capítulo 22

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Acordei com sol passando na brecha da cortina, já havia amanhecido, e eu estava nos braços de meu amado, mais ele dormia.
Levantei, me banhei e vesti um vestido de algodão e alcinhas, solto e preto, um salto Jimmy Choo lindíssimo, dei uma ajeitada no rosto, e penteie os cabelos, era muito bom ter essas peças disponíveis novamente, eu amava minhas roupas que tinha na mansão, não era apenas short e regatas, mais sim muitos nomes renomados da moda, minha mãe adoraria meu guarda roupa.
Sai pelo corredor acorda Stelinha, desde que eu parei com os medicamentos fortes, comecei a acordar cedo, era oito e meia da manhã ainda, e a casa estava um silêncio, somente os empregados estavam acordados e até assustaram em me ver.
Minha princesa estava muito preguiçosa essa manhã, então me joguei em cima dela fazendo cócegas e beijando, ela adorava a folia e rapidinho despertou, então a troquei e arrumei seus cabelos castanhos, ela era linda, meu orgulho de vida.
Depois de arrumá-la, fomos para a mesa tomar café, eramos as primeiras a chegar, servi Stelinha que comeu uns pedaços de rosquinha e tomou um copo de leite, ela amava banana e morangos, então comeu um pouco também.
- bom dia Lari!
Olga chegou atrás de mim com Isabelle no colo
- bom dia Olga!
- caiu da cama?
Perguntou enquanto sentava na cadeira, se ajeitando com a pequena no cadeirão
- estou sem as drogas forte então não durmo tanto!
- e ele como está?
Seu olhar interrogatório me prévia problemas
- do mesmo jeito!
- e você dormiu no quarto dele denovo?
Agora ela me fuzilava, como se fosse um ataque real
- sim porque? Não entendo!
- Laura ele tem noiva! Você o largou! E como será quando ele acordar? Ele saberá que você dormiu ao seu lado todos os dias, e se ele te quiser Lari? O que pretende fazer?
- pelo amor Olga! Pra que tantas perguntas já cedo credo, e até onde eu sei a noiva dele sumiu! e eu estou viúva, então não sei, talvez, se conversarmos sei lá Olga!
- Lari, Lari não brinque com o fogo amiga! Ou melhor com os sentimentos dele!
- eu o amo Olga! E quero muito que ele acorde, sinto falta dele mesmo me irritando, e me...
Respirei fundo lembrando dele me fodendo, e dele duro ontem a noite, em algum momento eu estava mordendo meus lábios, Olga me jogou algo como um grão ou sei lá, me tirando de minha hipnose, mais minha fenda já estava molhada.
- Aiii! Olga parece criança!
- e você é uma puta, só pensa em pau! Sua safada!
Eu só ri, me bateu a curiosidade será normal o que ocorreu ontem? Ele duro daquele jeito mesmo em coma.
Peguei o laptoop em cima da mesa e comecei a pesquisar, achei algumas coisas sobre ereção involuntária, quando o pênis sobe mesmo com o dono dormindo, e era uma coisa muito comum para os homens, Olga veio até mim vendo a minha pesquisa curiosa
- sério isso Lari! Ereção involuntária? O que está pensando em fazer?
- nada só fiquei curiosa porquê ele teve uma ontem a noite!
- eee? Você não fez oque eu penso que fez né??
Ela estava indignada comigo, e dei lhe sorriso
- não! Não oque eu queria mesmo, mais mexi um pouquinho!
- Credo Laura! Mexeu em cara em coma, isso é estrupo amiga!
- aí Olga e você conhece algo que Dom gosta mais do que sexo? Sei lá pensei que talvez podesse fazer ele acordar!
- é isso tem base!
- do que estão falando meninas?
Domenico chegou atrás de nós com Lucca no colo, ele sentou o pequeno na cadeira para que podesse tomar seu café
- nada não, só uma pesquisa sobre o coma de Massimo! Nada para se preocupar!
Disse meio de ombros, ele sentou e começou a se servir
- Laura, recebi uma ligação agora cedo, uma de nossas boates, sofreu um tumulto essa noite, presciso que vá comigo verificar os fatos!
- como assim um tumulto?
- parece que uns homens entraram e fizeram a maior baderna, arrumando brigas e quebrando as coisas por onde passaram
- sério? Tá mais oque tem haver comigo isso?
- essa casa Laura, é um ponto importante para nossos negócios! O lucro é bem alto e não foi acidental o ataque! Temos que ver as câmeras e encontrar os responsáveis!
- ok! Vamos lá!
Terminando o café, passei no corredor em busca de uma jaqueta e bolsa, acabei entrando no quarto dele, lhe dei um beijo e me despedi.
Domenico me aguardava no carro, então me apresei e seguimos o caminho.
- Laura, essa é pra você, não a deixe em nenhum momento!
Ele me entrega uma glok pequena, seguro por um instante a olhando e depois guardo na bolsa.
Chegamos na boate e tinha algo estranho, nada estava fora do lugar ou quebrado, procurando um funcionário, achamos uma moça, que nos disse não saber de nada e que havia sido uma noite tranquila
- Laura é uma armadilha! A mansão Laura, vamos!
