22 DE JANEIRO DE 2020
Assim que acordei, demorei um pouco para raciocinar o lugar onde eu estava. Olhei para o lado e vi que Dylan estava deitado ao meu lado. Que horas que ele chegou ali? Me levantei e fui até a lavanderia para pegar as minhas roupas. Fui até o banheiro, tomei um banho e vesti as minhas roupas. Voltei ao quarto para pegar meu celular e Ele continuava dormindo feito um anjinho. Desci até a cozinha e decidi fazer apenas um café.
– Por que acordou tão cedo? – Dylan apareceu sonolento.
– Porque eu tenho que trabalhar. – Coloquei o café na xícara. – Quer café? – Ele confirmou e eu coloquei para ele.
– Pensei que não trabalharia hoje. – Se sentou.
– E por que eu não trabalharia hoje?
– Porque você tem que cuidar de mim. – Fingiu uma tosse falsa. – Estou doente.
– Ôh que dó, contratarei uma babá para você. – Ri.
– Não, eu quero você.
– Querer não é poder, querido. – Olhei o horário no meu celular. 06h30. – Preciso ir ou eu vou me atrasar.
– Me espera, eu levo você. – Se levantou e correu para o andar de cima.
Fiquei sem entender mas o esperei sentada no sofá. Não demorou muito para que ele descesse devidamente arrumado.
– Uau, parece até gente. – Me levantei.
Saímos de casa e Dylan dirigiu até o meu apartamento.
– O que está fazendo? – Perguntei quando vi Dylan descer do carro também.
– O que? Esperar no carro é muito chato. – Falou já entrando no prédio.
Fiquei alguns segundos parada raciocinando aquilo tudo mas logo fui atrás dele e ele já havia chamado o elevador. Entramos e ele apertou o botão do andar onde moro.
– Como sabe? – Perguntei.
– Oxe, eu já estive aqui não lembra?
– Mas você está bêbado...
– Mas eu lembro de certas coisas, assim como lembro também que eu quase bati em Daniel se não fosse pela Julia. – As portas se abriram e demos de cara com Daniel. – Fala sério. – Dylan resmungou baixo.
– O que você está fazendo aqui? – O olhei.
– Espero que a resposta seja ótima. – Dylan o olhava sério.
– Eu só vim perguntar a ela se ela iria querer uma carona até o trabalho. – Daniel nos olhava. – Mas vejo que ela já tem uma carona. – Parou seu olhar em Dylan.
– Sim, ela já tem, não precisa de você. – Dylan deu um passo à frente e eu me pus entre os dois.
– Gente, calma, já deu. – Os afastei. – O que aconteceu entre vocês para agirem assim um com o outro?
– Então ela sabe... – Daniel olhou sério para Dylan. Ok, agora eu estou com medo.
– Não, ela não sabe, Daniel.
– Ok, o quê que eu não sei? – Olhei para os dois. – Já estou cansada de todo mundo me esconder as coisas, agora até você Daniel. – Fiquei de frente a ele. – Você pode me contar ou vai ficar calado também?
Os dois ficaram calados apenas se fuzilando com os olhares.
– Tá bem, chega.
Puxei Dylan, tirei a chave do apartamento de dentro da minha bolsa e abri a minha porta. Dylan entrou e eu em seguida, tranquei a porta e fui para o meu quarto. Como eu já havia tomado um banho na casa de Dylan, apenas troquei de roupa mas dessa vez eu vou ir trabalhar de cabelo solto. Voltei para a sala e Dylan estava sentado, passei por ele e fui até a cozinha para comer alguma coisa, só o café não me sustentaria até a hora do almoço.
– Você não vai falar nada? – Entrou na cozinha.
– O que você quer que eu fale? Minha cara de desgosto não é o suficiente?
– Deixa disso...
– Não se preocupe Dylan, se você não quer me contar, eu mesma irei descobrir. – O olhei.
– Você não vai descobrir muita coisa.
– Nunca duvide do lado FBI de uma mulher, Dylan. Nunca. – Terminei de comer e lavei o que tinha sujado.
– Deveria trabalhar para o FBI, se você descobrir o que eu estou omitindo, eu prometo que vou lhe indicar. – Ri. Como esse ser consegue me fazer rir até quando estou com raiva? Letícia, não ria. Você está com raiva. Raiva.
– Vá para casa, eu vou de táxi. – Saí da cozinha levando em mãos duas maçãs para comer no trabalho. Peguei a minha bolsa e abri a porta, Dylan continuava parado no mesmo lugar. – Vai sair ou quer que eu te deixe trancado aqui?
Ele saiu e eu tranquei o apartamento. O caminho até o térreo foi um silêncio intenso e quando as portas dos elevadores se abriram eu saí primeiro que Dylan mas quando cheguei na frente do prédio, havia uma multidão de repórteres na frente.
– Ah não, mais essa agora? – Respirei fundo. Péssimo dia.
Dylan parou ao meu lado e saiu me puxando para o carro, entrei e ele entrou logo depois.
– Como sabiam? – O olhei.
– Não me surpreende mais. – Fez sinal para que eu olhasse para um canto.
Olhei na direção indicada e vi Daniel parado observando tudo atentamente. Dylan começou a dirigir e eu fiquei com aquela imagem de Daniel em minha mente. Por que diabos ele contou para a imprensa que Dylan estava ali? A imprensa tinha nos deixado em paz por um período de tempo mas agora com certeza terá uma matéria nova.
– Você já cogitou sair de seu trabalho? – Perguntou.
– O que?! Claro que não! Por que eu sairia? – O olhei assustada. – Deu um maior trabalhão conseguir esse emprego, por que essa pergunta de repente?
– Ah, sei lá. Seu chefe não me parece uma boa pessoa. – Falou sem me olhar.
– Qualquer homem que está perto de mim é uma péssima pessoa para você. Vai encrencar com meu chefe agora?
– Só quero te proteger.
– Mentindo para mim?! – Chegamos em frente ao escritório.
– Não estou mentindo, estou omitindo fatos.
– Fatos importantes sobre a minha segurança, se é que eu corro algum perigo. – Tirei o cinto de segurança.
– Vou te buscar quando sair...
– Não precisa. – Abri a porta do carro e desci.
– Você não irá de táxi!
– Eu sei, não vou mesmo. Não precisa vir.
Fechei a porta do carro e entrei no escritório. Cumprimentei a secretária e já havia alguns clientes esperando, mas não eram meus.
– Primeira vez que vejo a senhorita chegar atrasada. – Comentou a secretária.
– Nem me fale, aconteceu uns imprevistos no caminho até aqui.
No caminho até a minha sala, não esbarrei com ninguém, nem mesmo com Hillary. Entrei em minha sala e comecei o meu trabalho, aguardando se chegaria algum cliente para mim.
(...)
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| Como Nos Filmes |
FanficVocê acredita em um mundo paralelo ao que vivemos? Acredita que possa existir um mundo como nos filmes? Imagine que, por obra do destino, sua família tens de voltar ao país natal (Brasil), abandonando assim tudo e todos em Nova Iorque, incluindo o s...