capítulo 23

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A médica chegou para nos acudir, estavamos desesperados, sem saber oque fazer para ajudar Massimo, ele ainda ardia em febre e estava na banheira com água fria.
- o que aconteceu?
Perguntou a médica
- eu estava indo para a cozinha tomar água e o encontrei nesse estado, mais cedo achei seu irmão com uma seringa, não sei talvez ele tenha feito algo!
- Nós achamos a seringa Laura! Já mandei analisarem!
A médica abriu a maleta e vestiu suas luvas, pegou o termômetro e colocou na boca dele, preparando uma seringa com remédio, ela furou o braço dele e rapidamente aplicou o líquido. Parecia saber bem oque fazer e ter experiência com a situação, ela retirou o termômetro de sua boca olhando a marcação
- quarentena e dois, não é bom, vocês tem gelo?
- sim!
- então pegue por favor
Domenico saiu correndo em busca, e voltou com uma pacote de gelo, a médica rasgou o saco e jogou na água
- temos que abaixar a temperatura dele, e depois vamos leva-ló a cama! Os remédios vão ajudar
O celular de Domenico apitou uma mensagem
- o resultado da seringa! Cocaína!
- isso é péssimo no estado dele, uma quantidade de cocaína causaria convulsão!
Ela fez outra seringa e aplicou nele, esperamos alguns minutos e febre começou a ceder
- vou tirar uma amostra de sangue, para verificar se está tudo bem e se foi mesmo a cocaína que desencadeou a febre!
Novamente o furando com a seringa. Já estava quase amanhecendo quando a febre abaixou
- vamos me ajudem temos que tirar ele da água e levar para cama!
Fizemos uma força enorme para movê lo, o colocando na cadeira, peguei a toalha e sequei seu corpo, lhe vesti uma camisa e bermuda com ajuda de Olga e Domenico, eu não me importei que Olga visse Dom pelado, ela era como uma irmã e não tinha malícia em relação a ele.
O deitamos na cama ajeitando seu corpo, depois coloquei algumas cobertas por cima de seu corpo
- bom a febre abaixou! Eu vou indo, qualquer coisa me liguem! Vou mandar analisar o sangue para ver se encontro algo!
- ok doutora! Qualquer coisa te ligo! Disse Domenico
A médica saiu e todos estavam cansados, então Olga e Domenico voltaram ao seu quarto, e eu me aconcheguei no peito de meu amado
- Dom Massimo Torricelli, não se atreva a me deixar querido!
Comecei a conversar com ele, falando em seu ouvido, enquanto deslizava minha mão em seu rosto o acariciando
- acorda por favor meu amor! Eu estou aqui te esperando! Não vou a lugar algum!
Adormeci em seu peito, ele era quente e macio oque me fez dormir bem melhor, de certa maneira eu estava ficando viciada nisso e me fez falta quando tentei dormir sozinha, o restante da noite seguiu calma, ele não teve mais nenhuma febre, seu corpo acalmou, será que ele sentiu minha falta também?
Como a noite foi agitada acabamos dormindo até mais tarde, levantei e já era onze da manhã, verifiquei se Massimo estava bem e tudo estava sobre controle, seu corpo havia acalmado e dormia quieto, tomei um banho e me arrumei, não estava muito animada então vesti uma roupa simples para ficar em casa.
Sai pelos corredores e Stelinha não estava mais em seu quarto, a encontrei na sala com a babá, assistindo desenho enrolada em uma mantinha no sofá, ela de um lado e no outro Lucca, beijei minha pequena e fui embusca de comida estava faminta.
O dia seguia calmo e eu toda hora ia ver Massimo, a médica mandou mensagem avisando que o sangue já estava em análise.
Era cerca de três da tarde quando a visita inesperada chegou.
Ela estava linda em uma saia lápis verde e uma regata branca, deixando suas tatuagens amostra, seu louboutin nos pés e cabelos loiro solto, desfilava pelos corredores indo até o quarto dele
- Bárbara!?
