CAP. 21 - VAI DAR NAMORO

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Eu não sei vocês mas eu simplesmente não consegui engoli aquela desculpa esfarrapada sobre uma festa surpresa para a Crystal, essa desculpa não me convenceu mas eu vou fazer meu papel de sonsa e fingir que me convenceram com essa história. Eu vou, escrevam o que eu estou dizendo, eu vou descobrir o que eles estão escondendo de mim. Não exatamente todo mundo, mas sim Dylan, ele não deixa ninguém me dizer nada e isso só atiça mais o meu lado FBI.

– Letty, terra chamando Letícia. – Holland estalava os dedos em minha frente.

– Hã, que foi? – Voltei para a realidade.

– Você estava no mundo da lua. – Voltou a se sentar. – Já estava com medo de que você cortasse a própria mão. – Olhei para baixo e eu estava com uma faca na mão.

– Não seria a primeira vez. – Ri. Larguei a faca.

– O cheiro está ficando bom... – Shelley entrou na cozinha. – Com quem aprendeu a cozinhar?

– Eu herdei os dotes do meu pai. – Sorri e desliguei o fogo. – Pronto, já podem comer.

– Comer? Alguém disse comer? – Sprayberry apareceu do nada e já começou a se servir. Logo os outros o acompanharam. Sprayberry deu um grito e todos o olhamos assustados. – Por que ninguém avisou que está quente?

– Você não percebeu que acabou de sair do fogo?! – Shelley riu.

– Vou chamar os outros.

Sai da cozinha e fui atrás dos outros na sala, mas não estavam lá. Subi as escadas a procura deles e o que eu aprendi assistindo filme de terror é que a gente nunca deve sair gritando o nome das pessoas pela casa, então eu os procurava em silêncio. Nem sinal deles, de nenhum.

– Aconteceu o arrebatamento e eu fiquei?

Eu procurava nos quartos do corredor e nada.

– Vou entrar em um desses guarda-roupas e ver se eu saio em Nárnia. – Entrei em um dos quartos. – Aliás, por que rico tem tanto quarto na casa?

– O que você está fazendo? – Soltei um grito e me virei para olhar quem era. Cody Christian.

– Tu quer me matar do coração menino, não faz mais isso! – Sentei na beirada da cama e ele caiu na risada.

– Quem gritou? – Dylan apareceu ao lado dele.

– Foi ela. – Cody apontou para mim.

– Você assustou ela? – Perguntou e Cody confirmou. – Está explicado, ela se assusta muito fácil, o vento bate nela e ela grita.

– EI! Em minha defesa, ele apareceu do nada, parecia uma alma penada. – Me levantei da cama e fui até os dois. – Aliás, a comida está pronta.

– Ótimo, estou faminto. – Tyler surgiu.

– Cara, vocês surgem do nada, vocês têm o poder de teletransporte é? – Fiz careta. – Vocês são tudo bizarro. – Sai andando e quando eu passei em frente a uma porta, ela abriu do nada.

– O que é... – Gritei. – Essa gritaria toda? – Sharman saiu do banheiro.

– Para mim já deu, chega de sustos. Cara, eu sou cardíaca. – Falei e eles caíram na risada.

– E dramática! – Dylan me pegou e me pôs sobre seus ombros.

– Está de brincadeira com a minha cara. – Chegamos na escada. – Dylan se tu me derrubar aqui, eu juro por Deus que se eu não morrer eu te mato.

– Relaxa tampinha.

– Tu me respeita! – Lhe dei um tapa na bunda.

– Já vi que estamos segurando vela aqui. – Tyler e os outros riram.

– Ninguém está segurando vela não, mas podem ficar segurando vela quando estiverem no enterro do Dylan. – Falei e ele me pôs no chão assim que chegamos na cozinha. – Obrigada. – Ajeitei minha roupa.

– Você é muito má. – Dylan riu.

– E você é um idiota. – Lhe dei língua.

– Já percebi que daí vai sair namoro. – Holland olhou a cena.

– Nem pensar! – Falei fazendo careta. Bem que eu queria, fala mais Holland, fala mais.

– Eu shippo. – Sprayberry falou com a boca cheia.

– Modos. – Shelley lhe deu um tapa na nuca.

– E ele já está é comendo. – Sharman falou.

– Eu escutei ela dizer que já podia comer...

– Perai, escutou? – O olhei.

– Err... eu já estava aqui do lado, aí escutei... – Se embaralhou nas palavras.

– Hmm... – Outra desculpa esfarrapada que não me convenceu. Aqui vai a Letícia sonsa de novo. – Tudo bem. – Sorri. – Eu não sei vocês mas eu estou faminta. – Peguei um prato para me servir e todos os outros fizeram o mesmo.

(...) 

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