CAP. 22 - VOCÊ É UM MISTÉRIO!

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Estávamos todos espalhados pela sala, assistindo um filme que estava passando na SKY e senti uma pontada no "pé da barriga". Ah não.

– Vou ao banheiro.

Me levantei do sofá e fui até ao banheiro. Tranquei a porta e quando eu fui fazer xixi tive uma pequena surpresa.

– Ah não, tá de brincadeira comigo! Logo agora?!

Me arrumei de novo e saí correndo do banheiro.

– Tyler Tyler Tyler! – O garoto levantou assustado. – Onde você deixou a minha bolsa?

Ele me falou e eu corri até lá. Comecei a remexer nas minhas coisas e nada, olhei meu celular e tinha algumas ligações perdidas do Daniel (?), depois olho isso, não estou com tempo. E logo hoje que eu preciso, não está dentro da bolsa. Tyler veio atrás de mim.

– Tá tudo bem? – Perguntou preocupado.

– Não, eu preciso do seu carro emprestado. – Peguei a bolsa e fui em direção a porta de saída.

– Tá, mas pra que? – Me seguiu e quando passamos pela sala, o pessoal se levantou e veio atrás.

– Aonde você vai? – Dylan perguntou.

– Eu vou bem ali. – Respondi. – Vai me emprestar o carro ou não?

– Sabe dirigir? – Perguntou e eu confirmei, assim me entregou a chave de seu carro. Eu abri a porta e sai praticamente correndo.

– Aonde vai? – Holland gritou.

– Na farmácia! – Gritei também.

Entrei no carro e assim que fechei a porta, Dylan bate no vidro do carro. Nem preciso dizer que me assustei né.

– Não quer que eu te acompanhe?

– Não precisa. – Sorri para ele. – Eu volto já.

Saí da garagem e dirigi na velocidade da luz até a farmácia. Estacionei o carro e corri para dentro da farmácia. Peguei uma embalagem de absorvente e fui até o caixa para pagar.

– Você pode me dizer onde é o banheiro?

Perguntei e o moça do caixa me indicou onde era. Fui lá e fui salva pelo gongo. Saí do banheiro.

– Agora me senti uma atleta.

Falei comigo mesma e caminhei até a saída mas fui impedida de ir embora pela minha vontade de comer besteira. Agora está tudo explicado. Peguei algumas guloseimas e fui até o caixa mas já havia alguém na minha frente então esperei. Senti meu celular vibrar dentro da bolsa então o peguei para ver quem era. Dylan.

– Eu já estou voltando, sem ataque de pânico. – Ri.

– Você saiu correndo daqui e não deixou ninguém te acompanhar, lógico que estou... estamos preocupados. – Corrigiu sua frase.

– Quando eu chegar, eu explico melhor, preciso ir. Tchau.

Desliguei a chamada sem esperar ele falar mais alguma coisa e eu seria a próxima a ser atendida. Estava distraída olhando o movimento da rua quando sinto uma mão em meu ombro.

– Mas o que... – Olhei para a pessoa. – Ah, é você. – Sorri.

– Seria o destino nos fazendo se esbarrar por aí? – Daniel sorriu também.

– Ou você está me stalkeando. – Ri, mas logo fiquei séria. – Não está, está?

– Não. – Riu. – Claro que não, só vim comprar uns remédios para uma amiga minha que está hospedada lá no apartamento. – Explicou e olhei para a cestinha que estava em suas mãos.

– Nossa, ela deve estar com uma diarreia daquelas. – Olhei a quantidade de caixinhas que tinha dentro da cesta.

– O que? – Ficou confuso.

– Loperamida. – Apontei. – São remédios usados para tratar diarreia.

– Aé... sim, sim.... Ela está com uma caganeira horrível. – Percebi o nervosismo. – Como sabe?

– Meu Tio Padrinho é biomédico. – Expliquei. – Você está bem? – Chegou a minha vez, coloquei as guloseimas em cima do balcão e a moça começou a passar.

– Estou, claro, só estou preocupada com ela. – Sorriu sem graça.

– Relaxa, com o tanto de Loperamida que você está levando, ela vai ficar bem rapidinho.

– Deu $ 22,50. – A moça do caixa falou, tirei a carteira da bolsa e lhe entreguei o dinheiro. Esperei o troco.

– A gente se ver por aí.... Literalmente. – Falei para Daniel e saí da farmácia.

Entrei no carro e já abri um pacote de biscoito que havia comprado. Liguei o carro e voltei para a casa de Tyler. Quando entrei com o carro na garagem, Dylan estava me esperando com os braços cruzados.

– Vai ser essa novela toda sempre que eu sair sozinha? – Desci do carro.

– Talvez. – Olhou para minhas mãos. – O que você comprou?

– Doces. – E quando ele estendeu a mão para pegar uma, dei um tapa em sua mão. – Nada de doce para você até que me conte o que vocês escondem de mim.

– Só estou te protegendo.

– Então me diz o que está acontecendo que eu me protejo sozinha. – O olhei séria. Ele ficou calado. – Você é um mistério, Dylan O'brien!

Entrei para dentro da casa.

(...) 

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