CAP. 53 - A MULHER DE CABELOS BRANCOS

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(Narrado em 3ª pessoa)




– Vocês estão bem? – Tyler pergunta ofegante, depois de ter lutado com aquelas criaturas. Cody e Sprayberry estavam do mesmo jeito.

– Estamos, agora estamos... – Dylan respondeu começando a tirar as coisas que outrora colocaram em frente a porta para impedir que fosse aberta, Shelley o ajudou.

– O que são essas coisas? – Holland perguntou quando eles saíram da sala.

– Eu já vi isso em algum lugar, só não me lembro onde. – Letícia olhava assustada para aquelas coisas no chão. Desviou seu olhar para os três rapazes a sua frente. – Vocês estão bem? – Perguntou ao reparar nos machucados espalhados por seus corpos, resultado da luta.

– A gente se cura. – Cody respondeu. – Vamos logo sair daqui antes que aquelas coisas voltem. – Todos correram em direção ao elevador.

– Verdandi... – Letícia escutou.

– Vocês ouviram isso? – Letícia se assustou.

– Ouvir o que? – Sprayberry, assim como os outros, a olharam confusos.

– Eu ouvi. – Holland respondeu.

– Segura ela aqui. – Letícia entregou a bebê para Shelley e saiu correndo pelas escadas.

– Letícia, não! – Holland gritou, ia subir atrás de Letícia, mas Dylan a impediu.

– Você. – Apontou para Tyler. – Vem comigo, e vocês. – Olhou para os outros. – Tirem elas daqui em segurança, a gente encontra vocês lá fora. – Dylan e Tyler correram atrás de Letícia.

–X–

Ao chegar na parte superior do edifício, Letícia sentiu uma brisa forte se chocar contra o seu corpo, percorreu seu olhar por todos os lados à procura de quem havia lhe chamado. Não sabia o porquê, mas sabia que aquele era o seu nome. Seu verdadeiro nome.

– Quem é você? – Letícia gritou ao ver uma silhueta a sua frente. Era uma mulher, seus cabelos eram brancos como a neve, mas suas vestimentas eram totalmente pretas.

– Você achou mesmo que uma mera convulsão iria me matar? – A mulher se virou para Letícia.

– Audrey?!

– Urd, o meu nome é Urd. – Sorriu. – Agora eu sei quem eu sou e o que me foi mandado fazer aqui na terra.

– Mas você... – Letícia não acreditava no que estava vendo.

– Não, eu não morri, quem morreu foi a carne humana na qual eu renasci. – Explicou. – Ao voltar a quem eu realmente sou, pude me lembrar do passado, do nosso passado.

– Claro, você é a guardiã do passado.

– Não, eu me lembro do dia em que nascemos, do dia em que nossa terra foi atacada até o dia em que nós fomos mortas para que renascêssemos mortais. – Urd respirou fundo. – Deixa eu te levar comigo para o nosso mundo, lá eu posso lhe contar tudo o que precisa saber para que consiga vencer essa batalha.

– E quanto a Holland? – Letícia perguntou.

– Ela precisa ficar, eles precisam dela aqui para que alerte aos outros o que ainda está por vir. – Urd, que até outrora estava sorrindo, agora estava séria. – Você não está cansada dever pessoas morrendo, não está cansada de não poder fazer nada?

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