capítulo 8

3.1K 104 2
                                    

A viagem a Sicília estava me deixando louca, em três dias eu já tinha saído do eixo, e não sabia mas se tinha escolhido certo. Nacho me arrastou ao almoço de negócios, e para piorar a situação, Massimo e a tal estavam no mesmo restaurante.
A felicidade deles me incomodava, Massimo percebeu, me provocando ainda mas, a todo momento nossos olhares se cruzavam e eu já não aguentava.
- Nacho vou a banheiro!
Levantei e segui o caminho, passando pela mesa deles dei um leve olhar a Massimo, provocando-o para quem sabe me seguir, entrei ao banheiro e ouvi a porta abrir logo atrás, seria agora que o teria novamente, porém quando olhei a vadia estava ali
- bom pela sua cara, vejo que decepção foi grande, não era quem esperava né mesmo!?
- não sei do que está falando!
- a sabe sim querida, bem seu plano, provocar Massimo pra ele vim te foder no banheiro não deu certo!
- não sei se viu mais slei sou bem casada, e ele me aguarda lá fora
- é eu sei que é casada, só não acho que bem é a palavra certa, ainda mas dormindo com um assassino!
- melhor avaliar suas palavras querida!
- coitada, pobre Laura, sempre sendo uma marionete, na mãos de seus sequestradores!
Estava há ponto de grudar nela, e fazê-la se arrepender, mais séria complicado explicar para Nacho o motivo da briga, e ela sairia ganhando.
- vadia! Resmunguei em polonês
- oh eu né!? Ela responde em polonês pra minha surpresa e raiva.
Antes que a situação piorasse resolvi sair do banheiro, porém antes disso, ela foi dizendo
- Laura, sério fiquei longe de Massimo!
- quem você pensa que é pra me dizer oque fazer?
Fiquei indignada com isso será que ela acha que é dona dele!?
- se você ainda sente algo por ele, fique longe antes que seu marido o mate!
- Nacho não é quem você pensa, e ele nunca mataria Massimo!
- você não conhece seu homem!
De certa maneira ela tinha razão, o lado assassino de Nacho estava oculto para mim, eu nunca tinha visto e não sabia seus limites.
Sai do banheiro bufando, sentei em meu lugar, e evitei olhar para Massimo, beijando Nacho, seguimos com o almoço.
Algumas horas depois, Massimo e Bárbara levantam, se despedindo dos acompanhantes, vieram em direção a saída, porém devidiram parar em nossa mesa
- Nacho, vejo que teve coragem de voltar a Sicília!
- Massimo! Que bom que está vivo, por enquanto!
- Laura, que bom te ver, essa é minha noiva, Bárbara!
O sorriso da vadia era cínico
- estão trazendo qualquer uma agora pra família, resmunguei em polonês
- Não querida, isso foi antes, Bárbara respondeu em minha língua e depois olhou para meu marido
- Olá Nacho, há quanto tempo!
- Oi Bárbara
Me virei para Nacho, esperando uma resposta
- vocês se conhecem?
- mais é claro querida, de muitos anos atrás, respondeu a puta sorridente.
Meu olhar era de fúria, além de Massimo, ela ainda conhecia Nacho.
- vamos amor, nossa cama nos aguarda, Massimo realmente queria me provocar, e ainda a beijando em minha frente
- acho que vou vomitar,sussurrei ironicamente
- quer um baldinho querida, eu peço pro garçom!
Minha vontade era voar nela nesse momento, só que me comportar como uma louca não ia ajudar, queria que Olga estivesse aqui, ela sim não pensaria duas vezes.
Eles foram embora, e o jantar seguiu.
Na mesa se falava de negócios, contratos e também pagamentos.
Fiquei quieta a maior parte, não tinha nada a declarar sobre o tipo de negócios que eles faziam, e não conhecia nada do assunto, então desisti de prestar atenção.
Logo a comida chegou e todos mastigando ficaram quietos, depois de mais alguns minutos e acabou.
Nacho e Sérgio encerram o contrato, e fomos embora. O caminho era curto, não trocamos muitas palavras, e minha curiosidade era grande
- Nacho, de onde conhece Bárbara?
- de alguns negócios, quais não te de respeitam.
Sua resposta estúpida, me fez ficar sem falar com ele o resto da noite toda.
Nosso casamento estava entrando em crise depois de voltar a Sicília, nós sempre fomos felizes, porém naquele momento, não tinha mas calor, emoção e vontade em nós.
A noite foi longa e solitária, mesmo ele estando ao meu lado na cama.
Tive pesadelos, onde era convidada do casamento de Massimo e Bárbara, e ela estava grávida de um menino.
Só oque me faltava ela o fazendo feliz e ainda lhe dando um herdeiro!
Já que meu filho havia sido morto o dela seria o primogênito Torricelli!
Meu filho completaria 6 anos, e ele me foi tirado no sexto mês de gravidez, após ser sequestrada por Nacho, a ordem era de seu pai, e Nacho me levou para Fernando, que assassinou meu Filho!!!
Acordei assustada, e estava de dia, sozinha em meu quarto, porém minha cabeça pensava muito, como pude me deixar levar por Nacho?
Ele tinha uma grande parcela de culpa, pela morte de Lucca, eu nunca tinha sentido tanto a falta de meu filho como nesse momento.
Porém agora era tarde, Massimo está com ela, mesmo que eu largue Nacho, ele não me perdoará.
Eu sorrava abraçada no travesseiro, mais tinha que me levantar e ver minha filha, era por volta das oito da manhã, o clima estava ótimo, e isso me alegrou.
- Oi meu amor, vamos acorda.
Abracei Stelinha e a beijei, tetando acorda-lá, ela se espreguiçou e me deu um belo sorriso, isso foi muito bom, pelo menos minha princesa estava comigo, minha filha era meu bem mas precioso e eu amava muito ela.
Tomamos um café que nos mesmas preparamos, e foi legal tentar ensinar ela há fazer algo que nem eu sabia muito bem.
Eu cozinhava algumas coisas mais não muitas, isso sempre foi com Nacho, ou então empregados, quando mais nova mamãe era quem cozinhava.
Brincamos o dia todo, eu estava com saudades dela, pois em Tenerife, ficávamos só nos duas sempre, e aqui em Sicília, a deixei algumas vezes com babá.
Já era cinco da tarde quando meu telefone tocou
- Olga ??
- Laura, pelo amor!
- estou escondida com Lucca e Isabelle
Eu pude ouvir vários tiros, parecia que ela estava em um conflito
- Olga o que está acontecendo?
- não sei muito bem mais alguém invadiu nossa casa!

365 DNI O reencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora