Capítulo 41

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•P.O.V. Melissa:

Onde eu estou? No lago? No... céu? Me sinto tão leve, como nunca me senti antes. O estranho, é que não sinto dor. Onde diabos eu estou?!

Um cheiro de algo leve, mas, ao mesmo tempo, de nada. Não sei, ao certo, como descrevê-lo.

Abro meus olhos, aos poucos, e me vejo em um campo. Estou com uma roupa branca, um vestido. Ponho minhas mãos no chão para dar impulso e me levanto. - Que lugar é esse? - Vou andando e passando a mão pelo mato alto. Será que realmente eu... morri?

- Mel? - Ouço alguém me chamar. Essa voz soa tão familiar, tão nostalgica.

Me viro para trás, a fim de saber quem se encontra aqui, além de mim. É o... Ivan. Envolvido por uma blusa e uma calça branca, quase reluzentes, ele sorri para mim.

- Sentiu minha falta? - Diz abrindo seus braços. Vou até ele e o abraço.

- Eu não acredito... É você? Você de verdade? - Digo ao me separar. Coloco minhas mãos sobre suas bochechas e  admiro seu rosto. Sinto toda minha saudade indo embora, meu coração acelerando e meus olhos se enchendo de lágrimas.

- Se acalme, você ainda terá bastante tempo aqui. Bom, sobre a sua pergunta... não vou respondê-la exatamente. Vou fazer algo melhor, vou te mostrar a resposta.

- "Mostrar"? Como assim?

- Venha, me siga. - Ele diz se distanciando alguns metros. Permaneço no medo lugar. Isso não me parece uma boa ideia.

- Vamos, Mel. Confie em mim. Você ficará aqui para fazer o quê? Sozinha, no mato...? - É, ele tem razão.

- Está bem, vamos. - É o Ivan, eu sempre vou confiar nele.

•P.O.V. Chris:

A ajuda chegou. O Steve voltou com alguns socorristas e nos levaram a um hospital.

Não sei o que houve, mas, ao vê-los chegando, eu simplesmente apaguei.

Abro os olhos. Procuro algo ou alguém, tentando me localizar. Olho para o lado e vejo minha mãe, sentada ao meu lado, segurando minha mão.

- Chris...? - Ela olha para mim, ao me ver mexer, suponho.

- O que aconteceu? - É a única pergunta que me atormenta, se repetindo inúmeras vezes, na minha mente.

- Resgataram vocês dois e te trouxeram para cá. Você ficou desacordado algumas horas.

- E a Melissa? - Pergunto após alguns segundos em silêncio.

- Não sei sobre ela. A levaram para outro quarto.

- Eu preciso vê-la. - Digo me sentando sobre a cama, mas minha mãe me impede de continuar. Acabo deitado novamente.

- Nem pense em sair daí.

- Mas mãe... - É claro que não adiantaria argumentar. Não sei por que ainda tento.

- Sem "mas".

Fomos interrompidos por um médico que entrou no quarto. Sua expressão não é nada boa.

- Boa noite. - Nossa, está de madrugada mesmo. Nem havia percebido. - Christopher, certo?

- Certo.

- Tenho algumas notícias para você. - Ele diz fechando a porta. Isso não soa bem. - Você quer a boa ou a má primeiramente?

- A boa.

- Nenhum de vocês dois tiveram hipotermia. Vocês ficaram juntos, e o calor corporal evitou uma.

- Sério? - É quase impossível não adquirir uma. - E a má?

The Girl He Made Fun Of [CONCLUÍDA - EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora