CAP. 58 - O PEDIDO FINAL

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(Narrado em 3ª pessoa)



Já ouviram aquele ditado que o inferno é tão detestável, que nem mesmo os demônios querem voltar para lá? E o que acontece quando todos eles estão trancados dentro, sem possibilidades de sair? O caos se inicia ali mesmo. As almas dos humanos que levaram uma vida detestável na terra, antes atormentadas somente por alguns, e agora atormentadas em dobro pois sem nada para fazer e o inferno um caos, já é de se imaginar o que espera pelas almas amaldiçoadas a viver ali pelo resto da eternidade.

– Maldição! Eu odeio todos eles, esperem só até eu sair daqui! – Hel tentava de tudo para abrir aquela porta principal, mas de nada adiantava o seu esforço.

– Você é a deusa do inferno, como assim não consegue abrir a porta da sua casa? – Loki andava de um lado para o outro, inquieto. – Eu não posso viver aqui, eu não nasci para viver aqui. Eu nasci para dominar o mundo!

– Parece que terás de dominar o mundo aqui mesmo do inferno. – Mefisto, um dos demônios mais perigosos existentes no submundo, cruzou seus braços e deu um sorriso sacana. – Seu plano foi péssimo, parece que o deus das trapaças está ficando velho e não sabe mais brincar.

– Eu vou matar ele. – Loki o encarou furioso.

– Tenta, eu já estou morto mesmo. – Deu de ombros.

– Acalmem-se, minhas crianças. – Hel caminhou até o seu trono e se pôs a frente dele, em pé. – Daremos um jeito de escapar daqui, nem que seja somente alguns, eles pensam que podem nos trancar aqui e que ficará por assim mesmo.

– Você tem um plano, não tem? – Loki cruzou os braços, encarando sua filha.

– É óbvio, desde o início eu sabia que seu plano não iria funcionar. – Revirou os olhos.

– Alguém mais aqui também não confiava no meu plano? – Loki olhou para a multidão, e todos, exatamente todos levantaram as mãos. – Ótimo, e ninguém me apresentou um plano melhor.

– Eu sempre tive um plano B. – Hel sorriu.

– E qual é o seu plano B? – Utgarda, servo de Loki, perguntou.

– Mallory Morgan.

–X–

2 MÊS DEPOIS / 19 DE OUTUBRO DE 2020


A vida é um mistério sem fim, seguimos por caminhos que desconhecemos, arriscamos na esperança de fazer com que os ventos bons nos abençoem da cabeça aos pés, mas nem sempre é assim, e quanto mais insistimos, parece que mais desafios aparecem. Mas o segredo é nunca desanimar, porque se formos parar e pensar nas coisas que dão errado, nunca poderemos agradecer pelas tantas outras coisas que deram certo, pelas pessoas que de alguma forma se tornaram aprendizado, por alguém que no momento de desespero se fez luz e iluminou não só o caminho como também a alma. E nesses trajetos infindáveis, o que nos resta é ter fé, uma hora ou outra, tudo deve se ajeitar e devemos perceber milagre também na adversidade, porque se temos uma missão, é a de encontrar a nossa vocação. O porquê da nossa criação, da nossa vinda até aqui e quais serão as pessoas que de algum jeito serão influenciadas pelas nossas ações, porque tudo que somos reflete em alguém e se formos sinônimos de chance, seremos também reflexo de continuidade, libertação.

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