nineteen

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you ;;

Após ouvir a explosão alta penetrar meus ouvidos. Chorei horrores ao perceber que eu poderia ter impedido e que eu também sou culpada nisso, o homem tinha filhos e os filhos não tinham nada a ver com os assuntos do Miles e desse cara.

Eu me soltei dos braços de Miles e limpei minhas lágrimas com o meu dedo indicador. Em seguida, limpei o suor descendo de minha testa com a manga do meu moletom preto.

Eu pedi para ele não falar mais comigo e espero que ele cumpra isso. Eu já odiava ele antes, agora isso aumentou e eu fui uma burra em confiar nele e que ele poderia ser alguém normal. Mas ele nunca será normal, não é mesmo?

Pisei firme no chão e fui andando rapidamente até a casa de Miles. A chuva estavam começando a cair sobre meu corpo e o frio aumentava e pra piorar, o local estava todo fedendo pela fumaça e minha falta de ar estava começando. Andar pelas ruas e ver todos desesperados e correndo até a casa do psicólogo era horrível, a final, você sabe de um crime que cometeu e tem que fingir demência.

Olhei para trás e Miles andava lentamente atrás de mim. Ele estava com suas mãos enfiadas no bolso de seu moletom e sua cabeça estava abaixada. Ele parecia aqueles doentes que espionam as mulheres e depois as matam. Ele me dava medo e saber que ele mata a sangue frio, me dava mais medo ainda. Meu pai morreu e agora tenho esse garoto comigo. Uma coisa ruim acaba e outra vem.

― Caralho!

Exclamei ao ver um carro de polícia parado em frente a casa de Miles. Os policiais e as nossas mães estavam conversando com eles sobre a varanda se protegendo da chuva e eles anotaram algo na prancheta.

― Desgraçados.

Miles disse ao passar correndo na minha frente e se aproximar deles na varanda. Ele ficou lá paradão ouvindo a conversa e eu pude ver ele movimentando seus lábios e dizendo algo. E vejo minha mãe me chamando para sair da chuva, mas eu estava paralisada.

― Então o que vocês estão pensando?

Ouço minha mãe perguntando para o policial ao me aproximar. E o homem barbudo me olhou ao mascar seu chiclete como se fosse bosta.

― Essa é a (s.n), certo?

― Sim.

Minha mãe respondeu a sua pergunta e eu fiquei em choque. Será que ele sabe que eu estava lá na hora da bomba?

― Ela estava com o seu marido nas últimas horas dele? Pode confirmar isso direito? Ainda estamos investigando esse caso e ele é confuso pra cacete.

Ele me olhou de forma desconfiada e eu engoli em seco. Miles me olhou torto e assentiu com a sua cabeça para mim e eu fiz a mesma coisa.

― Sim. Mas eu estava na escola e quando eu cheguei em casa, eu encontrei ele morto. Eu não sei de nada.

Digo ao lembrar da cena horrível dele sangrando no sofá e sua garganta aberta.

― Hum. ― ele ficou pensativo. ― Viu ele e tudo mais... Só que como você me explica o fogo? Isso me pareceu muito alguém tentando limpar a barra e o corpo, certo?

Meu coração acelerou e eu olhei rapidamente para o Miles. Ele ficou quieto e riu da minha cara. Eu não poderia pedir a ajuda dele, nós brigamos.

― Acontece que quando eu cheguei, eu fui tentar reanimar ele e vi que não estava ajudando. Eu peguei meu celular para ligar pra emergência e ouvi um barulho na porta dos fundos. E quando eu fui ver, o fogo já estava acontecendo na cozinha.

Digo ao pensar em algo rápido. Minha mãe começou a chorar e apertou meus ombros com força, enquanto Miles fez cara de surpreso e concordava.

― E você, Miles? ― o policial perguntou para o cacheado e ele ficou sem reação, como sempre. ― Os vizinhos disseram que você saiu junto com a (s.n) de dentro da casa e com o incêndio.

― É. É verdade. Eu cheguei da escola em seguida. E como você pode ver, somos vizinhos e eu ouvia os gritos dela e o fogo se espalhando. Ai eu entrei lá dentro e vi ela caída no chão com a mesa caída em cima dela. Ai ajudei ela a sair e esqueci do pai dela.

Ele disse simples e me parecia bem convencional. Acho que o policial pode acreditar em nós. Até eu mesma acreditei nisso.

― E vocês dois podem me explicar o por que de vocês vieram na direção aonde explodiu uma bomba agora de pouco?

Outro policial perguntou ao se aproxima da varanda com o seu guarda chuva preto.

― Meu Deus! Eu disse que era uma bomba. ― Amélia disse ao segurar suas lágrimas. ― E como o senhor sabe que o meu filho estava lá?

― Eu acabei de voltar de lá. Antes dessa bomba ferrar tudo, outra bombinha pequena foi jogada na casa do psicólogo William e a bombinha destruiu apenas o quarto dele. Depois, essa outra bomba explodiu a casa toda dele e com as filhas dele lá dentro com ele.

Puta merda, puta merda, puta merda. Eu estou surtando e o Miles está sentado na varanda fumando seu baseado de boa. Eu mato ele.

― Não temos nada a ver com isso. Eu e a (s.n) estávamos na cafeteria lá em frente a praça e isso é a três quadras da casa do William. Nós ouvimos o barulho e voltamos correndo para casa por medo.

Medo? Okay.

― É. Não temos nada com isso.

Digo por fim.

― Okay. Mais isso é o que vamos ver. O doutor William sobreviveu a explosão e ele disse que lembra de um rosto feminino antes da primeira bomba explodir. Vamos ter uma grande coisa aqui pessoal.

Ele o que?

― Como ele sobreviveu?

Miles perguntou ao se levantar e encarar o policial. Eu observei ele fechando seus punhos e se segurando entre eles. Suas veias estavam bem amostras e alinhadas.

― Ele disse que a explosão o jogou para fora de casa. Mas infelizmente as crianças não tiveram a mesma sorte, chegamos lá e elas estavam todas queimadas e com o teto caída sobre elas.

Meu coração se partiu.

― Bom, nos vemos por ai crianças. Temos muitos casos para resolver.

O policial Hopper sorriu ao acenar para nós.










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está meio ruim, desculpem.

sou péssima com esse lance de psicopata, mortes, adrenalina e caso policial.

mas se gostar, clique na estrelinha e ajude a tia Juh.

amo vocês.

daddy issues | MILES FAIRCHILD  Onde histórias criam vida. Descubra agora