Saímos correndo e Domenico estava desesperado ao telefone, oque parecia que nenhum segurança atendia, eu estava ficando nervosa com a situação, minha amiga Olga e as crianças estavam na mansão, e se fossem atacados?
O motorista dirigiu no máximo de velocidade que podia, mais parecia demorar muito a chegar, já estava rezando por uma intervenção divina, pois não havia muito oque se fazer.
Chegamos na mansão e estava tudo normal, os homens nos olhavam assustados pelo desespero
- senhores está tudo tranquilo, não aconteceu nada!
Não acreditamos e saímos pela casa procurando Olga e as crianças que estavam na sala assistindo televisão
- credo que correria é essa?
- está tudo bem amor? Não viu nada de estranho?
Domenico perguntou nervoso, enquanto olhava aos redores a espera de algo ruim
- não amor! Só estamos assistindo televisão, oque houve?
- foi uma alarme falso! E achamos que fosse uma armadilha para atacarem a mansão! Lhe expliquei
- não entendo!
Domenico sumiu pelos corredores em seu celular, fazendo várias ligações e tentando saber o ocorrido.
Segui para meu quarto guarda minha bolsa e jaqueta, quando passo pelo quarto de Massimo, e vejo algo estranho!
O infeliz estava sentado a beira da cama, sussurrando algo, e em sua mão uma seringa, ele planejava algo contra Dom então saquei minha arma e mirei
- Adriano! Como entrou aqui? E o mais importante oque faz aqui?
Ele me olhou e sorriu por me ver armada
- cuidado querida, pode se machucar com isso!
- vai a merda! Se afasta dele! Agora ou atiro!
- calma Laura! Eu só vim ver meu irmãozinho!
Ele disse enquanto se colocava em pé
- oque tem na mão?
- nada! Minhas mãos estão vazias!
Ele deu um passo em minha direção
- queto porra! Se não quiser ficar furado!
- você não tem coragem!
Sua cara era de total deboche, quando apertei o gatilho, um estrondo do tiro que passou bem perto dele o fez parar
- olha só, vejo que está diferente ex cunhada! Aliás como foi em Tenerife? Poxa nunca tinha visto meu irmão sofrer tanto!
- não sei oque veio fazer, mais é melhor desistir, os homens devem ter ouvido o tiro e correram até aqui!
Ele era idêntico a Massimo, mais quando abria a boca para falar notava-se a diferença
- então me fale se arrependeu? Já sei, vai querer voltar com ele agora que Nacho morreu? Pobre irmão apaixonado por uma puta!
Sua provocação me irritava ainda mais, eu já estava a ponto de atirar nele, quando três homens apareceram atrás de mim e logo atrás Domenico
- Adriano? O que faz aqui?!
- Domenico irmão!
Se tinha uma coisa que eu odiava em Adriano era sua falsidade, ele abriu um sorriso enorme e sarcástico ao ver Domenico
- não foi verificar a boate?
- foi você seu filho da puta?!
Domenico foi logo lhe socando a cara, com uma fúria enorme, ele caiu de joelhos com o nariz sangrando enquanto os seguranças o seguravam
- você ainda bate como uma mulherzinha irmão!
Ele cuspiu o sangue, e abriu os dentes
- estava com saudades de Massimo e vim lhe ver! O que tem demais nisso?
- mentira! Ele estava com uma seringa, revistem ele!
- homens levem ele, vamos resolver isso em outro lugar!
Os homens o pegaram pelos braços o arrastando para fora dali, não me interessei em perguntar a Domenico oque faria.
Corri até Massimo verificando se estava tudo bem, e me pareceu tudo normal, dentro do possível é claro, já que ainda continuava a dormir.
- meu amor acorda, precisamos de você Dom!
Como uma tola eu falava com ele, como se ele pudesse me ouvir, acariciando seu rosto o beijei, e não contive minha lágrimas, que caíram nele, então as limpei e sai dali.
Ainda era cerca de duas da tarde então fui ficar com minha filha, brincamos o dia todo, e depois do jantar ela logo adormeceu.
Segui em direção ao quarto dele, mais dessa vez me lembrei do que Olga disse e resolvi não dormir ali, de certa maneira ela tinha razão e eu não sabia se ele irá ficar comigo quando acordasse, então resolvi me afastar para não me apegar.
Péssima noite foi oque consegui! Não dormia direito, entre um cochilo e outro estava acordada, minha cama era muito solitária e fria, senti falta de seu peito me aconchegando, e seu calor ao meu lado.
Levantei em busca de água, e passei enfrente ao seu quarto, algo estava errado, ele estava inquieto tremendo, e suado, me aproximei e ao verificar sua temperatura vejo que ardia em febre, sai correndo chamar Domenico, precisaria de sua ajuda para dar um banho frio em Massimo.
Bati a porta e Domenico veio rápido, Olga nós seguiu para ajudar também, liguei a torneira de água fria e deixei encher a banheira, enquanto Domenico ligava para a médica pedindo para ela vim urgente.
Massimo era bem pesado e seu um metro e noventa não ajudava, foi presciso nós três para levantar ele e tirar sua roupa, o colocamos na cadeira de rodas e levamos a banheira o colocando na água fria.
Já havia alguns minutos e nada da febre ceder estávamos todos ao seu redor desesperados, quando a médica chegou.

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