capítulo 31

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Três tiros foram o suficiente para o homem grande cair no chão e apagar, a poça de sangue se formou rapidamente embaixo do corpo, e percebi que estava morto.
Meu corpo estremeceu e ardeu, pela primeira vez matei alguém! Não me senti mal pois esse tentava matar minha amiga, e foi legítima defesa.
Olhei para a parede e Olga estava caída, havia desmaiado
- ooh porra, Olga isso não é hora!
Caminhei em sua direção, me abaixei e dei alguns tapas em seu rosto tentando acorda-lá
- vamos puta, acorda por favor temos que sair daqui!
- Olga
De vagar a vi abrir os olhos confusa, quando viu o homem morto na poça de sangue levando um baita susto
- oque? Mais, Lari, foi você que o matou?
- sim agora levanta Olga, as crianças estão no outro quarto! Temos que ir pra lá, a casa foi invadida!
- ooh puta obrigada! Se não fosse você ele teria me matado!
- jamais deixaria ele te matar oque seria de mim sem você meu amor?
Ela sorriu pra mim, e começou a se levantar de vagar, tendo uma tontura ao fazer, eu a segurei apoiando em mim ajudando-a.
Saímos do quarto e seguimos pelo corredor, quando abrimos a porta do quarto certo, e Olga ia entrando.
No fim do corredor surgiu um homem não muito alto, e não era amigável, sua arma na mão e acelerando o ritmo ao nos ver.
Empurrei Olga para dentro e entrei junto trancando a porta e empurrando a cômoda na frente com a ajuda da babá.
Não demorou muito e o homem começou a bater na porta empurrando com muita força, todos nós apavorados tremendo de medo, a porta abriu uma pequena brechinha nós deixando ver.
Segui para a frente da mesma ficando em pé bem perto e mirei minha arma.
O tiro rasgou a porta e atravessou, então um baque no chão e o silêncio reinou, provavelmente o homem estava morto.
Senti algo diferente em meu corpo, algo como satisfação, por pode proteger minha família e a mim mesma, estava orgulhosa e sem medo.
Decidimos não arriscar sair até alguém nos procurar, não queríamos por as crianças em risco, então ficamos cerca de meia hora a espera, meu celular havia caído em meio a correria e não tinha como ligar pra ninguém.
Mais alguns minutos se passaram quando ouvimos um barulho no corredor, ficando todos apreensivos.
A porta extremeceu e eu já estava mirando em sua direção novamente
- Laura? Está aí?
Senti meu corpo relaxar ao ouvir a voz de meu amado, até que fim eles haviam chegado
- sim estamos!
Com ajuda das babás, retirei a cômoda de frente a porta, abrindo a mesma.
Massimo e Domenico estavam do outro lado, o corpo frio do homem que eles arrastaram da frente encostado na parede.
Sai correndo caindo em seus braços, ele me apertou forte e senti algumas lágrimas saírem de meus olhos em sinal de alívio.
Seu rosto veio ao meu me encarando sério, limpando meus olhos, quando atacou minha boca, em um beijo terno e macio.
Eu amava esse homem, mesmo com toda a confusão em sua volta, estar com ele era delicioso, e eu me tornava o melhor de mim mesma, menos medrosa e bobona, aprendendo a me defender.
Terminamos o beijo nos virando ao outros, e pra nossa surpresa todos nos encaravam como se estivessem assistindo um filme romântico.
Stelinha interrompeu o silêncio correndo até nós
- tiooo Massimo!
Ele a agarrou e ergueu no colo, ficando no meio nosso
- oi pequena
- você tá namorando minha mamãe?
Ele me olhou surpreso com a pergunta e todos rimos, ela era uma criança muito esperta
- estou sim Stelinha, se você deixar é claro, posso namorar sua mamãe?
- sim, respondeu ela rindo.
Todos estavam alegres a nosso redor, quando Olga teve uma leve tontura e quase caiu, Domenico a segurou rapidamente em seus braços
- meu amor você está bem?
perguntou preocupado
- sim, estou, mas um homem me prensou contra a parede e tentou me sufocar, se Laura não tivesse chegado eu estaria morta!
