DEZESSETE

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Acordei no dia seguinte e Ian não estava no quarto

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Acordei no dia seguinte e Ian não estava no quarto. Mas no frigobar tinha um bilhete dele, dizendo que havia saído para uma reunião e logo estaria de volta. Pedia também para que eu não saísse, já que não sabia me comunicar e poderia me perder.

Provavelmente, ele tinha razão. Porém, eu nunca tinha sido adepta da razão. Tomei um banho rápido, prometendo a mim mesma que tomaria banho naquela banheira a noite. Fiz leves cachos nas pontas do cabelo e amarrei em um rabo de cavalo alto. Passei um batom nude com uma sombra da mesma cor. Vesti um vestido rosa simples com um salto preto. Básica, mas muito bonita.

Mandei uma mensagem para o moreno, dizendo que apenas iria dar uma volta. Mexi em sua mala e peguei alguns dólares dali, afinal, precisava de dinheiro. Saí do hotel e estava me sentindo a maioral quando ergui o dedo para chamar um táxi na rua movimentada.

- Central Park. - falei ao motorista, tentando algum sotaque inglês e o vi franzir as sobrancelhas. Mas parece ter entendido, já que deu partida.

Me vi parada em frente ao local indicado e estava quase babando quando ouvi o homem falar algo embolado. O olhei, esperando que dissesse mais devagar para que eu conseguisse captar algo, mas ele apenas parecia esperar uma resposta minha.

- Desculpe, o que? - perguntei em português e me toquei que ele não entenderia - Sorry, what? - forcei umas das duas únicas palavras que eu sabia naquela língua.

Ele repetiu e eu ainda estava sem reação. O moço, irritado, esfregou o dedo indicador e médio no polegar e entendi que ele estava falando de dinheiro.

- Ah, claro! - disse compreendendo. Mas não sabia quanto que tinha que pagar.

Olhei para a nota de vinte dólares e a ergui para o homem, como se perguntasse se aquilo servia. Ele arrancou a nota de minha mão e não fez menção de me dar algum troco.

- Mesquinho! - xinguei saindo do carro e ele quase não esperou que meus pés se firmassem ali para arrancar com o carro, quase me levando junto - Babaca! - gritei sabendo que ele não ouviria.

Voltei meus olhos para o Central Park e suspirei. Deus, como eu sonhava em pisar ali. Mas, apesar disso, fiz a fina e segui para o centro do local com classe.

Bom, quase, já que meus saltos não ajudavam em contato com a grama.

Peguei meu celular e comecei a tirar várias fotos. A câmera não era a melhor, mas a luz e minha beleza compensavam.
Fiquei por muito tempo só tirando fotos e observando os americanos agindo como se aquilo fosse super normal.
Um tempo depois, meu celular tocou.

- Oi, gato. - atendi ao ver o nome de Ian brilhar na tela.

- Onde você está, sua doida? Não me diga que se perdeu.

- Acho lindo a fé que você leva em mim. - ironizei - Não estou perdida, estou no Central Park.

- Minha reunião acabou agora. Vou até aí e te busco para irmos almoçar. Infelizmente tenho outra reunião na parte da tarde.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora