twenty two

4.7K 359 382
                                    


I'm wastin' my time when it was always you, always you (Eu estou perdendo meu tempo, porque sempre foi você, sempre você)
Chasin' a high, but it was always you, always you (Procurando outras emoções, mas sempre foi você, sempre você)

Encarei o papel lendo mais uma vez as palavras manchadas e recostei minha cabeça no banco. 

Arrasada.

Eu me sentia arrasada. Eu pude ver, com meus próprios olhos o que é quebrar o coração de alguém. E eu senti doer em mim.

As lágrimas ainda insistiam em rolar pelo meu rosto. Eu estava me sentido a pessoa mais ruim do mundo. Mas o que eu poderia fazer? E o que não sai da minha cabeça é... Eu preciso perder um para poder ficar com o outro? Por que tem que ser dessa maneira?

- Hey. - atendi o telefone e pigarreei. 

- Está tudo bem? - a voz de Harry era suave. - Ainda está aí?

- Não, eu já saí. - funguei. - Eu não vou demorar. 

- Não foi tão bom, não é? - eu fiquei em silêncio. - Vai ficar tudo bem, Liza. Estou te esperando, ok?

- Obrigada. 

- Amo você. - e em meio a angustia que quase me sufocava eu me senti melhor ao ouvir aquelas palavras vindo dele. 

- Eu te amo. 

As ruas de Londres pareciam estar mais melancólicas enquanto eu dirigia para casa. E parecia uma eternidade até chegar, fazendo eu me afundar nos pensamentos sobre Louis. Ele escreveu uma música para mim, sobre mim. 

Merda

Estacionei o carro de Harry na garagem e respirei fundo algumas vezes antes de descer. Harry estava no sofá com o violão repousado ao seu lado e Marie estava no carrinho dormindo.

Cheguei e o abracei por trás o fazendo virar sorrindo.

- Nem escutei você chegar. - me deu um beijo. - Vem cá. - ele me puxou para sentar ao seu lado e colocou minhas pernas sobre as suas. - Como foi?

- Você tinha razão. - mordi meu lábio. - Ele está apaixonado por mim. 

- E como você se sente sobre isso? - ele começou a passar suas mão na minha perna e eu me senti mais confortada. 

- Mal. - funguei. - Você tinha que... - pigarreei sentindo minha voz ficar embargada. - O olhar dele quando eu contei. Ele ficou arrasado, Harry. Eu sinto que a gente nunca mais vai se recuperar disso, sabe? Nossa amizade nunca mais vai ser a mesma. - fechei os olhos deixando as lágrimas acumuladas caírem. 

- No tempo certo vocês vão se acertar. - ele pegou minha mão e a beijou. - Vai ficar tudo bem.

Eu suspirei concordando e ele me puxou para seu peito. Entreguei para ele o papel que eu apertava em minha mão e ele leu atentamente. 

- Uau. 

- Eu sei. - balancei a cabeça. 

- Eu acho que estou com ciúmes. - ele disse brincalhão e arrancou uma risada minha. 

- Bobo. - beijei seu pescoço. 

- Bom, mas eu também tenho. - ele me colocou para o lado e pegou o violão. 

- Para mim? - sorri animada. Ele sorriu e então começou a tocar. 

- You're wonder under summer sky, brown skin and lemon over ice. Would you believe it? - ele sorriu e eu poderia derreter de amores ali mesmo.  You don't have to say you love me, I just wanna tell you something, lately you've been on my mind, honey. - eu arqueei as sobrancelhas e ele rolou os olhos sorrindo. - I'd walk through fire for you, just let me adore you, oh, honey. I'd walk through fire for you, just let me adore you, like it's the only thing I'll ever do, like it's the only thing I'll ever do.

Eu senti que parecia o coringa de tanto que sorria. Ele largou o violão ao lado de novo e eu fui até seu colo passando uma perna em cada lado do seu tronco. 

- Eu amei. - coloquei a mão em seus cabelos. 

- Mesmo?

- Mesmo. - me aproximei do seu rosto. - Obrigada.

- Pelo que?

- Por tudo. - murmurei antes de encostar meus lábios nos seus. Sua mão foi para minha cintura e eu não contive o gemido que saiu dos meus lábios quando ele colocou sua mão gelada dentro da minha blusa a passando pelas minhas costas. 

Nosso beijo de calmo começou a ficar cada vez mais intenso. A outra mão dele estava na minha nuca agarrando meus cabelos e deixando cada parte do meu corpo arrepiada. Arranhei sua nuca e ele gemeu baixo contra minha boca. Ele me puxou para mais perto e os dois ofegaram ao sentir nossas intimidades se esbarrando. 

E então um choro nos despertou do momento quente.

- Timing perfeito. - ele gemeu colocando a cabeça para trás e riu. 

- Deixa que eu vou. - depositei um beijo rápido em seus lábios rindo e levantei indo até Marie. - Oi princesinha. - ela parou de chorar no momento em que ouviu minha voz e eu sorri a pegando. 

Harry veio atrás de mim. 

- Hmmm, é a vez da mamãe trocar a fralda. - ele riu quando sentimos o cheiro e eu olhei feio. - Amo você. - ele tocou um beijo enquanto eu ia até o quarto e eu levantei o dedo do meio e ele gargalhou. 

Troquei a fralda de Marie enquanto ela brincava com o tubo de talco. Eu achava incrível como a cada dia que passava ela ficava mais inteligente. Quando virei para para pegar uma nova calça para ela, Harry estava encostado no batente da porta sorrindo.

- O que foi? - perguntei.

- Nada. - deu ombros. - Gosto de olhar vocês.

Eu sorri com a sua declaração. E lembrei o que Gemma disse. Quando havíamos nos tornado tão família? 

Depois de fazermos a janta, ficamos com Marie até ela dormir e depois fomos deitar. 

- Harry? - tateei a cama sentindo o espaço vazio, e confirmei quando abri os olhos. Olhei no relógio e marcava três e meia da manhã. Estranhei olhando para a babá eletrônica vendo Marie dormindo. 

Levantei quando escutei algumas vozes. Ele estava no telefone?

Coloquei um roupão e fui até a sala onde a voz estava mais alta.

- Harry? - chamei de novo e ele não estava na sala. 

Fui até em direção ao Hall de entrada e parei quando ouvi a outra voz. 

- Você está podre de bêbado. - Harry estava com a porta aberta, o seu tronco me impedia de ver o outro homem. - Vá embora, Louis.

- Não me diga o que fazer. Eu quero ver ela. - Louis tentou passar por ele e Harry o empurrou.

- Louis. Eu não vou repetir. - sua irritação era aparente. - Vá para casa, amanhã nós conversamos.

- Eu não quero conversar com você. - ele cuspiu. - Eu preciso falar com Elizabeth. - ele empurrou Harry irritado. - Saia da minha frente. 

- Louis! - Harry o repreendeu. - Ela está dormindo, cara. 

- Como você ousa tirar isso de mim? - ele disse incrédulo para Harry. 

- Podemos não fazer isso? - Harry disse calmo, mas sério. - Ela está dormindo, eu aviso que você passou aqui e ela conversa com você amanhã. Pode ser?

- Até parece que você vai passar o recado. - riu. - Me deixe passar. - ele tentou mais uma vez e Harry o empurrou novamente, só que mais forte, o fazendo quase cair. 

Louis o olhou com raiva e foi para cima de Harry com o punho fechado. 







THE BABY - H.S PTOnde histórias criam vida. Descubra agora