Massimo me olhou admirado e lhe lancei um sorriso
- obrigado Laura!
- oh Domenico eu amo ela e só eu posso a matar!
- e esse outro? Disse Massimo ainda com Stelinha em seu colo, mirando seu olhar ao canto da parede
- ele tentou invadir o quarto então atirei pela porta
Disse enquanto olhei o homem morto ensanguentado sem receio algum.
Voltei meu rosto ao dele, e vi seu olhar selvagem aparecer, então o encarei por um instante e meu corpo ardeu em desejo.
- vamos Olga vou te deitar em nossa cama e chamar um médico!
Domenico saiu a carregando em seu colo em direção ao quarto, e as babás o seguiram levando Lucca e Isabelle.
Viramos também os seguindo para fora do corredor ensanguentado, Stella estava no colo de Massimo, quando no fim do corredor Bárbara chegou
- Massimo, temos que conversar!
Ele pôs minha pequena no chão e virou a mim
- Laura já volto, qualquer coisa estou na biblioteca!
Meu peito rasgou em dor, logo após tudo oque aconteceu, ele me deixaria sozinha pra ir com essa vadia, minha cara não foi a melhor, e ele percebeu.
Sua mão veio a meu rosto e ele se aproximou, sondando minha boca
- te amo Laura! Eu sou só seu!
Meu silêncio permaneceu, eu estava magoada, não ia o perdoar fácil assim.
- prometo que vou te recompensar!
Beijou minha boca rapidamente, e saiu dando de costa a nós, segurei Stelinha em meu colo caminhando em direção a meu quarto
- filha oque acha de nós duas irmos ao cinema? Comer pipoca e tomar um sorvete assistindo filme?
- amei mamãe
Ela ria em meus braços e a minha tristeza passou, Stelinha sempre estaria comigo e era a melhor companhia que eu poderia ter!
Tomamos um banho juntas, brincando embaixo da água e me esqueci dos problemas desse dia, não estava em clima para Massimo, e queria descansar minha mente um pouco.
Saímos rápido no Bentley, dois homens nos seguindo na SUV preta, não liguei de usar os seguranças hoje, ainda mais depois dos ataques de cedo.
Estava no meio do caminho e meu celular apitou uma mensagem, no visor apareceu seu nome
- a onde está indo?
Ainda estava com raiva dele, e era óbvio que os homens lhe contaram que me seguiam nesse momento.
Pensei um momento e depois decidi lhe responder
- cinema
Não demorou muito e ele respondeu
- bom filme amor!
- estou com saudades
- quando voltar vou te foder até não conseguir gozar mas!
Não lhe respondi nenhuma mensagem, senti meu desejo aparecer mais não ia ceder fácil assim, minha fenda ficou molhada e apertando minhas pernas me contorci pensando em seu pau gordo ainda dirigindo.
Chegando ao shopping, passamos por algumas lojas bem legais, e acabei comprando algumas roupas novas pra mim e Stella, ela quis também uma boneca e não neguei.
Era cerca de quatro da tarde entramos no cinema, o filme durou cerca de duas horas e comemos uma balde grande pipoca e depois o sorvete.
Saindo do shopping dei de cara com alguém que a muito não via, a loira alta e magra de nariz empinado, desfilava em minha direção olhando surpresa
- Laura a quanto tempo!
- Anna!
Lhe lancei um sorriso falso não muito amigável
- olha só essa é a filha de Nacho, como está grande
Puxei Stella para trás de mim a escondendo dessa mulher
- oque quer Anna? Por que veio até mim?
A encarei séria e furiosa, esperando o sinal para ataca-lá, meus homens estavam apreensivos atrás de mim e ela sozinha, então ri pois essa perderia a luta
- querida, não vim te sequestrar, não quero você apaixonada por mim, aliás já passou no médico para conversar sobre Estocolmo?
- vai se foder!
- nossa que bela mãe, falando palavrão na frente da filha pequena, aliás tem certeza que é de Nacho? Os olhos dela são iguais ao seu, mais a boca, aí essa boca, concerteza é a de Massimo!
