CAP. 26 - MERA COINCIDÊNCIA

201 42 284
                                    


Pedi que o motorista encostasse o carro e assim que ele fez, abri a porta do carro.

– Senhorita, está chovendo! – O motorista falou.

– Eu sei. – O olhei. – Me espera aqui, eu já volto.

Desci do carro e corri até Dylan que estava procurando a chave de seu carro no bolso.

– Dyl! Seu idiota! – Falei me aproximando e ele se assustou. – A gente discutiu mas não precisava sumir assim!

– Me desculpa. – Falou me olhando.

– Desculpa? Tem noção do quanto eu estava preocupada?

– Parece que os papéis se inverteram não é mesmo. – Continuou rindo e quando tirou a chave do bolso, ela caiu no chão e quando ele se abaixou, se desiquilibrou e caiu. Me ajoelhei ao seu lado.

– Você está bêbado?!

– Talvez. – Riu.

– Você é um idiota Dyl, tudo isso para não me contar que você e Daniel se conheciam na infância? – Quando falei isso, ele me olhou assustado.

– Quem te contou isso?

– Não importa, por que... – Ele me puxou para um abraço. – Dyl...

– Sh! Fica quieta! Só deixa eu te abraçar.

Me calei e fiquei quieta. Não sei por quanto tempo ficamos abraçados mas foi o suficiente para o motorista do táxi começar a buzinar impacientemente.

– Dyl, vem... – Me afastei dele e o ajudei a levantar. Peguei a chave do carro que estava no chão e abri o carro. – Entra aí que eu já volto.

Corri até o motorista do táxi e me assustei com a pessoa que estava ali.

– O que você está fazendo aqui?

– Estava vindo pegar um táxi de volta para casa, vi esse parado e pensei que estava desocupado, mas o motorista disse que estava esperando por uma cliente. – Daniel explicou.

– Certo. – Me abaixei um pouco para pegar minha bolsa de dentro do carro e entreguei uma quantia em dinheiro para o motorista. – Desculpe ter lhe feito esperar, pode dar carona a ele. – Sorri para o motorista e olhei para Daniel. – É todo seu. – Me virei de costas.

– Espera. – Segurou meu braço. – Você não vai mais usar?

– Não, pode ficar à vontade.

Ele soltou meu braço e eu corri de volta para o carro de Dylan. Entrei e pus a minha bolsa no banco de trás.

– Por que em todo lugar que você está, ele está também? – Dylan me olhou.

– Mera coincidência. – Comecei a dirigir.

– Por que não mandou mensagem ou ligou? – Me olhou.

Eu tive vontade de te procurar. Mandar uma mensagem de texto, lotar a sua caixa postal de ligações ou simplesmente te chamar em alguma rede social para conversarmos. – Respirei fundo. Mas deixei pra lá... O meu orgulho próprio foi bem maior que a preocupação. – O olhei. E cá entre nós, tudo que eu pensei em fazer, você também poderia ter feito...

– Desculpa de novo... – Falou baixo.

– Agora está tudo bem, já te achei. – Sorri.  

| Como Nos Filmes |Onde histórias criam vida. Descubra agora