Capitulo 64

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Senti meus pés baterem no chão, soltei a Taça imediatamente. Harry e Cedrico também estavam por aqui.

–Onde estamos?– Pergunta Harry.

Cedrico ajudou Harry alevantar enquanto eu olhava em volta, não me atrevo a sair de baixo da capa da invisibilidade.

Estavamos inteiramente fora dos terrenos de Hogwarts; era óbvio que tinham viajado quilômetros –talvez centenas de quilômetros – porque até as montanhas que rodeavam o castelo haviam desaparecido. Em lugar de Hogwarts, nós nos vamos parados em um cemitério escuro e cheio de mato; para além de um grande teixo à direita podiam ver os contornos escuros de uma igrejinha. Um morro se erguia à esquerda. Muito mal, Harry conseguia discernir a silhueta escura de uma bela casa antiga na encosta do morro.

Cedrico olhou para a Taça Tribruxo e depois para Harry.

– Alguém lhe disse que a Taça era uma Chave de Portal? – perguntou.

– Não. – Harry examinou o cemitério. Estava profundamente silencioso e meio fantasmagórico. –Será que isto faz parte da tarefa?

– Não sei – respondeu Cedrico. Sua voz revelava um certo nervosismo.

– Varinhas em punho, não acha melhor?– Falei para ambos.

– É – disse Harry

Os dois puxaram as varinhas, a minha nunca deixou de esta em minha mão. Harry não parava de olhar para todo lado. Tinha, mais uma vez, tenho a estranha sensação de que estamos sendo observados.

– Vem alguém aí – disse Harry de repente.

P.V Autora

Apertando os olhos para enxergar na escuridão, eles divisaram um vulto que se aproximava, andando entre os túmulos sempre em sua direção. Alcivan não conseguia distinguir um rosto; mas pelo jeito que o vulto caminhava e mantinha os braços, dava para ver que estava carregando alguma coisa. Fosse quem fosse, era baixo e usava um capuz que lhe cobria a cabeça e sombreava o rosto. E... vários passos depois, a distância entre eles sempre mais curta – Alcivan viu que a coisa nos braços do vulto parecia um bebê... ou seria meramente um fardo de vestes?

Alcivan baixou ligeiramente a varinha, Harry olhou para Cedrico ao seu lado. O rapaz lhe respondeu com um olhar intrigado. Os dois tornaram a se virar para observar o vulto que se aproximava. Ele parou ao lado de uma lápide alta, a uns dois metros. Por um segundo, Harry, Alcivan, Cedrico e o vulto baixo apenas se entreolharam.

Então, inesperadamente, a cicatriz dos gêmeos explodiu de dor. Foi uma agonia tão extrema como jamais sentira na vida. Alcivan levou a mão ao pescoço enquanto Harry leva a mão ao rosto, a varinha lhe escapou dos dedos; seus joelhos cederam; ele caiu ao chão e não viu mais nada, sua cabeça pareceu prestes a rachar. De muito longe, acima de sua cabeça, ele ouviu uma voz fria e aguda dizer: Mate o outro.

Um zunido, e uma segunda voz que arranhou o ar da noite:

– Avada Kedavra!

Um relâmpago verde perpassou as pálpebras de Harry e Alcivan e eles ouviram alguma coisa pesada cair no chão ao seu lado; a dor de suas cicatrizes atingiram tal intensidade que eles teveram ânsias de vomitar, em seguida diminuiu; aterrorizado com o que iria ver, ele abriu os olhos ardidos.

Cedrico estava estatelado no chão entre os dois irmãos, os braços e pernas abertos. Morto.

Eu me ajoelhei ao lado do garoto, ele não merecia, esse não é o futuro digno para alguém como ele Cedrico merecia mais que isso. Olho para o rosto dele, o belo rosto de Cedrico estava pálido, os belos olhos estavam vivos e sem vida. Que tipo de monstro consegue tirar uma vida sem recuar ,sem remorsos.

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