- querida ainda não o esqueceu? Achei que estava satisfeita com Adriano! Desculpa se te doe saber que nunca foi o amor de Dom Massimo!
Ela ardia em fúria, quando deu um passo pra cima de mim e o segurança a parou, e eu ri com deboche de sua cara
- isso não vai ficar Laura! Você é apenas uma tola, que não sabe onde está se metendo, sempre por fora e indefesa, coitada precisa de homens para defende-lá!
Eu estava com a glok que ganhei de Domenico na cintura, devido aos acontecimentos achei melhor não sair desarmada, então rapidamente a saquei e mirei em sua direção
- quem está indefesa agora querida? Com um aperto seus miolos vão ao chão!
O segurança entrou em nosso meio
- senhoras, devo as lembrar que estamos no shopping! E tem crianças aqui!
Segurei firme a arma, levando a mira em sua cabeça, seus olhos me queimavam de ódio, então apenas ri, e relaxei o braço descendo a arma
- não vale apena te matar Anna, prefiro te ver sofrer por mas tempo!
Sai andando segurando minha pequena pela mão, dando de ombros a ela, os homens me seguiram quando a ouvi dizer
- tchau Laura, te vejo em breve!
Eu apenas a ignorei e entramos no carro, dirigindo o Bentley pelas ruas de Sicília, a situação se repetiu várias vezes em minha cabeça, todo esse dia desde de cedo foi um tumulto, que loucura!
Chegamos na mansão e tudo estava quieto, não havia mais rastro dos ataques de cedo além dos furos de bala nas paredes.
Me recolhi com Stelinha a meu quarto, era cerca de sete da noite, e como havíamos comido muito estávamos sem fome.
Estavamos brincando no tapete com sua nova boneca, quando uma leve batida foi ouvida na porta, senti meu corpo arder e pensei que talvez fosse ele, me levantei rapidamente indo a abrir.
A pequena moça branca, estava parada na frente
- senhora Laura, vim ver se quer que faça a mesa para o jantar  ou vai comer no quarto como Olga e Domenico!?
- não Joanna, obrigada comemos bastante no shopping, como está Olga?
- bem senhora, a médica saiu tem algumas horas e Domenico está com ela!
- oh sim, ok então
Já ia fechando a porta quando lhe perguntei curiosa
- Joanna, sabe de Massimo?
- ele saiu um pouco antes da senhora chegar do shopping e ainda não voltou!
- obrigada
Lhe balancei a cabeça, e entrei para o quarto fechando a porta.
Fiquei decepcionada, esperava que ele me avisasse ou estivesse comigo nesse momento, mais como sempre não sabia seu paradeiro.
Me joguei bufando na cama
- mamãe, vem brincar!
Olhei em direção a Stelinha e ela ainda tinha energias depois de tudo, então não tive escapatória e me juntei a ela na brincadeira.
As horas passaram rápido, e Stelinha finalmente se cansou.
Eu toda hora olhava o visor de meu celular mais nada havia nele.
Por volta das nove e meia me aconcheguei com minha pequena na cama, lendo para ela um história infantil.
Ela adormeceu logo, e fiquei sozinha com meus pensamentos, meu ódio por Massimo estava no limite, e ele me pagaria!
Levantei da cama saindo do quarto, indo em direção a varanda tomar um ar.
A noite estava linda então me sentei no banco e fiquei admirando as estrelas. Peguei meus fones de ouvido com uma música calma e lenta, tentando relaxar minha mente.
A brisa fresca batia em minha pele, eu estava apenas de camisola e um cardigan fino aberto por cima.
Alguns minutos se passaram, quando senti sua mão quente em meus ombros, e logo após beijou meu rosto, senti seu cheiro de banho fresco e meu coração gelou.
Sentou a meu lado enquanto fingia o ignorar, percebi que falou algo mas não entendi, o fone estava alto em meu ouvido, e apenas olhei para o nada com meu rosto sério.
Sua mão foi a meu ouvido retirando o fone de um lado
- Laura?!

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