(Narrado em 3ª pessoa)
Já era de se esperar o ataque que Sthefany teria ao ver Holland. Um ataque que atraiu muito mais olhares do que já atraíam. Letícia acalmou a amiga enquanto Holland ria da situação.
– Eu te falei que o grito seria mais alto que o da banshee. – Letícia falou rindo e Holland a olhou com os olhos arregalados. – Relaxa, ela é a fã número 1 de Teen Wolf. – Piscou, Holland soltou um suspiro de alívio.
– Deveria ter me avisado que viria junto a Holland, assim eu teria preparado meu coração. – Sthe olhou para Letícia, enquanto tomava água. – Aliás, da onde vocês se conhecem? Como você conheceu Dylan? Como..
– Longa história, Sthe, longa história. – Letícia riu e pegou algumas malas de Sthe. – Veio morar aqui é?
– Talvez, por que? – Sthe se levantou de onde estava sentada e as três começaram a andar para fora do aeroporto. – Vou morar com você, a sua mãe me pediu para lhe dar uns tapas por ter sumido do mapa.
– Eu acho que a vida já me bateu o suficiente. – Letícia sussurrou. Sthe a olhou confusa. – A vida no trabalho é um porre. – Embora não seja o real motivo, não deixa de ser mentira. Tudo começou no trabalho. Holland abriu o porta malas para que colocassem as coisas.
– Eu imagino, eu tive que trabalhar feito uma condenada para conseguir comprar uma passagem para cá, porque alguém... – Deu ênfase à palavra alguém. – Não cumpriu a promessa de ir me buscar no Brasil. – Deu um tapa na nuca de Letícia, que a xingou. – Deixe de onda, não doeu.
– Deixa eu lhe dar um em você também. – Letícia revidou, Sthe a xingou também. – Deixe de onda, não doeu, eu não senti.
– Vocês duas são sempre assim? – Holland as encarou, sorrindo. – Duas crianças.
– É, eu senti tanta falta disso. – Sthe abraçou novamente Letícia.
– Me ame menos. – Letícia riu, Sthe a soltou rapidamente.
– Ingrata!
Sthefany entrou no carro, acompanhada pelas outras duas. Holland começou a dirigir, Letícia e Sthe aproveitavam para colocar o papo em dia durante o percurso até a cobertura onde Letícia estava morando. Mas Holland mudou o caminho.
– Holl, onde estás indo? – Perguntou confusa, mas não recebeu resposta alguma. – Holland? – A chamou, mas ainda sem resposta.
Letícia então entendeu e ficou quieta, apenas deixando Holland seguir para sabe se lá onde. A ruiva mantinha seu olhar fixo na estrada, com os pensamentos longe. Não demorou muito para que chegassem em frente à uma casa, as luzes estavam ligadas, mas as cortinas as impediam de ver alguma coisa além das sombras dos móveis.
– O que a gente está fazendo aqui? – Holland volta a realidade, olhando as duas que estavam tão confusas quanto ela.
– Se você que estava dirigindo não sabe, imagine eu. – Sthe olhava para Holland, intercalando seu olhar entre a ruiva e a casa. – Quem mora aqui?
– Fica no carro, Sthe. – Letícia abriu a porta, pronta para sair. Sthe ia falar alguma coisa, mas foi interrompida. – Sthefany, fica no carro.
Sthe se jogou contra o banco do carro e respirou fundo, cruzando os braços. Letícia e Holland desceram e foram até a porta da casa, tentando ver algo pelas pequenas janelinhas que havia ao lado da porta. Holland deu uma batida leve na porta, fazendo a abrir. As duas se entreolharam, Holland empurrou de leve a porta e Letícia entrou primeiro. A ruiva ia gritar por alguém, mas Letícia tampou sua boca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
| Como Nos Filmes |
Hayran KurguVocê acredita em um mundo paralelo ao que vivemos? Acredita que possa existir um mundo como nos filmes? Imagine que, por obra do destino, sua família tens de voltar ao país natal (Brasil), abandonando assim tudo e todos em Nova Iorque, incluindo o s...