Estávamos todos espalhados pela sala, assistindo um filme que estava passando na SKY e senti uma pontada no "pé da barriga". Ah não.
– Vou ao banheiro.
Me levantei do sofá e fui até ao banheiro. Tranquei a porta e quando eu fui fazer xixi tive uma pequena surpresa.
– Ah não, tá de brincadeira comigo! Logo agora?!
Me arrumei de novo e saí correndo do banheiro.
– Tyler Tyler Tyler! – O garoto levantou assustado. – Onde você deixou a minha bolsa?
Ele me falou e eu corri até lá. Comecei a remexer nas minhas coisas e nada, olhei meu celular e tinha algumas ligações perdidas do Daniel (?), depois olho isso, não estou com tempo. E logo hoje que eu preciso, não está dentro da bolsa. Tyler veio atrás de mim.
– Tá tudo bem? – Perguntou preocupado.
– Não, eu preciso do seu carro emprestado. – Peguei a bolsa e fui em direção a porta de saída.
– Tá, mas pra que? – Me seguiu e quando passamos pela sala, o pessoal se levantou e veio atrás.
– Aonde você vai? – Dylan perguntou.
– Eu vou bem ali. – Respondi. – Vai me emprestar o carro ou não?
– Sabe dirigir? – Perguntou e eu confirmei, assim me entregou a chave de seu carro. Eu abri a porta e sai praticamente correndo.
– Aonde vai? – Holland gritou.
– Na farmácia! – Gritei também.
Entrei no carro e assim que fechei a porta, Dylan bate no vidro do carro. Nem preciso dizer que me assustei né.
– Não quer que eu te acompanhe?
– Não precisa. – Sorri para ele. – Eu volto já.
Saí da garagem e dirigi na velocidade da luz até a farmácia. Estacionei o carro e corri para dentro da farmácia. Peguei uma embalagem de absorvente e fui até o caixa para pagar.
– Você pode me dizer onde é o banheiro?
Perguntei e o moça do caixa me indicou onde era. Fui lá e fui salva pelo gongo. Saí do banheiro.
– Agora me senti uma atleta.
Falei comigo mesma e caminhei até a saída mas fui impedida de ir embora pela minha vontade de comer besteira. Agora está tudo explicado. Peguei algumas guloseimas e fui até o caixa mas já havia alguém na minha frente então esperei. Senti meu celular vibrar dentro da bolsa então o peguei para ver quem era. Dylan.
– Eu já estou voltando, sem ataque de pânico. – Ri.
– Você saiu correndo daqui e não deixou ninguém te acompanhar, lógico que estou... estamos preocupados. – Corrigiu sua frase.
– Quando eu chegar, eu explico melhor, preciso ir. Tchau.
Desliguei a chamada sem esperar ele falar mais alguma coisa e eu seria a próxima a ser atendida. Estava distraída olhando o movimento da rua quando sinto uma mão em meu ombro.
– Mas o que... – Olhei para a pessoa. – Ah, é você. – Sorri.
– Seria o destino nos fazendo se esbarrar por aí? – Daniel sorriu também.
– Ou você está me stalkeando. – Ri, mas logo fiquei séria. – Não está, está?
– Não. – Riu. – Claro que não, só vim comprar uns remédios para uma amiga minha que está hospedada lá no apartamento. – Explicou e olhei para a cestinha que estava em suas mãos.
– Nossa, ela deve estar com uma diarreia daquelas. – Olhei a quantidade de caixinhas que tinha dentro da cesta.
– O que? – Ficou confuso.
– Loperamida. – Apontei. – São remédios usados para tratar diarreia.
– Aé... sim, sim.... Ela está com uma caganeira horrível. – Percebi o nervosismo. – Como sabe?
– Meu Tio Padrinho é biomédico. – Expliquei. – Você está bem? – Chegou a minha vez, coloquei as guloseimas em cima do balcão e a moça começou a passar.
– Estou, claro, só estou preocupada com ela. – Sorriu sem graça.
– Relaxa, com o tanto de Loperamida que você está levando, ela vai ficar bem rapidinho.
– Deu $ 22,50. – A moça do caixa falou, tirei a carteira da bolsa e lhe entreguei o dinheiro. Esperei o troco.
– A gente se ver por aí.... Literalmente. – Falei para Daniel e saí da farmácia.
Entrei no carro e já abri um pacote de biscoito que havia comprado. Liguei o carro e voltei para a casa de Tyler. Quando entrei com o carro na garagem, Dylan estava me esperando com os braços cruzados.
– Vai ser essa novela toda sempre que eu sair sozinha? – Desci do carro.
– Talvez. – Olhou para minhas mãos. – O que você comprou?
– Doces. – E quando ele estendeu a mão para pegar uma, dei um tapa em sua mão. – Nada de doce para você até que me conte o que vocês escondem de mim.
– Só estou te protegendo.
– Então me diz o que está acontecendo que eu me protejo sozinha. – O olhei séria. Ele ficou calado. – Você é um mistério, Dylan O'brien!
Entrei para dentro da casa.
(...)
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| Como Nos Filmes |
أدب الهواةVocê acredita em um mundo paralelo ao que vivemos? Acredita que possa existir um mundo como nos filmes? Imagine que, por obra do destino, sua família tens de voltar ao país natal (Brasil), abandonando assim tudo e todos em Nova Iorque, incluindo o s...