Você acredita em um mundo paralelo ao que vivemos? Acredita que possa existir um mundo como nos filmes? Imagine que, por obra do destino, sua família tens de voltar ao país natal (Brasil), abandonando assim tudo e todos em Nova Iorque, incluindo o s...
Depois de quase 1h dentro do carro, finalmente chegamos na casa e até que tinha um bocado de gente lá. Dylan me ajudou a descer com os presentes e entramos na casa pela porta da cozinha.
– Dá aqui, vai se arrumar. – Peguei dois dos presentes de suas mãos e fui até a árvore de natal para deixá-los embaixo.
Parei para analisar as pessoas que já estavam ao redor e nossa, eu nunca estive num lugar com tantos famosos assim. Subi as escadas praticamente correndo e antes que eu pudesse entrar no meu quarto, Julia me parou.
– Onde vocês estavam?!
– Desculpa amore, ficamos presos no trânsito.
– Tá bom, pelo menos pegaram os presentes? – Perguntou e eu confirmei. – Ótimo, agora vai se arrumar. – Só agora percebi que ela já estava pronta.
– Você está maravilhosa. – Elogiei. – Quem foi que escolheu esse lindo vestido? – Brinquei.
– Engraçadinha, vai logo! – Me empurrou para o quarto.
Joguei minha bolsa em cima da cama e já comecei a tirar a roupa. Entrei no banheiro e tomei um banho um tanto rápido, não lavei o cabelo. Me vesti rapidamente, arrumei meu cabelo e fiz uma maquiagem bem básica mas deixei minha boca bem destacada com um tom vermelho.
Me olhei uma última vez no espelho e uau, quem sou eu e o que fiz com a Letícia? Saí do quarto e caminhei lentamente até a escada. Ok, estou nervosa, agora eu só não sei o porquê. Agora imagine de novo aquelas cenas de filmes, quando a garota aparece no topo da escada e todos os olhares vão diretamente para ela. Imaginou? Pois bem, é assim que estou me sentindo agora. Desci as escadas lentamente e Julia estava no fim da escada me esperando junto com Tia Lisa e Tio Patrick.
– Querida, você está tão linda! – Lisa sorriu abertamente. – Infelizmente não pude ver você crescer... – Escorreu uma lágrima e eu a abracei.
– Agora a gente não vai mais se separar, Tia Lisa. – Me afastei ainda sorrindo.
Olhei ao redor e todos ainda me olhavam mas eu procurei por um olhar específico, o olhar dele. O vi ao canto junto com um grupo de amigos enquanto segurava uma taça que deduzir ter bebida alcoólica dentro, usava um terno vermelho e estava completamente lindo, um absurdo de gostoso. Ele sorriu me olhando e eu abaixei a cabeça sorrindo também. Vi seus amigos sussurrarem algo e logo o sorriso no rosto dele desapareceu e antes que eu pudesse ver mais alguma coisa, Julia me puxou.
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– Que diabos tu fica me puxando toda hora?! – Resmunguei. – Não deixa nem eu curtir a visão.
– Quero te apresentar ao pessoal, sua ingrata. – Revirei os olhos.
(...)
– 3! 2! 1! FELIZ NATAL!!! – Todos gritamos quando deu meia noite. Dei um abraço na Tia Lisa.
– Obrigada por me proporcionar meu primeiro natal depois de anos... – Falei em seu ouvido e ela me apertou forte.
– Também quero! – Dylan abraçou nós duas.
Depois dos comes e bebes, falei avisei a Julia que precisava ir ao banheiro. Subi as escadas segurando o vestido para não cair e passar uma vergonha daquelas, entrei no banheiro e me olhei no espelho.
– Tudo bem, tá se saindo bem. – Arrumei o cabelo e retoquei o batom. – Esse sapato está me matando. – Me encostei na pia.
Depois de alguns minutos ali dentro, abri a porta e por pouco não levei um soco na cara. Eu e ele levamos um susto.
– Quer me matar do coração, garoto?! – Pus a mão sobre o coração.
– Foi tu que abriu a porta bem na hora que eu ia bater. – Se defendeu.
– Tá fazendo o que aqui? – Saí e fechei a porta do banheiro.
– Vim ver se você estava viva, te procurei e Julia disse que havia vindo ao banheiro. – Dylan disse.
– Eu tô viva, obrigada pela preocupação. – Sorri mas fiz careta em seguida.
– Que foi? – Seu tom de voz saiu preocupado.
– Eu não tô mais aguentando esses sapatos. – Me segurei na parede e os tirei. – Eu já volto. – Me virei de costas e fui até o quarto de Julia. Entrei e deixei a porta aberta.
– Sabia que o pessoal te achou linda? – Falou entrando no quarto também.
– Eu sou maravilhosa. – Falei enquanto procurava por um sapato mais confortável.
– E tem muita autoconfiança, tá de parabéns, Letícia! – O olhei e comecei a rir.
– Eu conheço essa frase. – Peguei um sapato que deduzi ser confortável. Acertei. Sorte a minha que Julia calça o mesmo número que eu.
– Então quer dizer que você assiste Teen Wolf? – Sorriu satisfeito.
– Claro, eu amo o Scott. – Provoquei.
– Ei, assim você me fere meu ego. – Choramingou.
– Chora não, bebê. – Fiquei frente a frente com ele. – Nossa, até com salto você ainda fica mais alto que eu. – Fiz bico.
– Ninguém mandou ser anã. – A gente estava tão próximos um do outro que se isso fosse um filme, com certeza ficaríamos cada vez mais próximos, o incrível é que estávamos mesmo ficando mais próximos e então vai ser agora que rola?
– Dylan! Hora dos... – Thomas Sangster aparece do nada. Dou um passo para trás. – Foi mal, foi mal. – Ficou envergonhado e virou de costas. – Me pediram para lhe chamar porque é hora dos presentes.
– Já estou indo. – Dylan suspirou em seguida de sua fala. Thomas sussurrou um OK e saiu.
– Melhor irmos. – Sorri tímida e saí andando.
É, não foi dessa vez. Que coisa coração, você realmente tá criando sentimentos por um amigo de infância? Logo pelo Dyl? Calma cérebro, eu não tenho culpa se ele está um absurdo de gostoso, lindo, perfeito, cheiroso... Fugi dos meus pensamentos quando Dylan apareceu do meu lado e esticou o braço para que eu pudesse apoiar o meu. Um cavalheiro.
