O teto estava particularmente interessante nessa manhã. Minha mente estava a mil por hora, se dormi por duas horas foi muito. Eu sentia que um caminhão havia passado por cima de mim, não fisicamente, mas emocionalmente, não sei se é possível, mas é a maneira mais correta para me definir no momento.
- Hmm. - Harry resmungou se aconchegando em mim. - Bom dia. - sua voz quando acordava era mais rouca, era como ouvir anjos.
- Bom dia. - sorri para ele. - Dormiu bem?
Ele balançou a cabeça concordando enquanto a enfiava no meu pescoço e eu passei a mão na sua nuca acariciando, seus pés roçaram nos meus e eu simplesmente amava essa sensação. Eu amava cada sensação que eu sentia com ele.
Depois de enrolarmos um pouco na cama decidimos ir tomar café.
A noite passada foi... Foi surreal. Marie ficou com Gemma e Anne lá em casa e viemos para o seu apartamento. Cada momento desde que pisamos aqui foi como estar no paraíso. Harry além de fazer a festa surpresa para mim, quando chegamos ele conseguiu me surpreender com um ambiente totalmente romântico para nós dois. Velas, rosas, banheira, champanhe, morangos.
Quando levantei não contive uma careta e ele me olhou confuso.
- Está tudo bem? - veio até meu lado e colocou sua camiseta pela minha cabeça.
- Estou dolorida. - dei uma risadinha e ele sorriu sapeca.
- Desculpa, amor. - ele passou a camiseta branca pelos meus braços e passou a mão no meu cabelo.
- Aceito suas desculpas, só se eu me sentir assim mais vezes. - fiquei na ponta dos pés passando meus braços pelo seu pescoço. Sua cabeça foi para trás quando gargalhou.
- Cinco vezes não foram o suficiente? - ele tinha um sorriso brincalhão nos lábios quando contornou minha cintura com os braços. - Você dá trabalho, gatinha.
- Obrigada por ontem, por tudo. Você é incrível. - encostei suavemente seus lábios nos meus.
- Vem, estou faminto. - ele entrelaçou sua mão na minha e me puxou para fora do quarto.
- Você só pode estar de brincadeira. - parei largando sua mão. - Harry!
- O que? - me olhou confuso indo até a mesa.
- Como... Quando você fez isso? Eu acordei primeiro que você. - olhei para as três cestas de café da manhã em cima da mesa.
- Eu tenho meus meios. - ele me abraçou por trás.
- É lindo. - olhei para o buquê de rosas entre as cestas. - Por que tem duas brancas?
- Vinte e uma rosas vermelhas, e duas brancas, totalizando vinte e três. Sua idade e... - ele apoiou seu rosto no meu ombro. - Duas brancas correspondentes aos anos que fazemos parte da vida um do outro.
Olhei para tudo aquilo encantada. Virei para ele e percebi o quanto eu tenho sorte.
- Eu amo você. Eu amo tanto você.
- Eu amo você. - encostou seus lábios nos meus suavemente.
Ele sentou me puxando para o seu colo e tomamos café assim, entre risadas e carinhos.
Olhei atentamente para ele quando tomou um gole do seu café, ele me olhou e sorriu confuso.
- O que foi?
Eu sentia que poderia chorar. Eu o amava tanto que doía. Estar aqui, nos braços dele, receber tanto carinho e amor, respeito e consideração era algo que eu nunca, nem em um milhão de anos esperava. Eu nunca me senti dessa forma, nenhuma vez nesses desde que o conheço. E estando aqui, o observando faz eu querer chorar de tanto que eu o amo. Cada detalhe dele, cada linha, cada expressão, cada pintinha, cada tatuagem, cada fio de cabelo. Todas as células do meu corpo o amavam, e isso me fazia querer chorar. De emoção, de alegria, de amor. De muitas maneiras verdadeiras, eu o amava. Ele era meu conforto, meu porto seguro. Naquele exato momento, eu percebi que queria pertencer a ele.
- Eu... - minha voz ficou embargada antes que eu pudesse controlar. - Eu aceito.
- O que? - ele largou a xícara na mesa e a sua expressão ainda era confusa.
- Eu aceito, Harry. Eu aceito casar com você.
15 horas antes....
- Louis... - eu suspirei fechando os olhos. - Como... Como?
- Eu não sei, talvez eu já sentisse, talvez ficando com você por algum tempo tenha me mostrado o que realmente era isso. - seus olhos transbordavam. - Eu sinto muito.
- Não sinta. - peguei sua mão. - Eu...
- Você não precisa falar nada, ok? Eu entendo.
- Sinto muito, de verdade. - meu estômago afundou. - Eu amo você, e eu amei o que tivemos, e sim, isso anda na minha mente mais do que deveria. - soltei sua mão e comecei a andar no espaço pequeno. - Mas...
- É o Harry.
- Sim, é o Harry. - meus olhos se encheram de lágrimas.
- Se houvesse uma única maneira de fazer você entender que não consigo deixá-la. - sussurrou ele quando se aproximou novamente de mim. - Que eu não consigo... Eu não consigo achar forças para ficar longe de você.
- Louis...
- Eu sou exatamente o certo para você, Liza. Eu sei que você sabe disso. - seus olhos focaram nos meus. E sim, eu sabia disso. - É fácil para nós, confortável, é incrível. Eu sei que isso é fodido, acredite, eu realmente sei. - ele soltou uma risada nasalada. - Mas quanto mais se ama alguém menos sentido faz, não é?
- Lou... - minha mão foi até seu rosto, e ele fechou os olhos com o toque. - Eu amo você. Então por favor... Não me faça escolher. Porque vai ser ele. Sempre foi ele.
- Isso não vai me impedir de lutar por você. - ele pegou a minha mão e deu um beijo antes de sair e me deixar sozinha.
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150 coments + 120 favs trago uma att dupla pra vocês no próximo!
Espero que tenham gostado ❤️
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THE BABY - H.S PT
FanfictionParte dois de THE CAR - H.S PT Certifique-se de ler a primeira parte disponível em meu perfil.