não tenho nada para dar à minha, afinal, o meu foi literalmente ralo a baixo. Eu quase nunca dou algo à ela, nunca tenho como comprar. Desço as escadas e preparo o café para ela, com a ajuda do meu pai. Ela ainda está dormindo.

Terminamos de fazê-lo e levamos para minha mãe, que ainda está na cama. Ela acorda e logo solta um sorriso ao nos ver. Eu e meu pai nos sentamos ao lado dela.

- Feliz dia das mães! - Digo abrindo os braços e me aproximando para a abraçar.

- Obrigada, minha princesa.

Sorrio com o apelido. Ela sempre me chamou assim, mas ultimamente acho que esqueceu... Ou eu cresci.

- Mãe, não tenho nada para você. Quero dizer:... Eu tinha, mas... - Droga, não vou conseguir jogar a culpa neles. - perdi.

- Está tudo bem, Mel. Só me importa você aqui. - Ela diz me fazendo abrir um sorriso.

(...)

Alguns meses se passaram e não aguento mais. Já chega! Não dá para continuar nessa situação! Quero sair dessa escola agora! Faz meses que o Christopher chegou e fez da minha vida um inferno! Por que raios ele teve que entrar nela?! Só piorou tudo!

Nesses últimos meses, o Kenny tem passado o dia com a Katie, ou seja, nem o meu melhor amigo fica perto de mim. Me sinto muito sozinha.

Enquanto isso, eu fiquei todo esse tempo, todos os dias, sendo zoada por aqueles miseráveis.

P.O.V. Chris:

A Melissa parece estar cada vez pior, cada vez mais irritada. Sei que eu estou transformando da sua vida um inferno, mas não posso fazer nada para ajudar ela. A ver mal, me deixa mal, mas não posso perder meus amigos.

Estou indo para a quadra, o treinador mandou me chamar.

Chegando lá, vejo várias pessoas na quadra de basquete correndo. O professor de educação física, no canto, com uma prancheta na mão e um apito na boca. Ele olha para mim.

- Você é o Chris, certo?

- Mandou me chamar?

- Sim, mandei. Venha aqui. Vou até ele e o mesmo me da a notícia que entrei para o time de basquete, pois abriu duas vagas. Assino na prancheta.

- Quando eu começo?

- Hoje ainda, após o intervalo. - Nossa, tão cedo. Que bom.

- Entendi. Obrigado. - Saio de lá com um sorriso no rosto e volto para minha sala.

(...)

O intervalo acaba e vou para a quadra. Chegando lá, descubro que também há um garoto novo, o dono da outra vaga. Ele é meio loiro e tem jeito de mimado. Riquinho, só pode.

Nós estamos treinando, até que ele vem falar comigo. Não, não, não, não. Não venha até aqui... Droga.

- Oi! Você também é novo no basquete, certo? - O que custa dar uma chance, não?

- Sou sim.

- Prazer, meu nome é Jackson, mas pode me chamar de Jack. - Ele estende a mão e eu o cumprimento.

- Meu nome é Christopher, mas pode me chamar de Chris.

- Você estava distraído, olhando para a parede, durante umas meia hora. Está tudo bem?

- Está. É só uma garota que eu não paro de pensar.

- Ah, entendi. Está justificado. - Ele solta uma risada nasal e eu, um sorriso fechado.

- O problema é que eu mesmo não tenho certeza se gosto dela.

- Como assim?

- É complicado. Eu zôo ela com meus amigos, mas ver ela dizendo que nos odeia me dá um aperto no coração. O problema, é que, se eu tiver mesmo apaixonado por ela, perco meus amigos.

- Que problema, em, Chris.

- Foi exatamente o que um amigo me disse. - Thom sempre dono da razão.

- Olhe, eu sei que não é da minha conta, mas... quem é a menina?

- A Melissa do segundo ano.

- Ah... A... Meli-Melissa? - Gagueja.

- Algum problema?

- N-não, não. Nenhum.

P.O.V. Ivan:

Não sei se estou mesmo apaixonado pela Katie. Quero dizer: eu gosto dela, mas... Argh, não sei! Gosto da Melissa, sabe? Há muito tempo. Desde o 7° ano do ensino fundamental. Ela nunca gostou de mim do mesmo jeito e tive que esquecer isso.

Mas não posso mais enganar a Katie assim. O problema é: a quem eu peço conselho?

- Kenny? Está tudo bem? Você tá há um tempo distraído. - Melissa diz me tirando dos meus pensamentos.

Quer saber? Vou resolver isso.

- Olhe, vou direto ao ponto. Se eu gosto de uma garota, e estou com a Katie, o que eu faço?

Ela respira fundo e arregala os olhos olhando para o chão, pensando numa resposta.

- Nossa, Ivan. Você vai ter que terminar com ela. Não é justo enganá-la assim, ela não merece isso.

- Será?

- Confie em mim, é o melhor que você pode fazer. Mas quem é a garota? - a pergunta e eu congelo.

- Melhor você não saber. - Desculpa esfarrapada, mas foi o que eu soube fazer.

- Por quê?

- Nem sei se ela gosta de mim.

- Então, quando você descobrir, me conte, entendeu?

- Por que eu sinto isso como uma ameaça?

- Porque é! - Nós rimos e o professor chega na sala.

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The Girl He Made Fun Of [CONCLUÍDA - EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora