CAP. 49 - RAGNAROK

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(Narrado em 3ª pessoa)



Todas as testemunhas, incluindo os amigos, foram ouvidas pela polícia e foi aberto um inquérito para descobrir o que causou o incêndio e causou a morte de onze pessoas. Depois de dispensados, puderam enfim voltar para casa. Se aquele incidente estava causando tanta confusão na mente do grupo, imagine para aqueles que não sabem que existe um outro mundo além daquele em que vivem.

– Eu sinceramente não sei se vou conseguir dormir. – Shelley reclama quando todos estavam saindo da delegacia.

– Nós podíamos ter salvado aquele pessoal. – Letícia suspira. – Por que eu tenho a impressão de que muita gente ainda vai morrer?

– Ninguém vai morrer, não mais. – Tyler repreendeu Letícia.

– Muita gente vai morrer, muita gente vai morrer até aquela criança nascer. – Falou Holland, ela mantinha a cabeça baixa.

– Está falando como uma ban... – Colton foi interrompido pela ruiva.

– Eu estou falando o óbvio, Colton. – Levantou a cabeça para olha-los. – Audrey deve estar com 2 meses de gestação, uma criança nasce com 9.

– A não ser que a gestação de um bebê sobrenatural seja mais rápida. – Dylan falou, fazendo todos o olharem indignados. – Que? Pode haver possibilidades.

– Gente, já vai dar 07h da manhã, vamos para casa, por favor. – Letícia interrompeu a conversa. – Depois a gente discute esse assunto.

– Ela está certa, precisamos descansar e depois pensaremos em um plano. – Hoechlin concordou.

Os amigos se despediram e pouco a pouco foram indo embora para suas casas, os únicos que permaneceram ali foram Holland, Dylan e Letícia.

– Eu posso ficar em sua casa? Eu com certeza não quero ficar sozinha depois dessa noite turbulenta. – Letícia perguntou a Holland com um olhar de cachorro que caiu da mudança.

– Claro, claro que pode. – Holland sorriu e abraçou a amiga, olhou para Dylan. – E você, você vai para casa descansar também.

– Mas eu... – Holland lançou um olhar intimidador à Dylan. – Tá bem, eu vou, mas me liga se alguma coisa acontecer, qualquer coisa.

– Que tipo de coisa? – Letícia já sabia o que Dylan iria falar, mas brincou.

– Qualquer coisa má! – Dylan estreitou os olhos. – É sério.

– Vai, seu motorista já chegou. – Holland o empurrou de leve. – Só porque somos garotas não significa que não sabemos nos cuidar.

– Eu só... – Desceu alguns degraus que havia em frente à delegacia. – Deixa quieto, mas não se esqueçam de me ligar se algo acontecer.

– Tchau, Dyl. – Letícia acena rindo da extrema preocupação.

O rapaz sorriu ao ouvi-la lhe chamar daquele jeito. Ele correu até ela e lhe deu um rápido beijo.

– Eu não resisti! – Gritou correndo em direção ao carro que lhe esperava.

Letícia sorriu com aquele jeito bobo e pôs a mão sobre os lábios. Holland a olhou e revirou os olhos, rindo baixo.

– Eu não aguento vocês dois bobões apaixonados.

Não demorou muito para que o motorista chegasse e as levassem para a casa de Holland. O motorista parou em frente à casa e as duas desceram, Letícia levava seus saltos nas mãos.

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