forty two

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miles ;;

(s.n) saiu rapidamente de cima do meu colo. Ela se sentou do meu lado e não olhava para mim, assim como eu não olhava para elas. Apenas mantenhamos nossos olhares sobre a pequena lareira em nossa frente enquanto Hopper se aproximava de nós.

― Que porra foi essa que eu vi?

Ele perguntou ao cruzar seus braços e nos olhar a espera de alguma resposta. Eu vou deixar ela cuidar disso, já que ela está dizendo que virou a fodona da porra toda agora. Veremos como ela se saí com essa situação. Prevejo risos de minha parte.

― Estavamos..... Estavamos, você sabe. ― ela disse por fim e olhou para o pai. ― Estavamos conversando.

Sério? Segurei meu riso ao morder meus lábios e observar a cara de indignação de Hopper.

― Conversando com seus lábios e sua língua engolindo a boca dele? Uau, que tipo de conversa legal.

― A boca dele estava machucada e eu fui ajudar.

― Quer saber? ― Hopper começou. ― Eu não estou disposto a ver ele aqui hoje e logo no nosso primeiro dia morando juntos. Então, Miles é hora de ir embora.

Ele disse ao se sentar em sua poltrona.

― O que? Não.

(S.n) disse.

― Não temos um colchão pra ele dormir. Eu só tenho um sofá e ele é seu nesta noite. Vocês não vão dormir juntos. Então, caí fora Miles. Amanhã você vêm.

― Tudo bem (s.n). ― digo e me levantei do sofá. Me dirigi até a porta e segurei na maçaneta. ― Amanhã a gente se fala. Até mais sogrinho, foi muito bom te ver e obrigada por me atrapalhar pela segunda vez, está marcado.

Digo ao sair para fora e fechar a porta. Soltei minha gargalhada baixa depois de tanto segurar ela. Era engraçado a forma como Hopper tenta ser protetor e logo agora, já que (s.n) está totalmente estranha e sensível. As emoções dela devem estar acabando com ela por dentro.

Me retirei do bosque aonde ficava a casa de Hopper. Andei pela cidade de forma calma, analisei tudo ao meu redor e para a minha grande surpresa, nada de diferente acontecia, como sempre. É por isso que eu quero sair desta merda o quanto antes. Mas primeiro, preciso acabar com o Jaeden. Não posso deixar ele aqui e acabar com a minha cidade. Ela é uma merda? Sim! Mas eu sou o rei dela.

E sabemos que em um reino, só se pode ter um rei. E ele sou eu.

― Muito legal olhar você todo apaixonado. Ainda mais por uma garota toda problemática que é dominada pelas emoções.

Ouço a voz de Jaeden atrás de mim e soltei um sorriso nasal. Assim, em segundos me virei para olhar a cara do filho da puta. O mesmo como sempre com aquele sorriso desgraçado nos lábios. Ele falava e andava com segurança, coitado dele.

― O que devo a honra da sua perseguição comigo nesta noite de bosta? Veio me torrar a paciência? Acha que me afeta matando o melhor amigo da minha garota? Oh lamento, ele não era nada pra mim.

Digo ao cruzar meus braços e voltei com a minha pose de poder. De machão, por que eu sou assim e posso ser assim. Eu tenho o poder e domínio das minhas palavras.

daddy issues | MILES FAIRCHILD  Onde histórias criam vida. Descubra agora