CAP. 25 - SEM NOTÍCIAS

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20 DE JANEIRO DE 2020

Me remexi na tentativa de ignorar as batidas na porta mas acabei de cara no chão. Esqueci que dormi no sofá. Me sentei no chão e procurei meu celular por cima do sofá. Vi as horas e ainda são 20h da noite. Eu dormir só por 1h e meia? Ouvi as batidas na porta de novo.

– Quem interrompe o meu sono da beleza?

Me levantei do chão e fui até a porta. Abri a porta e fiquei surpresa com quem eu vi ali.

– Você...

– Eu... – Nem esperou um convite e já foi entrando. – Por que você não atende o telefone?

– Acho que era porque eu estava tirando meu soninho da beleza.

– Tyler bem que falou. – Se sentou no sofá.

– Veio fazer o que mesmo aqui? – Sentei ao lado dela.

– Vim fazer companhia. – Holland se inclinou para pegar o controle da TV que estava em cima da mesinha de centro.

– Então ele te contou o que aconteceu?

– Não exatamente, ele só me ligou, disse que havia acontecido uma coisa entre vocês dois e eu vim para cá. – Ligou a TV e ficou passando os canais.

– Então não foi ele que te mandou aqui, você veio por conta própria?

– Talvez. – Ela nem me olhava.

Murmurei um "Ok" e me levantei do sofá. Fui até a cozinha e comecei a preparar um chocolate quente. Fui até a geladeira e peguei uma caixinha de suco de laranja que tinha, pus em um copo e tomei.

– O que você está fazendo? – Holland entra na cozinha.

– Chocolate quente, quer? – Deixei o copo em cima da mesa.

– Não está tão frio, por que está fazendo?

– Eu vim pra casa debaixo de chuva, não quero ficar resfriada e ter que tomar remédio. – Fiz careta. – Eu detesto remédio.

– Você conhece muitos remédios não é mesmo?

– Talvez, eu sei o básico para não morrer. – Rimos. Desliguei o fogo e dividi o chocolate em duas xícaras e entreguei uma para Holland.

Voltamos para a sala e pedi que ela segurasse a minha xícara. Corri até o quarto e peguei um cobertor. Voltei para a sala e abri o cobertor, me sentei no sofá junto com ela e peguei minha xícara da sua mão.

– E então, me conta o que aconteceu entre vocês... – Perguntou e eu respirei fundo.

– Foi assim...

(...)

E então eu contei tudo que havia acontecido para ela, que em momento algum me interrompeu e estava calada o tempo todo, isso estava me causando uma agonia horrível.

– Você não vai dizer nada?

– Eu não sei o que dizer...

– Que tal me dizerem o que é o que escondem de mim? – A olhei curiosa e ela riu.

– Boa tentativa, mas isso é uma coisa que só o Dylan sabe, a gente também só sabe a ponta do ice Berg. – Deixou sua xícara na mesinha.

– Então me conte sobre essa ponta do Ice Berg. – Continuei a olhando.

– O que nós sabemos é que esse tal Daniel era um dos amigos de Dylan na infância. – Arregalei os olhos.

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