Rota de fuga

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Rota de fuga

Ele começou a contar e sem que me vissem, corri para a porta mais próxima e tentei abri-la. Estava trancada, tinha que ser ali, todas as nossas coisas deviam estar ali. Coloquei a chave com dificuldade no bocal, tinha minha mão a tremer enquanto ouvia o homem contar os segundos restantes antes dele começar a matar seus reféns.

— 8.

— 7.

A porta se abriu, minha mochila de suprimentos, meu saco de viagens da Nike com nossas armas, algumas AKs, escopetas, pistolas, munição, um arco e flecha, granadas de luz e de estilhaço, tudo estava ali. Era ainda mais repleto de armas que minha sala de armas que tinha no bunker.

— 4.

Precisava de um plano, alguma coisa que pudesse fazer.

— 3.

— Isso vai ter que servir. — Suspirei olhando para as granadas de luz.

Agarrei duas granadas de luz e puxei seus pinos.

E assim que as joguei para dentro do refeitório, um grande clarão de luz muito forte os cegou por alguns instantes. Agarrei Charles e Aleyna pelo braço e os puxei para fora o mais rápido que pude. Aleyna ainda conseguiu fazer o mesmo com Ivy. Os três também sentiam o efeito da bomba de luz o que dificultava para conseguirem enxergar e andar sem esbarrar nas coisas.

Não tínhamos muito tempo para pegar as coisas dali de dentro. Entreguei a Charles a mochila de suprimentos e o drone, a mochila era muito pesada, mas teria que conseguir naquele momento, e a Ivy lhe dei os kits de primeiros socorros que estavam ali dentro. Aleyna agarrou uma AK 47 mesmo com a visão prejudicada pela granada de luz e eu tinha em mãos um rifle M81 Arid.

Puxei a porta, fazendo a trancar novamente, não queria deixar tudo aquilo de bandeja para eles. E então saímos a correr pelo corredor.

Aleyna que era a única que não carregava nada naquele momento, foi quem ajudou Hannah a se levantar do chão, tinha uma grande mancha de sangue em sua roupa e mancava pelo ferimento em sua coxa esquerda, o que nos atrasava, mas não poderia deixá-la para trás.

— Encontraram Andrew? — Perguntou ela enquanto seguíamos por um dos corredores.

— Está morto. — Disse Ivy.

— Tem certeza? Você o viu? — Perguntou Hannah perplexa.

Ivy se virou para ela, ainda tinha os respingos de sangue em seu rosto e aquilo era toda a prova que ela precisava para dizer que ele estava realmente morto.

— O sangue em meu rosto é dele.

Hannah levou a mão a boca e notei quando seus olhos tremeram ao perceber que o que Ivy dizia era verdade, seu líder e amigo, estava agora estirado ao chão, um corpo sem vida.

— Agora precisamos encontrar os outros. — Disse. — Devem estar na enfermaria, Zoey estava indo para lá atrás de você.

Ivy arregalou os olhos.

— Foi lá que me encontraram. — Respondeu ela.

Apertamos o passo o máximo que conseguíamos com o ferimento de Hannah, era impossível correr com ela naquele estado o que nos deixava apenas dar um passo de cada vez enquanto rezávamos para que eles estivessem lá, bem e a nossa espera.

Gritos vinham dos corredores que havíamos passado, gritos dos invasores que ainda restaram e nos caçava naquele momento.

— Eu os encontrarei. — Gritava o líder deles. — Vou fazer questão de possuir cada uma das mulheres que eu pôr a mão deste lugar.

ANO 2033Onde histórias criam vida. Descubra agora