CINCO

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A água batia em meus pés, fria

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A água batia em meus pés, fria. Tinha amarrado meu cabelo em um coque no alto e colocado os óculos para cima da cabeça. Estava buscando coragem para entrar, quando senti Ian segurando meu pulso e me puxando para dentro.

- Não! Não! Calma! - gritei tentando voltar.

Ele apenas ria e nos puxava mais para o fundo. Senti até meus ossos congelarem e arrepiei.

- Está bem? - perguntou sarcástico e eu joguei água em seu rosto.

- Mas que inferno, viu?! - reclamei mal-humorada e com o queixo tremendo.

Ele gargalhou e mergulhou, vindo até mim. Eu ainda dava pé ali, mas estava ficando fundo. O que não me implicava em nada, já que eu sabia nadar.

- Você é muito fresca! - ele disse me provocando.

Ergui as sobrancelhas para ele, o que só o fez rir mais. Respirei fundo e me aproximei mais, com o melhor sorriso safado que eu consegui fazer.

- Eu poderia te mostrar a fresca, se você quisesse! - disse descendo os olhos pelo seu abdômen perfeito.

Passei, suavemente, a mão pelos músculos de seu braço direito e voltei a olhar em seus olhos.

Na mosca.

Sua expressão se tornara séria, absolutamente sexy. Seus olhos encaravam meus lábios e vi suas pupilas dilatadas. Exatamente como eu queria.

O puxei, lentamente, até onde eu não dava mais pé e, em um gesto atrevido, enrolei minhas pernas em seu quadril.
Ele me encarou com as sobrancelhas erguidas e eu dei de ombros, me fazendo de inocente.

- Eu não sei nadar. - enrolei os barcos em seu pescoço - Não queremos nenhuma morte hoje, não é?

Sorri e deixei meu rosto bem próximo ao dele. Seus olhos claros me analizavam com interesse explícito e mordi os lábios, ansiosa.

Foi o suficiente.

Suas mãos agarraram minha cintura, fortemente e sua boca capturou a minha em um movimento bruto. Engoli o sorriso de satisfação e deixei que me beijasse. Sua boca era macia em contato com a minha, apesar do beijo voraz. Sua língua acariciava a minha e me vi obrigada a segurar seus cabelos da nuca entre os dedos.
Uma de suas mãos desceu até minha coxa, acariciando minha pele desnuda enquanto a outra apertava a carne da minha cintura.

Mordisquei seu lábio inferior e me afastei um pouco, sorrindo.

- Agora a gente está se entendendo. - falei baixinho perto de seu rosto e ele riu.

Ele inclinou o rosto para me beijar de novo e eu soltei minhas pernas de seu quadril, me afastando. Vi sua surpresa inicial e depois ele sorriu e cruzou os braços.

- Achei que não soubesse nadar. - disse ao me ver ir nadando até a parte que eu dava pé.

- Deus! - fingi surpresa - É um milagre!

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora