thirty nine

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you ;;

Fiquei encolhida no chão e abracei minhas pernas ao me afogar em minhas lágrimas. O corpo do meu melhor amigo estava jogado na minha frente, era duro olhar para os olhos abertos e arregalados dele e tocar na sua pele fria. Jack não merecia isso, ele era um garoto bom, puro, engraçado e sempre me tirava da merda quando eu precisava de algo para sorrir. Ele foi a minha âncora por muito tempo e ver como ele acabou, foi o fim do mundo para mim.

― (s.n)? ― ouço a voz de Miles se aproximando. Em seguida, sinto ele levantar minha cabeça e eu pude encarar seus olhos. Pena que os meus estão inchados de tanto chorar. ― Que porra aconteceu aqui? Você está ferida? Quem fez isso?

Eu apenas apontei meu dedo indicador até o corpo de Jack. Em seguida, Miles levou seu olhar até o mesmo e ficou imóvel. Eu sei que ele e Jack nunca trocaram uma palavra um com o outro, não sei o que ele irá fazer a respeito.

Mas eu sei como eu posso lidar a respeito.

― O que aconteceu aqui (s.n)?

Ele repetiu a pergunta novamente. Mas eu apenas me levantei do chão e limpei minhas lágrimas.

― Jaeden. Jaeden esteve aqui e ele quebrou o pescoço do Jack na minha frente, ele disse para você ficar esperto. Ele é um monstro, Miles. Temos que acabar com ele e rápido.

Digo ao controlar o meu choro. Me fazer de durona não é uma das minhas qualidades e nem nunca vai ser, talvez.

― Ei, eu entendo que você esteja em um momento difícil. Suas emoções estão te dominando. ― Miles sussurrou ao me abraçar e alisar meus cabelos. ― Vamos acabar com o corpo do Jack primeiro, depois conversamos sobre o que faremos com o Jaeden.

― Eu já esperei demais, Miles. Enquanto esse garoto estiver na minha cidade e andar com alguns amigos meus, eu não vou relaxar!

― (s.n)! Me escuta, é isso que o Jaeden quer! Ele quer você alterada com raiva ao ponto de você fazer alguma burrada e ele te matar de vez agora. Aquele garoto é problemático desde que saiu da xota da mãe dele.

Miles secou minhas lágrimas que já estavam escorrendo.

― E você quer que eu faça o que, Miles? Queimar o corpo do meu melhor amigo e me deitar, dormir e deixar com quê ele apareça aqui de novo e mate mais alguém? Quem você acha que será o próximo da lista? Minha mãe? A sua mãe? Hopper? Você? Eu?

― Você está muito eufórica. Relaxa! Eu estou aqui com você e nada vai acontecer com você.

― Okay. Você cuida do corpo que eu vou dar uma volta. Eu preciso de ar e de um tempo sozinha, essa casa acaba comigo.

Exclamei ao me retirar de seus braços e o deixar sozinho na sua casa.

Eu tinha enfiado minha mão de forma leve dentro do meu bolso do short jeans. Eu havia pegado umas horas antes dois comprimidos do Miles. E eu retirei o mesmo de meu bolso e peguei o plástico com os dois comprimidos. Em seguida, engoli um deles a seco.

Eu só queria me distrair um pouco. E eu já podia sentir a euforia em meu corpo, a sensação de se estar em outro mundo. Meus pensamentos estavam leves, minha respiração estava suave e tranquila, eu olhava o mundo com cor e com graça.

Me lembrei de quando eu ainda conversava com a Dinah. Nós duas tivemos uma idéia de irmos escondidas a noite em uma festa. Meu pai descobriu depois e eu apanhei por uma hora sem parar. Meu pai começou a odiar a Dinah a partir daí. Ele achava ela uma má influência. Mal sabia ele que eu também tinha umas idéias bestas. E depois no outro dia, Jack estava lá para me ajudar como ninguém nunca fez.

Eu deveria ter dado mais valor se eu soubesse que essa tragédia iria acontecer.

― (s.n)? ― ouço uma voz grossa atrás de mim. Tudo na minha cabeça parecia não funcionar, meus sentidos estavam fora de mim. Tudo o que eu ouvia era em câmera lenta, pessoas lentas vozes lentas e movimentações lentas. ― Ei! (s.n)!

A pessoa me puxou para trás e acabo de ver Hopper em minha frente. Ele retirou seu óculos escuro e o colocou dentro de seu bolso. Ele se aproximou mais ainda para me analisar, seus lábios estavam entre abertos e ele parecia curioso e confuso.

Mas ele não é burro, ele é um delegado.

― O que aconteceu com você? Está drogada? Bêbada?

― Eu só tomei um comprimido, não precisa pegar no meu pé. Eu só quero curtir um pouco, aquela casa me sufoca.

Digo ao ficar me balançando. Mas na minha mente, eu estava flutuando pelos ares. Hopper me lançou um olhar mortal e me puxou pelo braço, ele me levou até o seu carro e me fez sentar no banco passageiro ao lado do volante. Enquanto ele deu a volta e se sentou em frente ao volante.

― Foi o Miles que deu isso pra você? Responda (s.n).

Ele disse de forma grossa. Ele estava bem nervosinho.

― Não. Eu peguei no quarto dele. Qual é, tudo que acontece comigo é culpa do Miles?

― Algumas coisas sim. Você sabe que eu não confio nele, não sabe? Odeio ver vocês dois juntos. Tenho medo de algo lhe acontecer.

Ele me olhou e tinha um certo medo realmente em seu olhar.

― E eu não confio em você. Não adianta bancar o pai agora. Quando eu precisei você não estava, acho que não preciso de mais nada agora.

― Errada. Você pode ter a vida que sempre quis se vier morar comigo. Vamos!

Ele abriu um sorriso em seus lábios e ele era contagiante.

― E sobre aquele assunto do Miles? Você pensou? Por que se a resposta for não, lamento Hopper, você não vai me ver.

― Sobre isso... ― ele engoliu em seco. ― Eu estou disposto a dar uma chance para ele. Eu só quero que você venha comigo.

― Por que acha que me fazendo morar com você me fará esquecer as coisas? Eu fiquei dezessete anos sem você e acho que posso continuar sem.

Tentei não ser grossa, porém é impossível, não consigo olhar para ele e ver um pai. Pra mim, ele é só um delegado qualquer querendo ajudar.

― Por que eu sou seu pai, (s.n). Eu acho que se você não se arriscar e não tentar, você nunca vai saber o que vai acontecer. Eu quero saber a experiência de cuidar de alguém e ser responsável por ela. Eu quero chegar em casa depois do trabalho e ver você lá e bem. Quero aprender a fazer comida para duas pessoas e te levar pra sair no dia dos pais e no seu aniversário.

Ele disse e pude ver as lágrimas escorrerem de seus olhos. O que me deixou de coração partido, eu sei como é perder alguém e depois encontrar alguma esperança em ter ela de volta.

― Okay. Você venceu, eu vou morar com você.

― É mesmo? ― ele abriu um enorme sorriso animador. ― Quando você vai?

― Hoje e agora.

Digo ao botar meu cinto e olhar para frente. Assim, vejo Hopper colocar seu cinto e dar a partida.














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oi oi. como vão ?

Confesso que não sei mais fazer capítulos bonzinhos sem ser matança. Kkk socorro.

se gostarem, cliquem na estrelinha e ajude a tia Juh.

amo vocês.

daddy issues | MILES FAIRCHILD  Onde histórias criam vida. Descubra agora