you ;;
Engoli em seco ao ler a mensagem de Miles. Eu bloqueio o mesmo e devolvi para o cacheado, o mesmo estava um pouco pálido, mas ele parecia tranquilo no estado em que se encontrava, não parecia estar mais sangrando seu machucado e ele olhava atentamente para o vidro em sua frente a pista passando rapidamente sobre nós.
― Então, vocês são daquela cidade mesmo ou estavam só dando uma passada por lá?
A moça ruiva começou a puxar assunto ao perceber nosso silencioso constrangedor. Eu não conseguia falar com ela, era como se tivesse um nó em minha garganta me impedindo de dizer algo, tipo, eu vou matar ela em alguns minutos. Eu nem sei se ela tem família ou algo importante para deixar.
― Somos de lá mesmo. Aqueles caras que me machucaram eu os conheci na fraternidade do meu irmão, briguei feio com eles lá na festa e por coincidência, eu os encontrei na festa de um colega meu hoje.
Miles disse como se realmente tivesse acontecido e olhava atentamente para ruiva ao seu lado. Ela me parecia assustada, acho que não é todos os dias que ela encontra dois adolescentes machucados pedindo ajuda por aí.
― Essa situação é bem complicada. Ainda bem que você escapou a tempo, vejo que seu machucado está melhor que antes. Parou de sangrar?
― Sim! Eu sei lidar bem com esse tipo de machucado. Eles são como arranham de gatos para mim!
Ele se gabou ao alisar o curativo em sua barriga.
― E vocês namoram a muito tempo? ― ela perguntou ao sorrir de forma amigável.
― Sim, há cinco meses, né mozão?
Miles perguntou ao segurar em minha mão e apertar a mesma. Em seguida, ele fez um bico com seus lábios e esperava a minha resposta rapidamente. Dava para se ver em seu olhar a espera para eu confirmar.
― Isso.
Digo rapidamente e engoli em seco. Quero nem imaginar eu namorando esse garoto louco, imagina o que ele faria comigo ao longo dos tempos? Quero nem pensar, se bem que ele é bem bonito para se jogar fora.
― Meu único filho tem dezesseis anos e já quer namorar. Ele anda de olho em uma garota da classe dele, porém, ele não sabe como chegar nela. Sabe aqueles adolescentes que se apaixonam pela amiga e tem medo de contar e estragar a amizade?
Droga. Ela tem filho. Não posso fazer isso.
― Oh sim! Isso é horrível. Já passei por isso uma vez.
Miles disse ao revirar seus olhos.
― Eu disse para ele ir com calma. Mas ele realmente gosta muito dela.
Ela disse ao virar para a esquerda.
― Vocês podem me passar o número dos pais de vocês? Não quero chegar no hospital e ter que agir como se eles não merecessem saber agora!
― Não podemos, já disse. ― Miles disse ao começar a ficar impaciente. ― Faz o seguinte? Nos deixe no hospital e cuidamos disso sozinhos.
― Não! Vocês ainda não são de maiores! Não posso deixar vocês simplesmente lá sozinhos e dar as costas. Eu sou mãe e sei como é isso.
Meu estômago estava começando a embrulhar. Miles não tinha paciência e seu pavio era curto, eu vi ele se segurar e fechar seus punhos com força. Ele fechou seus olhos e respirou fundo.
― Olha aqui garoto, eu só quero ajudar vocês e principalmente você que pode ficar com uma infecção.
Ela disse incrédula para Miles ao tirar seus olhos da estrada e quase batermos em uma moto ao lado. Mas ela voltou sua atenção para a estrada.
― Está querendo ajudar até demais não é porra? Só faz isso que eu mandei, leva a gente pro hospital e depois você some.
Ele disse rude e frio ao olhar para ela de forma trêmula. A ruiva nem piscou e engoliu sem seco, ela me olhou inconformada, talvez esperasse que eu dissesse algo, porém eu continuei a olhar a estrada na minha frente.
[...]
― Chegamos! Neste posto vamos pegar algo para comermos e tem uma farmácia logo atrás do banheiro, vamos lá pegar alguns curativos melhores para você.
