24 DE JANEIRO DE 2020.
Fim de expediente galera, arrumei minhas coisas e saí da minha sala. Hillary faltou ao trabalho para poder levar o filho ao médico, então eu saí sozinha do até a porta de entrada mas fui barrada pela azeda, mais conhecida como Audrey Carter.
– Você não contou para ninguém sobre aquele dia, contou? – Perguntou.
– Talvez sim, talvez não, quem sabe. – Sorri. – Quem iria se importar? Por que está tão preocupada com isso?
– Sabe que eu não sei, mas se eu fosse você, Baixinha, eu sairia desse emprego. – Dito isso voltou para dentro do escritório e eu fiquei igual uma batata parada no mesmo lugar sem entender nada.
Voltei a realidade rapidamente e fui até o meu carro. Sim, meu carro. Eu consegui comprar um carro para mim e estou feliz demais. Entrei no carro e sorri.
– Ai que felicidade. Mãe, eu gostaria que você estivesse ao meu lado para acompanhar tudo de pertinho...
Liguei o carro e antes de dar a partida no carro, mandei uma mensagem para Holland avisando que em poucos minutos eu estaria em sua casa para a buscar. Dei partida no carro e em questão de 15 minutos eu já havia chegado em sua casa, hoje o trânsito estava tranquilo. Buzinei e mandei uma mensagem avisando que eu já estava a esperando em frente. Ela saiu e ficou parada encarando o carro até que eu resolvi abaixar o vidro.
– Não vai entrar?
– De quem é o carro que você sequestrou? – Perguntou assim que entrou.
– Fere o meu ego ouvir você dizer isso. – Ri. – É meu, eu finalmente consegui.
– Você é bem determinada mesmo né. – Sorriu. – Só me causa orgulho, você deveria ter entrado em nossas vidas há muito tempo atrás, baixinha.
– Holl, eu sou do seu tamanho, não me chame de baixinha. – Revirei os olhos e comecei a dirigir.
– Desculpa, é o costume de ouvir todo mundo te chamar assim.
– Deveriam te chamar assim também, assim eu não seria a única.
– Não leve para o lado pessoal, os meninos só estão sendo carinhosos já que você é a mais nova das meninas. – Tirou o celular de dentro da sua bolsa e começou a me gravar. – Esse vai para o Story do Instagram.
– Vamos aprender um pouco sobre artes modernas hoje.
(...)
Estávamos no Museum of Modern Art (Museu de Arte Moderna), acho que agora eu vou começar a ser uma amante da arte porque é cada uma mais linda que a outra. Mas hoje eu estava sendo a fotógrafa particular de Holland, em cada obra ela queria tirar uma foto e eu sou uma ótima amiga, não recusei o seu pedido.
– Letty, você tem talento para fotografia, onde aprendeu? – Ela olhava as fotos no celular.
– Meus pais são fotógrafos, aprendi algumas coisinhas com eles.
– O que mais você sabe fazer?
– Cantar. – Sorri.
– Sério?! – Se animou.
– Não. – Rimos.
Sabe aquela sensação de que tem alguém te observando? Então, estou sentindo essa sensação agora mesmo. Mas todo mundo está olhando para a gente, não necessariamente para mim mas para Holland, afinal, é a Holland Roden. Mas eu observava todos porque eu sinto esse olhar em mim, achei uma pessoa que me olhava fixamente mas assim que ela percebeu que eu a vi, saiu andando e eu como sou curiosa, quero ir atrás mas eu assisto filmes de terror e nunca acaba bem quando se vai atrás de alguém misterioso. Ok, a curiosidade é maior que o medo.
– Não vá atrás. – Holland segurou em meu braço.
– Você está sentindo também. – A olhei assustada. – Eu preciso saber quem é.
– Não, não precisa. – Me puxou para fora do museu. – Estou com fome, vamos para algum restaurante.
Continuou me puxando até o carro e novamente aquela sensação retornou, olhei para o outro lado da rua e havia uma pessoa ali.
– Letícia, entra já no carro. – Holland falou antes de entrar e eu demorei alguns segundos mas entrei.
– Por que não me deixou ir atrás?
– Tá doida, doida. Vá que seja um estuprador, serial killer. Tu não assiste filme de terror? – Ela parecia mais assustada que eu.
– Faz sentido, obrigada.
– Me agradeça mesmo, acabei de salvar a sua vida.
Chegamos ao restaurante e enquanto esperava por nossos pedidos, olhei fixamente para Holland e ela respirou fundo.
– Vai, pergunta.
– O que você sabe sobre o Daniel? Ou o porquê de Dylan e Daniel não se bicarem, ou o porquê de Daniel ter ido para o Brasil e de repente voltou para cá.... Me conte tudo.
– O que quer dizer com tudo?
– Tudo mesmo Holland, tudo!
– Ok, bem... – Se ajeitou e me olhou. – O que eu sei é que Dylan e Daniel estudavam juntos no ensino fundamental, mas Daniel começou a apresentar um comportamento estranho e perverso, daí Dylan foi um dia na casa dele porque fazia 2 semanas que Daniel não aparecia na escola e nem atendia as ligações. Só que quando Dylan chegou lá, foi recebido a gritos pelo pai de Daniel, ele disse que a mãe e o filho tinham ido embora para o país natal da mãe, que só agora Dylan veio saber que era o Brasil. E então Dylan percebeu que o comportamento estranho de Daniel era reflexo do pai, por isso a mãe foi embora para longe.
– Você sabe qual é o nome do pai? – Ela negou.
– Dylan guarda esse segredo a sete chaves, só ele sabe. – Nossos pedidos chegaram. Ela se preparou para comer.
– Você sabe ao menos o nome da mãe?
– Judith – Desviou o seu olhar da comida e me encarou. – Judith Lorraine Lynch
(...)
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| Como Nos Filmes |
FanfictionVocê acredita em um mundo paralelo ao que vivemos? Acredita que possa existir um mundo como nos filmes? Imagine que, por obra do destino, sua família tens de voltar ao país natal (Brasil), abandonando assim tudo e todos em Nova Iorque, incluindo o s...