fourteen

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you ;;

Chegando da escola, fui direto para a casa de Miles. A mãe dele me deu uma cópia da chave. O que eu acho bem estranho tudo isso, essa situação está sendo uma loucura. Na noite passada, senti que eu estava sendo observada por algo. Estava frio e a presença disso me deixava com medo. Fora o sonho perturbador que tive.

Deixei minha mochila em cima do sofá e a casa estava em silêncio. Mas ao subir as escadas e chegar perto do quarto de Miles, ouço o chuveiro ligado e uma música de rock dentro do banheiro. Ouvi Miles cantar e eu segurei o riso.

Fiquei pensativa ao tentar pensar em algo para me distrair. Minha mente estava uma confusão toda. Eu queria saber quem foi o assassino de meu pai, quem poderia ter matado ele a sangue frio? Eu não lembro dele tendo problemas com alguém ou devendo algo para alguém.

Andei em direção ao quarto de baixo. Esse era o quarto de hóspedes que a Amélia tinha me falado, mas lembrei que o Miles havia me dito para não entrar aqui dentro e eu quero saber o por que. Ele falou de uma forma medonha, seu olhar era frio.

Abri a porta lentamente e estava tudo escuro. Mas ao dar passos para frente, avistei a cordinha pendurada e a puxei e a luz iluminou o quarto. Era tudo antigo, os cômodos e tudo mais. O cheiro era péssimo e tudo estava cheio de poeira e teias de aranha.

― Que isso?

Perguntei para mim mesma ao me abaixar e ver em baixo da cama uma caixinha pequena marrom. Ela tinha uns símbolos estranhos e ela tinha um cadeado. Avistei ao meu redor algum lugar aonde poderia estar a chave. Mas não encontrei.

Então retirei do meu cabelo o meu grampo. Ajeitei ele e o enfiei na entrada do cadeado. Eu girava várias vezes e não abria. E quando eu estava desistindo, ouço um estralo e o cadeado se abriu. Meu coração quase saiu pela boca e eu olhei para trás de mim para ver se Miles estava lá.

Mas ele não estava.

― Mas que porra é essa?

Perguntei indignada ao pegar uma polaroid na mão e ver a foto. Era um corpo de uma mulher branca, ela estava deitada com a barriga para baixo e ela estava apenas com roupas intimas azuis. Sua costa estava coberta de sangue. E seus cabelos loiros manchados de sangue.

― Mas que caralhos você estava fazendo aqui (s.n)?

Ouço a voz alterada de Miles atrás de mim. Meu coração acelerou e eu engoli em seco, me virei para trás ainda com a polaroid na mão e Miles continuava a me olhar com a toalha amarrada em sua cintura e seus braços cruzados.

― O que é tudo isso? Você fez isso?

― Isso são coisas que eu achei. ― ele disse ao tomar a caixa e a polaroid de minha mão. Ele a fechou. ― Eu disse pra você não entrar aqui caralho. Que merda! Você por um acaso é surda?

― Você por um acaso é um assassino?

O enfrentei com outra pergunta e ele revirou seus olhos.

― E se eu fosse? O que você iria fazer? ― ele deixou a caixa em cima da cama. Em seguida, ele andou até mim e eu recuava dando passos para trás com medo.

― Saí de perto de mim, por favor.

Digo ao sentir minhas costas encostar na parede. Miles ficou parado em minha frente e me deixou sem saída. Ele me olhava de forma penetrante e seus olhos estavam um castanho escuro. Estavam mais para preto.

― Eu não vou te machucar, (s.n). ― ele sorriu e alisou meus cabelos. ― Aquelas fotos eu achei nas coisas do meu pai quando ele morreu.

Engoli em seco.

― O-o seu pai matou pessoas?

― Meu pai era traficante e tinha uma máfia famosa. Mas ser esse tipo de gente tem suas consequências, aposto que ele machucou as pessoas dessas fotos juntos com os seus capangas.

Eu estou em uma casa de pessoas doentes mentais. Só pode mesmo, mal me livrei de um e agora tem outro. Ótimo.

― Não vai dizer nada?

Ele perguntou ao se afastar de mim e segurar firme sua toalha na cintura. Ela estava quase caindo e eu fechei meus olhos ao dar as costas para ele. Isso era uma tentação horrível até por que ele era bem bonito.

― Eu estou sem reação, Miles. Não é todo dia que se encontra fotos de gente morta em uma caixinha na casa de um "colega" de escola.

Fiz aspas com os dedos. Mas era verdade, o considero como um colega simples.

― Você é muito inocente (s.n). Acho que você não conhece as maldades do mundo e que não se deve confiar em qualquer pessoa por ai. Até mesmo os rostinhos mais bonitinhos fazem desgraça.

Ele disse simples ao se aproximar novamente e eu me retiro do quarto.

― E eu devo confiar em você? Devo confiar que você não é um assassino em série? Por que está me parecendo o contrário.

Ele sorriu de forma nasal e irônica.

― Confie se quiser.

Foi a única coisa que ele disse. Depois, ele subiu novamente para cima e me deixou sozinha no corredor com os meus pensamentos sujos novamente.

A pergunta séria agora era; devo confiar nele?










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Hey babys.

Espero que gostem desse cap. Clique na estrelinha e
ajude a tia Juh.

amo vocês e fiquem com Deus.

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