twenty four

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Os carros não paravam para nos ajudar. O pessoal nem olhava para as nossas caras e já estavamos esperando algum deles nos ajudar fazia um tempo. Minhas pernas já estavam doendo de tanto ficar em pé.

― Desisto de ser paciente. ― Miles exclama ao se aproximar da mata do bosque. ― Vamos fazer do meu jeito cruel.

Ele retirou do bolso de sua calça o seu canivete vermelho. Eu arregalei meus olhos com medo do seu próximo ato e fiquei paralisada encostada na árvore.

― O que você vai fazer? Por um acaso vai pular no capo de carro deles e matar eles?

Tentei segurar o riso do meu deboche e falhei. Engoli em seco depois ao perceber o olhar frio de Miles.

― Não tolinha. Eu vou me machucar e você vai pedir ajuda de forma desesperada, quem sabe você pode virar uma atriz?

― Pera, o que?

― Eu buguei seu cérebro? ― ele perguntou. ― Eu vou cortar alguma parte do meu corpo, em seguida, vamos sair de volta pra pista e você vai me ajudar a andar e vai chorar e pedir ajuda, entendeu?

Ele perguntou sério e eu fiquei chocada. Mas eu não tinha outra opção e nem outra idéia, se bem que não podemos ficar parados aqui para sempre. Não podemos voltar para a casa deles e aposto que o policial Hopper já está investigando o corpo pegando fogo no bosque e o nosso sumiço.

Eu apenas assenti com a cabeça e vejo Miles pensativo. Ele analisava cada parte de seu corpo e parecia com receio de fazer algo.

Miles segurou firme seu canivete e enfiou a faca com força sobre sua barriga.

― MILES!

Gritei com medo e corri até ele. Mas o cacheado se sentou no chão ao respirar fundo e retirar a faca de dentro dele. Observei o sangue dele escorrer rapidamente para fora do corpo e ele tinha razão, parecia uma cachoeira jorrando água ou um vulcão soltando as lavas para fora. Só sei que ele não gritou e nem gemeu de dor, ele simplesmente respirou fundo e rasgou a manga de sua camiseta xadrez, ele tentou fazer o sangue parar de jorrar para fora e estava com a respiração ofegante.

― Pega no meu bolso o meu saquinho de Anfetamina.

Eu não disse nada, apenas enfiei minha mão dentro do bolso da calça e tentei achar um saquinho com algo dentro. Mas sinto o mesmo na minha mão e retirei para fora. Era o mesmo saquinho com as drogas brancas que usamos na casa dele.

― Vai ter que engolir o comprimido na marra. Não temos nada para amassar ele ou cheirar ele.

Ele disse ao enfiar um comprimido na boca e o vejo engolir em seco. Ele fez uma careta e presumo que o gosto seja algo horrível.

― Eu passo! Eu preciso ser a garota desesperada por ajuda, lembra?

Digo ao ajudar ele a se levantar e apoio seu braço sobre meu ombro e andamos juntos. Andamos lentamente até a pista e a movimentação dos carros continuava. Mas já estava quase escurecendo. Não temos muito tempo.

― Você fica com o meu canivete. Você vai ter o meu sinal para matar a pessoa. ― ele disse. ― Você senta no banco de trás e o pega por trás, fácil, fácil.

― Porra.

Sussurrei ao segurar seu canivete que já estava tudo sujo do seu sangue. Mas o limpei na camiseta dele que já estava toda suja de sangue e o guardei no bolso de meu short.

E agora era a hora do show. Segurei Miles novamente e forcei meu choro, pensei em tudo que já me aconteceu com o meu pai e entre outros problemas. As lágrimas desciam rápido sobre meu rosto e meu peito doía tanto que me deixava com falta de ar. Miles me analisava e parecia surpreso e em choque com o meu estado, mas eu apenas continuei.

Até que um carro branco parou na nossa frente. A mulher dos cabelos ruivos andou rapidamente até nós dois, ela ficou em choque com a cena e Miles começou a chorar forçado, ele alisava seu machucado e gemia.

― Por favor, nos ajude, por favor. ― travei ao tentar dizer algo a mais. ― Meu namorado está muito ferido e precisa de ajuda.

Digo entre lágrimas e percebi o olhar de choque e de indignação de Miles sobre mim. Mas percebo ele soltar um sorrisinho pervertido, mas fechou o mesmo ao perceber que a moça estava em prantos na nossa frente. Ela tremia.

― Oh meu Deus! Tem um hospital não muito longe daqui e tem um posto logo por aqui. Podemos achar algo para ajudar até chegarmos no hospital. ― ela disse ao me ajudar a carregar o Miles. ― Por favor entrem e coloquem o cinto.

Ela disse ao me ajudar a por o Miles no banco da frente e em seguida, me senti no banco de trás e a ruiva logo se sentou em frente ao volante e acelerou a partida do carro.

Miles me olhou e soltou um sorriso pequeno nos lábios.

― Mas o que aconteceu com vocês dois? Por que não pediram ajuda aos pais de vocês? Por que estavam no bosque? Meu deus!

A mulher surtou com tantas perguntas. Enquanto Miles revirou seus olhos ao conseguir ter enfaixado seu corte, ele passou algodão com álcool e parecia estar doendo, mas ele ficou firme e parecia ser algo normal a se fazer. E depois, ele conseguiu colocar um curativo e respirou fundo.

― Eu e o meu namorado estávamos em uma festa de uma amiga. Só que uns caras queria implicar com o Miles e nós corremos até o bosque para nos esconder, porém os caras nos acharam e enfiaram uma faca no meu namorado. ― digo ao soltar as lágrimas, enquanto apertei o ombro de Miles e ele sorriu. ― E foi aí que pedimos ajuda e você parou.

Miles apertou a minha mão por cima de seu ombro. Parecia orgulhoso do meu teatro.

― Podíamos ligar para o policial Hopper. Ele pode ajudar os caras que o machucaram! E seus pais precisam saber disso.

― Não! ― Miles disse grosso. ― Nossos pais estão em um jantar importante da empresa. Eu explico para eles depois, a final eles não se importam comigo.

― Vocês são estranhos, mas fico feliz em poder ajudar vocês. Agora relaxem e descansem, eu acordo vocês depois!

Ela sorriu de forma amigável. Enquanto Miles digitava algo em seu celular. Em seguida, ele me deu seu celular e tinha algo escrito no bloco de notas.

Você fica pronta tá. Ao meu sinal, você mata ela.







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Hey babys

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amo vocês.

daddy issues | MILES FAIRCHILD  Onde histórias criam vida. Descubra agora