Invasores
— Maisie? — Perguntou Zoey com uma voz assustada que não era habitual de si.
Ela correu em nossa direção e abraçou Maisie.
— Um grupo... eles... parecem militares, invadiram o hospital.
— Sabe onde estão Sara e Charles? — Perguntou Maisie.
— Sara estava com Ivy na enfermaria, eu estava voltando para lá. — Informou ela. — Charles, Charles... eu o vi a algum tempo com Aleyna.
Os sons de tiros, gritos e passos continuavam vindo de todos os lados. Alguns distantes, outros que pareciam vir de poucos metros de onde estávamos.
— Eu estava voltando para a enfermaria quando ouve a primeira explosão. — Explicou ela.
— Tudo bem, Maisie, vá para enfermaria com ela, Sara deve estar lá ainda e só você pode acalmá-la. Eu vou tentar encontrar Charles ou Aleyna.
Maisie agarrou a minha mão, seus olhos demonstravam a preocupação que sentia, mas sabia que precisávamos nos dividir naquele momento para encontrar os dois.
Ao passarmos pela porta que levava a origem dos sons de disparo. Levo um susto inicial ao ver a imagem daquele soltado, veste o que parece ser uma armadura de kevler e usa um capacete que o protege todo o rosto, no lugar dos olhos, vejo apenas dois pontos vermelhos que logo identifico como sendo binóculos de visão noturna. Ele tenta disparar contra Maisie, mas o som que ouvimos do rifle que segurava denunciava estar vazio, corri em sua direção antes que tivesse tempo de acoplar um novo pente a arma e me joguei contra ele como os defensores em uma partida da NFL. Mesmo ele sendo maior do que eu, consegui jogá-lo para trás. O homem bateu com o corpo contra uma parede o que me deu tempo de levantar e lhe acertar o rosto com meu joelho o que o deixaria inconsciente por algum tempo.
— Vai, vai. — Gritei para Maisie que agarrou o braço de Zoey e as duas desapareceram pelo corredor escuro.
Peguei seu rifle, e o pente extra que encontrei em seu bolso e a lanterna que estava preso em seu colete militar. Segui mais um pouco, sentido contrario ao das duas e passei pelo corpo caído de Carl, o jovem militar estava com o rosto contra o chão empoeirado e marcas de sangue, o sacude tentando acordá-lo, mas não ouve nenhum tipo de reação, me aproximei um pouco mais e percebi que o jovem que a algumas horas estava jogando cartas comigo, agora já não estava respirando.
O brilho de uma lanterna ziguezagueou pelo corredor até me atingir, eram mais três soldados, todos com a mesma armadura de kevler e o capacete com os dois pontos vermelhos a brilhar.
Corri para a porta mais próxima tendo uma rajada de tiros vindo atrás de mim. Passei rápido pela porta, onde havia mais três corpos, um dos invasores, havia levado um tiro no rosto onde o capacete não o protegia e os dois eu os reconheci de imediato, eram Arthur e Paul.
Corri a procura de alguém vivo que não estivesse usando aquela armadura.
Até que encontrei Hannah alguns corredores mais à frente. Ela estava ferida, havia levado um tiro na barriga e outro na perna esquerda, o que a impossibilitava de continuar andando naquele momento. Estava agarrada a um rifle, mas parecia muito cansada para conseguir sair dali.
— Aguente Hannah, por favor, aguente apenas mais alguns minutos. — Pedi. — Vou procurar mais sobreviventes.
Já estava me levantando quando ela agarrou meu braço. — Suas armas. — Gemeu ela. Puxou do bolso uma pequena chave e a me entregou. — Suas armas e seus suprimentos estão na porta ao lado do refeitório.
— Já volto. — Disse.
— Acerte a cabeça. — Pediu ela. — Acabe com eles Tob.
A poucos metros dali, encontrei uma escopeta jogada ao chão, ao seu lado dois invasores estavam mortos, tiros na cabeça. Talvez por Hannah antes dela ser atingida.
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ANO 2033
Science Fiction1° 🥇 Concurso Escritores Lendários 1° 🥇 Concurso Livros de Flores 2° 🥈 Concurso Pandora 2° 🥈 Concurso The Best Um meteoro de 15 km de comprimento se chocou com a terra no oceano Pacífico próximo a Califórnia na madrugada do dia 2 de janeiro d...