Eu não sei vocês mas eu simplesmente não consegui engoli aquela desculpa esfarrapada sobre uma festa surpresa para a Crystal, essa desculpa não me convenceu mas eu vou fazer meu papel de sonsa e fingir que me convenceram com essa história. Eu vou, escrevam o que eu estou dizendo, eu vou descobrir o que eles estão escondendo de mim. Não exatamente todo mundo, mas sim Dylan, ele não deixa ninguém me dizer nada e isso só atiça mais o meu lado FBI.
– Letty, terra chamando Letícia. – Holland estalava os dedos em minha frente.
– Hã, que foi? – Voltei para a realidade.
– Você estava no mundo da lua. – Voltou a se sentar. – Já estava com medo de que você cortasse a própria mão. – Olhei para baixo e eu estava com uma faca na mão.
– Não seria a primeira vez. – Ri. Larguei a faca.
– O cheiro está ficando bom... – Shelley entrou na cozinha. – Com quem aprendeu a cozinhar?
– Eu herdei os dotes do meu pai. – Sorri e desliguei o fogo. – Pronto, já podem comer.
– Comer? Alguém disse comer? – Sprayberry apareceu do nada e já começou a se servir. Logo os outros o acompanharam. Sprayberry deu um grito e todos o olhamos assustados. – Por que ninguém avisou que está quente?
– Você não percebeu que acabou de sair do fogo?! – Shelley riu.
– Vou chamar os outros.
Sai da cozinha e fui atrás dos outros na sala, mas não estavam lá. Subi as escadas a procura deles e o que eu aprendi assistindo filme de terror é que a gente nunca deve sair gritando o nome das pessoas pela casa, então eu os procurava em silêncio. Nem sinal deles, de nenhum.
– Aconteceu o arrebatamento e eu fiquei?
Eu procurava nos quartos do corredor e nada.
– Vou entrar em um desses guarda-roupas e ver se eu saio em Nárnia. – Entrei em um dos quartos. – Aliás, por que rico tem tanto quarto na casa?
– O que você está fazendo? – Soltei um grito e me virei para olhar quem era. Cody Christian.
– Tu quer me matar do coração menino, não faz mais isso! – Sentei na beirada da cama e ele caiu na risada.
– Quem gritou? – Dylan apareceu ao lado dele.
– Foi ela. – Cody apontou para mim.
– Você assustou ela? – Perguntou e Cody confirmou. – Está explicado, ela se assusta muito fácil, o vento bate nela e ela grita.
– EI! Em minha defesa, ele apareceu do nada, parecia uma alma penada. – Me levantei da cama e fui até os dois. – Aliás, a comida está pronta.
– Ótimo, estou faminto. – Tyler surgiu.
– Cara, vocês surgem do nada, vocês têm o poder de teletransporte é? – Fiz careta. – Vocês são tudo bizarro. – Sai andando e quando eu passei em frente a uma porta, ela abriu do nada.
– O que é... – Gritei. – Essa gritaria toda? – Sharman saiu do banheiro.
– Para mim já deu, chega de sustos. Cara, eu sou cardíaca. – Falei e eles caíram na risada.
– E dramática! – Dylan me pegou e me pôs sobre seus ombros.
– Está de brincadeira com a minha cara. – Chegamos na escada. – Dylan se tu me derrubar aqui, eu juro por Deus que se eu não morrer eu te mato.
– Relaxa tampinha.
– Tu me respeita! – Lhe dei um tapa na bunda.
– Já vi que estamos segurando vela aqui. – Tyler e os outros riram.
– Ninguém está segurando vela não, mas podem ficar segurando vela quando estiverem no enterro do Dylan. – Falei e ele me pôs no chão assim que chegamos na cozinha. – Obrigada. – Ajeitei minha roupa.
– Você é muito má. – Dylan riu.
– E você é um idiota. – Lhe dei língua.
– Já percebi que daí vai sair namoro. – Holland olhou a cena.
– Nem pensar! – Falei fazendo careta. Bem que eu queria, fala mais Holland, fala mais.
– Eu shippo. – Sprayberry falou com a boca cheia.
– Modos. – Shelley lhe deu um tapa na nuca.
– E ele já está é comendo. – Sharman falou.
– Eu escutei ela dizer que já podia comer...
– Perai, escutou? – O olhei.
– Err... eu já estava aqui do lado, aí escutei... – Se embaralhou nas palavras.
– Hmm... – Outra desculpa esfarrapada que não me convenceu. Aqui vai a Letícia sonsa de novo. – Tudo bem. – Sorri. – Eu não sei vocês mas eu estou faminta. – Peguei um prato para me servir e todos os outros fizeram o mesmo.
(...)
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| Como Nos Filmes |
FanfictionVocê acredita em um mundo paralelo ao que vivemos? Acredita que possa existir um mundo como nos filmes? Imagine que, por obra do destino, sua família tens de voltar ao país natal (Brasil), abandonando assim tudo e todos em Nova Iorque, incluindo o s...