seven

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you ;;

Após ver Miles conversando com o meu pai pela janela. Observei o cacheado voltar a sua casa de forma lenta, sua mão estava sangrando e eu não pude ver o que tinha acontecido entre eles dois. Bom, o meu pai é um abusador de merda, Miles por outro lado é um psicopata e ele poderia fazer qualquer cagada ali. Mas ele não fez. O que me deixou surpresa.

Ouço passos fortes de meu pai se aproximando. O que me fez sair de perto da janela e me sentar na cama rapidamente. Agarrei as minhas pernas e fiquei abraçada com a mesma e espero ele vir falar alguma merda como o de costume.

― Eu quero você longe da porra daquele moleque, me ouviu bem (s.n) ?

Ele perguntou e eu assenti lentamente com a cabeça. Eu já esperava essa ordem dele, meu pai já me tirou a Dina da minha vida, por que com o Miles seria diferente? E também, o Miles é o Miles, não quero mesmo alguma aproximação. Ele é perturbador. 

― Acho bom mesmo. Sabemos que eu não sou homem de repetir. ― ele disse rude. Em seguida, ele encostou a porta e se aproximou de mim. Se sentando do meu lado e alisando meu joelho. ― Ele tocou em você? Ele falou algo safado?

― Ham, não?

Respondo de forma óbvia. É como eu disse, é do Miles que estamos falando, por favor né.

― Você já deu para ele? ― ele perguntou e eu engoli em seco e fiquei surpresa. ― Já transou com ele porra?

― Você está louco? ― começo a me exaltar. Mas percebi que ele estava meio perturbado. Havia um cheiro estranho nele, acho que era drogas, sei lá.

― Não me chama de louco, vadia.

Sinto meu rosto arder ao sentir a dor. Meu pai havia me acertado um forte tapa em meu rosto, apenas alisei o local da dor e sentia o fogo em minha pele. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu não pude segurá-las. Eu me sinto humilhada, eu tô cansada disso. E minha mãe nem para em casa, eu estou focada em pedir ajuda.

― Engole o choro caralho! Se eu te ouvir chorando eu venho aqui e acabo com você. ― ele se levantou e me olhou. Depois, ele segurou firme em meu queixo e me puxou para ficar próxima de sua respiração. Ele apertava. ― Eu eu venho aqui depois e me acabo dentro de você! Se é que você me entende.

Eu apenas cuspi minha saliva em seu rosto e ele respirou fundo. Ele fechou seus olhos e sorriu de forma nasal. Em seguida, ele puxou meus cabelos com força e inclinou minha cabeça para o lado e tentei engolir o choro. Mas um grito alto escapou de meus lábios.

― Agora eu te castigo. Se prepara.

Ele me deitou na cama com a barriga para baixo. Sinto seus dedos me segurarem firmes pela minha cintura e eu tentei me afastar. Mas era inútil, ele era mais forte que eu. Óbvio.

Ouço ele retirar seu cinto e ele o jogar no chão. Depois, ele abaixou a minha calça e levou junto a minha calcinha.

Eu só queria estar morta neste exato momento.

[…]

miles ;;

Eu estava falando com a minha mãe sobre eu não precisar mais do meu querido psicólogo. Mas falar com essa mulher é como falar com as paredes, ela não me ouve.

― Você é teimoso Miles, não insista!

Ela disse ao me deixar sozinho pela cozinha. Eu apenas bati a minha mão na porta do armário. Ela ardeu, mas eu não achava insuportável essa dor. Ela é boa.

― Você me trata como se eu fosse um doente. Eu não sou doente porra!

― Tem certeza? Essa sua bipolaridade acaba comigo. Você sabe das coisas que aconteceram com a gente, a culpa foi do seu pai e agora ele te ensinou a ser como ele.

Respiro fundo e aliso meus cachos. Assim, forçando um sorriso nasal para ela.

―  Mãe a senhora....

― Xiu. ― ela disse. ― Você não vai discutir comigo. Enquanto você morar comigo e comer da minha comida, você vai fazer o que eu achar certo pra você. Eu só quero te ajudar, Miles.

― Eu não preciso de ajuda! Nunca precisei. A senhora que precisa já que está tão obcecada assim por mim.

― Você é difícil igual ao seu pai. Tenho pena de você por ser igual a ele, eu só espero que você não acabe também igual a ele.

Ela disse fria e subiu as escadas para ir em seu quarto. E eu, apenas fiquei parado ali no meio da sala pensando no meu pai, eu não gostava dele, mas eu também não o odiava. Ele era estranho e misterioso. Ele tinha vários segredos e eu só descobri um deles.

Meu pai era dono de uma das favelas. Ele era o traficante do bairro. Mas um dia, ele levou dois tiros no peito e morreu na hora.

Minha mãe acha mesmo que eu posso acabar assim? Qual é, eu sou um psicopata e não um traficante.





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Demorei mais chegueeeeeeeeei.

MEIO BLÉ EU SEI, VOU MELHORAR !

cliquem na estrelinha e ajude a tia juh!

Love you guys.

daddy issues | MILES FAIRCHILD  Onde histórias criam vida. Descubra agora