Capítulo 26 - Little Monster

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Cada capítulo dessa história tem uma seleção de imagens e gifs que eu posto no meu tumblr (no sanjiinocente) vocês podem me seguir lá para receberem atualização ou simplesmente verem o link nas notas finais. E para fazerem perguntas aos personagens podem fazer no tumblr (ficsssanji). 

Música do capítulo (pelo menos do comecinho) é Happily da banda The Roque... Quer dizer One Direction... 
Boa leitura.

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--LIAM--

~28 de agosto de 2012~

Estava na varanda do meu apartamento, sentado numa espreguiçadeira e com um violão no colo. Aprender a tocar esse instrumento era peculiarmente relaxante e eu me fascinava com a junção da minha voz com o som que o violão produzia, era uma sensação mágica.

–– Cause we're on fire, we're all on fire. We're on fire now...

Cantei a primeira estrofe com meus olhos atentos nos meus dedos nas cordas do violão. Acabei me irritando quando errei uma nota.

–– Eu sempre erro essa nota! – disse bufando.

Olhei para o meio-gato na espreguiçadeira à minha frente, que sorria compreensivo.

–– Calma Liam, essa é sua quinta aula. Vou te mostrar como se faz – ele disse pegando o violão do meu colo e arrumando no seu.

Uller estava me ensinando a tocar violão durante o último mês. Era até simples, mas hoje não estava tão concentrado como antes. Uller, ou melhor, Ed Sheeran, era um Ashera, assim como eu.  Sua morte era uma culpa que eu carreguei por muito tempo, foi um alívio descobrir que ele e Loki sobreviveram de algum modo, tê-los de volta na minha vida era como estar finalmente em paz.

A forma humana de Uller era bem o que se poderia esperar: Cabelos ruivos, assim como sua barba rala, seus olhos eram claros e algumas sardas pelo rosto, sua cauda era menor e mais felpuda que a minha e ela era ruiva, do mesmo tom de seus cabelos. Sua forma de Ashera era um gato persa de pelos alaranjados.

Ao contrário dele, que estava totalmente vestido, eu só usava uma boxer verde, no cós da boxer se podia ler o nome da marca “Grint”. Era a marca do elfo do Ed, feita exclusivamente para híbridos, pelo menos para aqueles que tinham uma cauda.

Abraçado à minha cintura e minha cauda, um pequeno coala parecia dormir tranquilamente, ele se remexeu e virou sua cabecinha para cima, abrindo seus olhos preguiçosamente, um era azul e o outro era castanho.

–– Por que parou de...  – o coala falou em inglês, o que não me surpreendia mais, mas parou para soltar um barulho que lembrava o grunhido de porco e um arroto humano ao mesmo tempo. –... parou de cantar? – ele recomeçou bocejando.

–– Você não acha que é muita folga sua, Zedd? – perguntei tentando parecer irritado, mas na verdade não estava, simpatizava com sua forma de coala.

–– Folgado mesmo! – ouvi Andy concordar.

Ele estava plantado em um dos vários vasos de plantas que eu cultivava naquela varanda. Andy estava maior do que normalmente gostava de ficar, agora ele era uma planta de quase um metro de altura e em sua cabeça tinha alguns galhos médios com poucas folhas.  – Por que esseRambutan* pode ficar abraçado a você e eu não? – ele perguntou de braços cruzados, enciumado.

Eu não consegui evitar girar os olhos com aquilo. Depois que o Zedd “nasceu”, Andy começou ter crises de ciúmes.

O coala olhou pro Andy, que também o olhou. Soltou-se da minha cintura e pulou no chão e começou a se dirigir até o vaso lentamente, durante o percurso o corpo do pequeno coala começou a encolher e a ganhar uma cauda felpuda que era listrada em preta e branca, em segundos Zedd era um guaxinim, porém seus olhos ainda eram um azul e outro castanho.

Ashera - Ziam (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora