Depois de algumas horas, tudo estava acabado, minha cabeça explodia com todas as informações dentro dela, e o arrependimento chegou!
Sai do tal quarto me sentindo um lixo e Domenico me fuzilava com seu olhar
- oque foi? Não me olhe assim!
Me seguiu até o carro em silêncio, e quando esse começou a andar ele soltou o verbo
- que porra foi essa Massimo? Disse em fúria, e apenas olhei pela janela, segurando meu queixo
- não importa, ela está certa, vou mandar Laura de volta a Polônia! Não posso deixar que ela corra riscos por minha causa!
- posso saber oque ela te disse pra mexer com a porra da sua cabeça?
- só me disse verdades! O exame já saiu?
- não ainda não!
- eu não sei se quero ver!
- não quer saber se Stela é sua filha? Você estava todo feliz Massimo, e agora isso, não entendo!
- se não for minha, é de Adriano!
Meu coração se rasgava com as palavras que saiam de minha boca e o pensamento me corroía.
- do que está falando irmão?
- Você se lembra quando estrupei Laura? Eu não me lembrava pois estava bêbado e drogado! Acordei ao lado dela toda machucada.
Ele me olhava sério processando cada palavra minha.
- Ela me mostrou, foi ele, foi ele quem a estrupou e bateu nela como trapo Domenico! Ele machucou e a fez correr para os braços de Nacho!
Meu corpo se encheu de irá e soquei o banco a frente, em minha boca já podia sentir o gosto de sangue, e a vontade de mata-ló.
- desgraçado!
- você o achou? Eu preciso disso, está na hora de um acerto de contas com ele!
- meus homens estão nisso Massimo, mesmo assim não entendo, você transou com Amélia! Laura não vai te perdoar! Porque fez isso?
- porque percebi que ela estava certa Domenico, eu não consigo proteger Laura, não posso deixar que ela corra risco por estar comigo, por mas que eu a ame, está na hora de deixá-la ir! E isso, isso foi o motivo porque a coragem eu não tenho, ela não pensará mais em mim, vai ser feliz, talvez até se case na Polônia e tenha outros filhos!
Meu olhar estava longe e triste, minhas palavras saiam pela boca mas não entravam em meu coração, somente cortavam e rasgavam como uma fraca de serra, novamente o sofrimento começaria.
- irmão, não faça isso, ela te ama, e escolheu estar com você, não a mande embora Massimo! Você já parou para pensar que ela tem direito de escolher? Nem tudo é culpa sua, não carregue o peso do mundo em suas costas!
- ela é meu ponto fraco, tem um alvo em suas costas, qualquer um que me odeie mirara nela! Assim como meu próprio irmão! Não posso a defender, já tentei e falhei!
Meus olhos mesmo vendo as belas paisagens, escorriam lágrimas, tentei as limpar mais outras ensistiram em sair.
Senti a mão de Domenico em meu braço
- Massimo! Sinto muito irmão, mais abrir mão de estar com ela não é a solução!
- você tem algo melhor em mente Domenico?!
Meu tom era arrogante porém ele já era acostumado, se arrumando no banco passou as mãos na cabeça passando pelo cabelo e parando na nuca
- tenho, matar todos! Adriano, Amélia, Ana, e quem mais entrar na frente!
- você se esquece que nem sempre estaremos por perto delas, e que tem crianças nisso! Não somos mais adolescente drogados, prontos para atirar Domenico!
- bom, não vejo porque não! É bem mais fácil! E mantém nossa reputação Massimo, ele fez uma pausa respirando fundo
- você tem ficado fraco irmão! Seus inimigos entram em sua casa, pintam e bordam! Pegam nossas mulheres e ficamos quietos? Está na hora da porra da guerra Dom Massimo! Temos homens, temos dinheiro e armas! O que mais está esperando?
- posso concordar com seu plano, mais está feito, Laura voltará para Polônia! Eu não a deixarei no meio dessa merda! E a próxima vez que me chamar de fraco, eu te dou uma surra irmão!
Ele riu e relaxou
- ok, quero ver você dizer isso olhando direto pra ela
Ele riu mais alto como uma piada
- ela vai te matar! Já vou arrumar o funeral!
Em um momento acabei pensando nela e ele estava certo, me veio o riso junto e fiquei como bobo em meus pensamentos na pequena polonesa brava.
O carro parou e estavamos de volta ao hotel, era cerca de duas da manhã, quando entramos para nosso apartamento, Domenico se retirou a seu quarto e fui ao meu.
Meu celular vibrou, e no visor a mensagem com seu nome aparecia.
Senti minhas pernas ficarem bambas, e meu coração, estava a galope em meu peito, nunca mais eu iria sentir a sensação de amar alguém assim em minha vida!
- boa noite amor, talvez você já esteja dormindo, mais queria lhe dizer que vou ficar mas três dias aqui, temos muito para fazer e pouco tempo.
Vou sentir sua falta!
Te amo!
Eu queria poder ligar para ela e dizer que iria a seu encontro, mais eu me sentia imundo e detestável, ela merece o melhor e concerteza não sou eu.
Segurei minha vontade de falar com ela, ainda não estava pronto e não queria mentir, tomei um banho e depois de algum tempo rolando na cama, acabei dormindo.
O dia amanheceu rápido e a ressaca acabava comigo.
Me veio a lembrança de tudo oque havia acontecido, toda a merda que fiz, e que agora havia perdido de vez a mulher de minha vida!
Me levantei ainda com os olhos grudentos, se podesse eu ficaria o resto do dia na cama, porém estava na hora de agir.
Precisava falar com Laura e deixar ela ir em segurança, antes que a matança começasse, mais ela estava em NY e não queria fazer isso lá, então terei que esperar.
Desci as escadas do apartamento, Domenico estava na bancada com um olhar sério, segurando uma xícara e olhando um papel
- bom dia Domenico! Está tudo bem?
Ele me olhou e esticou seu braço com o papel em minha direção
- bom dia!
- oque é isso? Disse pegando a folha de sulfite
- o exame!
Meu coração quase saiu pela boca, senti minhas mãos suando enquanto tentava ler o papel, e minha visão ficou turva
- iii, me diga Domenico!
Ele abriu um sorriso
- positivo irmão, Stela é sua filha! Parabéns!
Ele me abraçou alegre, mais quando caiu minha ficha não contive as lágrimas, cai de joelhos com as mãos na cabeça
- porra! Eu estraguei tudo! Minha menina, eu vou perde ela denovo! Não sei se consigo irmão, não sei tenho forças, e agora já está feito! Laura não vai me perdoar!
- Massimo...
Ele disse buscando mas palavras, e não achou.
Três dias longos se passaram, fugir de suas ligações e mensagens, de suas fotos quentes deliciosas e saber que isso a machucava, foi uma tortura sem fim.
Meus homens me avisaram imediatamente quando ela chegou na mansão, eu estava fora nesse momento e quase não tive coragem de voltar para enfrentá-la.
Cheguei na mansão com o coração na mão, era um péssimo dia, eu já havia brigado com todos desde cedo, parecia que tudo me aborrecia até mesmo respirar.
Me acomodei na biblioteca, sentado na poltrona, me virava nela remoendo e pensando, apertando uma caneta em minha mãos, quando ouvi o barulho da porta e a quebrei, meu peito ardeu com sua imagem, a hora havia chegado, rezei para que Deus me desse força pois precisaria.
- Laura!
Eu olhei em sua direção e ela já estava com olhar enfurecido
- Massimo!
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365 DNI O reencontro
Hayran Kurgu4 livro, depois de cinco anos, Laura e Massimo se encontram, escrito por uma fã