Ela disse ao retirar seu cinto e mexer dentro de sua bolsa. Miles logo me olhou e fez um sinal com a sua cabeça, ele olhou para ela e depois para mim rapidamente. Como se fosse para eu fazer logo o negócio. Mas eu tremi na base e coragem me faltava para isso. Ela era legal e só queria ajudar.
― Muito obrigada moça ruiva, mas agora não precisamos mais de você. Eu agradeço muito por nos ajudar. ― Miles sorriu. ― Mas a sua hora chegou. Desculpe.
Ele segurou no rosto dela e limpou uma lágrima que escorreu de seus olhos, ela começou a chorar sem entender nada e em seguida, seus olhos se encontraram com os meus. Eu peguei o canivete vermelho de Miles e retiro a faca de dentro dele. Fazendo com que a mulher me olhasse com medo e desespero.
― Não, por favor. Eu só quero ajudar, por favor.
Ela disse no meio dos choros e suspiros. Ela levou sua mão até sua boca e tampou a mesma ao chorar profundamente.
― Lamento fofa.
Miles disse ao dar de ombros.
― Por favor, eu tenho um filho e um marido doente que precisa de mim. Tenham piedade.
Ela suspira ao declamar de forma desesperada. Eu apenas fiquei imóvel e pensando se faço ou não. E se eu fazer? Eu viro uma pessoa como ele? Não quero ser assim, mas e se eu não matar ela e ele me matar depois? Ele não disse nada sobre me ter até o final da sua jornada que é misteriosa.
― Faça logo, (s.n). ― ele me olhou sério ao dizer de forma impaciente.
― Não consigo, Miles. Não dá porra.
Digo entre meus soluços de choro.
― Pode parar de ser fraca pelo menos uma vez na sua vida? Se for andar comigo, tem que ser como eu. Garota, eu estou te ensinando a viver a vida e se prevenir e se defender de algo. Agora mata essa ruiva ou eu mesmo mato ela e mato você no final.
Ele exclama ao puxar meu braço e aproximar a faca do canivete sobre o pescoço da ruiva. Ela fechou seus olhos e chorava mais ainda nos meus ouvidos, eu apenas fechei meus olhos e respirei fundo, apenas pensei nas coisas ruins que me aconteceram e descontei nela.
Sinto a faca cortar cada parte da garganta dela ao ouvir os gritos dela e ouvir a pele rasgando, sinto o sangue dela escorrer sobre a minha mão e parecia estar cortando a coisa mais macia do mundo. Ao parar de cortá-la, vejo ela levar suas mãos até sua garganta e tentar respirar de forma desesperada.
E eu caí no choro ao ver ela morrer sofrendo de forma lenta na minha frente. Eu joguei o canivete em qualquer canto do carro e me escolhi no banco de trás ao chorar feito um bebê.
― Foi melhor assim, (s.n). E agora, vamos usar o dinheiro dela para comprarmos nossos suprimentos e meus curativos, depois, jogamos o corpo dela em qualquer lugar.
Ele alisou meu joelho e se retirou do carro e me deixou sozinha dentro do mesmo.
Abro meus olhos e vejo o corpo dela deitado sobro o chão do carro. Os olhos dela estavam abertos e a boca estava aberta. O olhar de medo dela era nítido em meus pensamentos. Matei outra pessoa que tinha família e pessoas para criar e tudo por que? Para andar com um psicopata doido?
― Sinto muito.
Sussurrei para a ruiva morta em minha frente.
______________________________
Está meio ruim, sorry!se gostar clique na estrela e ajude a tia Juh.
amo vocês.
VOCÊ ESTÁ LENDO
daddy issues | MILES FAIRCHILD
Fanfiction⚊ MILES FAIRCHILD IMAGINE. | ❝ na qual você tem problemas com o pai. ou o garoto psicopata, miles fairchild, tenta te ajudar. e te arrasta para os problemas dele. ❞ HISTÓRIA COMPLETA! não aceito adaptações! história não revisada. PLÁGIO É CRIME...