- Laura? Ainda por aqui?
- sim! Eu não sai do lado dele!
- aah sim! E alguma novidade no caso dele?
- não está tudo na mesma!
- que pena! Precisava muito conversar com ele!
Ela se aproximou e sentou na beira da cama, deslizando sua mão no rosto dele o acariciando, eu queria voar em seu pescoço e a tirar dali, mais ela ainda era noiva dele, então respirei fundo e me controlei.
- Laura! Eu não posso mais o esperar! Minha família me cobra muito, e o casamento era para fortalecer os negócios!
- Quê?! Então não vai esperar por ele?
- Não! Estou de casamento marcado com a família Gatusso, meu pai já deu sua benção e será no fim dessa semana!
Sua fala foi triste, e pude sentir que ela gostava de Dom, mais também quem não gostaria de um homem desses? Como dizia Olga era o tipo satisfação garantida!
- não entendo! Porque está me falando isso?!
- por que Laura, espero que você tenha aprendido e não o machuque mais! Ele te ama muito e mesmo que casasse comigo, ainda a amaria!
- e você ia aceitar isso?
- sim! Nosso casamento era profissional! Eu vi ele crescer e se tornar esse homem, a vida de Massimo nunca foi fácil, e mesmo assim conseguiu respeito e admiração por onde passou!
- ele me disse que são primos!
- sim somos! Crescemos juntos!
Ela deu um sorriso mais seus olhos não enganaram, algumas lágrimas escaparam enquanto ela limpava tentando esconder.
Domenico surgiu na porta
- Bárbara? Até quem fim apareceu prima!
- aí Domenico, preciso conversar com você!
Ela se levantou e saiu com Domenico, provavelmente foram em direção a biblioteca para terem privacidade.
De certa maneira fiquei feliz com a notícia, agora ele estava solteiro novamente e só dependia de nós dois, e claro, ele acordar primeiro!
Bárbara foi embora algumas horas depois, Domenico se juntou a nós a mesa para o jantar, contando a novidade sobre o casamento cancelado, enquanto os dois sondavam minha reação a notícia, sem saber que ela já havia me contado, me fiz de desentendida e surpresa, minha felicidade era óbvia.
- o exame saiu?
- sim! Ele estava limpo Laura! Você chegou antes que Adriano aplicasse! A médica disse que foi uma reação de seu corpo, provavelmente sua mente a provocou!
- menos mal!
- mais, Adriano fugiu!
- como assim Domenico?! Como esse rato conseguiu fugir?
- ainda não sei Laura, mais desconfio de algum homem, talvez o mesmo que o ajudou a entrar na mansão!
Os dias passavam rápido, e eu já estava entrando em desespero, ele não reagia e continuava na mesma.
Entramos na quarta semana de seu coma, a médica fez vários e vários exames, seus corpo estava tudo normal, somente sua cabeça o prendia no coma, o ferimento já havia cicatrizado quase cem por cento.
Domenico sempre me arrastando a algumas reuniões e festas estúpidas de negócios, eu já havia acostumado a andar armada, e ficava alerta o tempo todo, ainda mais com Adriano solto e junto a Anna pra piorar!
Era uma sexta a noite e fomos a festa em uma das boates, havia muitas pessoas dançando, bebendo e se drogando, entramos na ala vip, uma sala grande com vista para a pista, várias putas dançavam em volta dos homens ricos, na mesa uma bandeja de pó branco, aquele lugar me dava nojo.
- Domenico oque estamos fazendo aqui?
Lhe perguntei discretamente pois os homens nos encaravam, e era óbvio que estavam armados até o dente!
- acalmasse Laura! Esses são espanhóis, vieram nós trazer informações sobre o tempo que Adriano passou por lá!
Eu engoli fundo mais estava morrendo de medo desses homens, não eram como os que vimos antes!

365 DNI O reencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora