CAP. 45 - PÂNTANO

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"There's a ghost upon the moor tonight. Now it's in our house

When you walked into the room just then. It's like the sun came out."

Gabrielle Aplin – Start of Time.


(Narrado em 3ª Pessoa)


– Como assim o que acontece se uma de vocês estiver esperando um bebê? – Tyler perguntou agoniado.

– Bem, o tempo em que passei sendo chantageada por aquele desprezível ser, para que fizéssemos coisas horríveis dentro daquele bunker.... – Audrey fez uma pausa dramática. – Me dá arrepios só de pensar... – Passou as mãos pelos braços, abraçando seu próprio corpo.

– Não aconteceu o que eu estou pensando que aconteceu, né? – Cody indagou. Audrey assentiu. – Então você está grávida de Daniel?

– De mim mesmo não. – Sharman fez careta.

– Sharman, não é hora de gracinhas. – Tyler o repreendeu. O mesmo murmurou um pedido de desculpas.

– Se ele fez isso com você naquele lugar, significa também que ele fez com... – Dylan apontou na direção que Letícia havia ido.

– Eu sinto muito. – Audrey segurou as lágrimas.

– Eu mato esse cara! – Dylan pôs uma de suas mãos sobre sua boca. – Eu... – Respirou fundo. – Se eu ver ele em minha frente, eu juro que eu mato esse desgraçado. – Seu rosto ficou vermelho, demonstrando claramente a sua irritação.

– Meu coração aperta só de pensar o inferno que ela passou junto com esse cara. – Holland respirou fundo. – Literalmente.

– Que agora vai ter um filho. – Sharman olhou para Audrey. Sharman realmente não gosta desta garota.

– Eu acho melhor irmos dormir também, amanhã será um dia longo. – Tyler olhou para o relógio. – Quer dizer, hoje. – Já passava de meia noite.

Todos seguiram juntos até o elevador, todos entraram. Todos menos Dylan.

– Você não vem? – Max perguntou, enquanto Charlie segurava as portas do elevador para que não fechassem.

– Não, eu vou ficar... – Dylan forçou um sorriso. – Não posso mais deixar Letícia sozinha, ainda mais do que aconteceu noite passada... – Suspirou. – Boa noite, pessoal.

– Qualquer coisa me liga. – Tyler falou sério. Dylan assentiu. – É sério, me liga mesmo.

– Eu ligo, pode deixar.

Charlie tirou a mão da porta, deixando assim elas se fecharem. Dylan suspirou novamente e caminhou de volta para a sala, juntando algumas almofadas que estavam no chão. Foi até a cozinha para beber água, onde ficou pensando por longos minutos até seus pensamentos serem interrompidos por uma voz.

———X———

– Letícia, querida, acorda! – A jovem abriu seus olhos lentamente, encarando confusa a mulher em sua frente. – Vamos, levante-se.

– Oneida, o que você está fazendo aqui? – Se sentou na cama e coçou os olhos. – Esse não é mais um daqueles sonhos macabros, é?

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