Capítulo 10

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  Já na sala de meu pai, eu e os meninos ficamos encarando aqueles olhos negros. Decidimos por não falar nada, para piorar nossa situação é fácil, fácil.

–Eu tenho muitas coisas para vocês fazerem, como estão em três espero que terminem rápido.–Fala meu pai, serio e autoritário.

Lá vem mas trabalho para os pobres bruxos. Que de pobres não tem nada.

–Potter, você vai organizar meus livros de poções em ordem alfabética.– Pai apontou para três pilhas de livros que se encontrava no chão, perto de uma estante vazia.

Eu acho que ele fez questão de desarrumar os livros o máximo possível. Alcivan olhou a pilha com um olhar cansado.

–Malfoy, você vai limpar todos os frascos que foram usados durantes todas as aulas do dia.–Ele dessa vez apontou para uma grande bancada onde tinha muitos, mais muitos frascos vazios, é alguns ainda com poções.

Draco fez uma cara feia e deixou os ombros caírem. Tenho pena dos calos que vão ficar nas mãos dele depois de lavar tudo isso.

–Black, você vai nomear todos os meus ingredientes, e sem usar pena especial.– Olho para dentro do armário de ingredientes. Agora tenho pena das minhas mão.

Mesmo ele não querendo, eu vou ter que usar uma pena especial. Ainda não aprendi a escrita inglesa.

–Posso nem usar uma pena de tradução?– Pergunto.

–porque você usaria pena de tradução?– Meu pai me olha de cima a baixo.

–Na minha antiga escola era tudo em Runas antigas. Ainda não sei escrever perfeitamente, então uso a pena de tradução.– Respondo simplista.

–Se é assim, eu permito.–Meu pai vira as costas para nós três.–E  sem usar magia.– Meu pai mostra nossas varinhas que estava nas mão dele.

Como ele conseguiu pegar nossas varinhas sem ao menos percebemos? Esse homem me surpreende cada vez mais.

Peguei minha pena especial, pai me levou ao estoque pessoal dele, e que estoque, vou passar o ano escrevendo. É maior visto por dentro. Vou ter muita pena das minhas mãos quando isso acabar.

Ficamos na sala de meu pai por tanto tempo que perdi a hora, minhas mãos estavam acabadas, as vezes eu escrevia com a esquerda, depois com a direita.

O fato de não usar magia esta deixando as coisas bem mais difícil para nós, ele nem facilita. Para que ter magia se não podemos usar? Não faz sentido. Tirar a varinhas dos meninos foi sacanagem.

É claro que ele sabia que eu não precisava de varinha, então ele ficava a maior parte do tempo me observando. O que eu achei desnecessário. Podem terminar isso em segundos se ele me deixasse usar magia. Mesma coisa para Draco e Alcivan.

Ele só passou 7 minutos sem me vigiar quando Draco quebou um vidro e acabou se cortando, enquanto ele curava Draco eu enfeitcei a pena para copiar sozinha, o que foi um alívio para minha mão. Também ajudei Alcivan com os livros, e como meu pai estava de costa, pude usar um feitiço de limpeza para ajudar o Draco. Mas nada muito exagerando para meu pai não perceber.

Draco deu uma piscada para mim enquanto eu trapaceava, mas creio que essa era a intenção dele.

–Estão dispensado por hoje, amanhã eu tenho que cuidar de outra detenção. Então quero vocês aqui depois de amanhã.– Fala meu pai quando nós finalmente terminamos com nossas obrigações da noite.

Saímos da sala acabados. Chegamos no salão comunal e nos jogamos no sofá. estávamos apenas sobrevivendo.

–Não quero ver livros na minha frente até amanhã.– Fala Alcivan.– Na verdade até próximo ano.

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