Amor por Acidente

TRINTA E SETE

Amar alguém significa enxergar cada qualidade e também cada limitação, cada defeito, cada falha, e mesmo assim se sentir a pessoa mais feliz por tê-la em sua vida. É aprender a encarar o outro como um verdadeiro presente de Deus e ser grato por isso.Me sinto como se estivesse encontrado o verdadeiro significado de lar em seus braços.

Cássio

- Por favor me conte tudo.

Vejo uma lágrimas solitárias caindo de seu olho esquerdo. Ela está se esforçando para falar tentando se manter forte. Eu estou um caos interiormente. Como um ser que não merece nem ser chamado de homem pode fazer isso à uma mulher ?
Estou tentando me manter calmo. Eu preciso passar à ela conforto para que ela se abra à mim. Prometo que mato esse ser.
- Eu fui... ela para de falar. - Absurda pela primeira vez.

- Como assim primeira vez ?
Soco a cama novamente.

- Acalmesse por favor. Pior já passou.
Começo andar em círculos dentro do quarto do hospital.
Ela tenta argumentar,limpando suas lágrimas.
Estou tão nervoso que não sou capaz de abraça agora preciso ouvir tudo. Para depois agir, ela retorna à falar.

- Perdi meu pai muito cedo. Era uma menina, ali foi como se Deus tivesse levando uma parte de mim. Minha mãe nunca foi muito carinhosa, não participava muito da minha vida. Meu pai tinha uma condição boa,tinha uma cooperativa de caminhões. Quando à carga era muito valiosa, fazia questão de fazer o transporte. Ela passava os dias gastando o dinheiro do meu pai em salões e lojas de roupas. Era ele que cuidava de mim. Mais quando ele foi fazer uma entrega de eletrodomésticos,nunca mais voltou foi sequestrado e morto. Ela começa a chorar novamente, emocionada se lembrando de seu pai. Dá um tempo engole a sáliva e volta a falar.
-Minha mãe ficou a frente dos negócios. Com o tempo se casou com antigo sócio de meu pai, que por ventura se tornou seu sócio . Ela começou a viajar com ele, me deixando com a sua irmã.  Foi ai que tudo começou... Ela para novamente, vejo dor em seus olhos, ela os desvia dos meus é encara o chão. - Marido da minha tia. Foi o primeiro.

- Ele foi preso ? O quê foi feito ?
Estou extremamente nervoso amor. Mais estou com você. Digo me aproximando da cama. Para segurar suas pequenas mãos que não param de tremer.

- O segundo foi o que eu vi na festa.

- Como assim ? Você ô viu na festa?

- Não sei ao certo ele estava lá. Assim que eu sai do banheiro após discutir com Viviane, o encontrei vestido de garçom.

- Vou atrás de saber disso. Quero saber o nome de cada um que esteve naquela festa.

- Davi é o nome dele. É bem eu me relacionei com ele. Ele era carinhoso, gentil eu sempre fui muito na minha. Nunca me achei bonita de fato. Eu ia sempre na lanchonete aonde eu trabalhava. Achei que iríamos casar ele sempre me respeitou. Não avançava até que tudo ruiu. Era minha folga fomos fazer uma trilha. Ele quis eu não iii ...

- Para... isso e demais para mim.
Saiu do quarto preciso respirar longe dela. Não consigo imaginar como o ser humano pode ser assim, tão asqueroso.

Vou andando sem rumo pelos corredores até achar à escada, deço vários lances abaixo num piscar de olhos. Chego no estacionando. Para a minha sorte está calmo e vazio, também já é madrugada. Acho um banco e me sento. Fico olhando a lua, essa noite ela está cheia com um brilho meio avermelhado. Deve ser a tal lua morango. Fico contando mentalmente de 1 até 100 para realmente me acalmar. Juro que eu vou atrás desse homem. Se ele ousar se aproximar delas, eu acabo com ele.

- Vamos seu merdinha você é playboyzinho que está aqui por pura diversão. Não é Isso ?
Ande me ataque.
Eu me levanto após quatro rouds de 8 minutos. Estou extremamente cansado, minha coluna está lesionada, por tantos coubes que me foi dado. Estou tirando forças para levantar do chão de onde nem tenho. Luta sempre foi como uma diversão e um modo para eu libertar toda minha força. Comecei fazendo, karatê depois evolui para o boxe e depois fiz luta grego romana. As lutas clandestinas vieram de blinde, meu parceiro de treino, sempre vinha machucado para os treinos, um belo dia eu o segui   até um beco no coração de Copacabana, perto tinham grandes hotéis e restaurantes. É no fim do beco escuro uma porta de ferro reforçada dava para um ringue de Vale tudo.  Eu entrei como um apostador e o vi de máscara lutando. Como treinamos juntos eu sabia como ele lutava, fora a tatuagem de fênix no seu braço direito.
Fiquei olhando ao redor lugar grande com um octógono três arquibancadas lotadas, aquela adrenalina me deixou ludibriado. Saber que ali você poderia ser outra pessoas, por para fora toda a sua raiva e ganhar fama e de bônus gatinhas e dinheiro. Minha familia sempre teve dinheiro, mais eu queria o meu. Eu sentei e observei Jonathan, entrar no octógono e vencer por nocaute, uma cara maior que ele. Gritavam o seu cod nome,me inebriou.