TRINTA E QUATRO

656 74 52
                                    

Depois de uns minutos em silêncio, Ian abriu minha mão e pegou a correntinha prata que estava acolhida ali

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Depois de uns minutos em silêncio, Ian abriu minha mão e pegou a correntinha prata que estava acolhida ali. Entendendo o que ele queria, segurei meus cabelos e ele passou o cordão pelo meu pescoço, o fechando. Seus dedos deslizaram por minha pele e eu puxei uma respiração forte, tentando controlar a expectativa. Sentia que depois de muito tempo, estávamos tendo uma chance.

- Você não tem que mudar - ele sussurrou passando as pontas dos dedos pela curva do meu pescoço. - Quer dizer, não completamente. Eu gosto de você por quem é. Claro que um pouco de juízo não faria mal.

- O que está tentando dizer? - perguntei curvando o rosto na direção de sua mão. Ele ficou na minha frente novamente e me olhou bem nos olhos.

- Eu te amo, Alessandra. Pode ser uma loucura gigante o que eu vou dizer, mas estou disposto a arriscar o que for. Você tem meu coração nas mãos para fazer o que quiser. Se quiser, quebre-o. O nosso futuro, o meu futuro, só depende de você. Eu tentei muito esquecer você, mas falhei miseravelmente. E eu prefiro viver no risco com você do que ser um miserável sem você. Então que seja. Acredito que não queria mais me dar um golpe, mas se quiser, faça.

Pisquei uma vez, digerindo o que me foi dito. Não tinha percebido que meus olhos estavam molhados até uma única lágrima os deixar. Limpei o rosto rapidamente, me perguntando se ele falava sério ou se estava zombando de mim, não o julgaria se estivesse.

- Está falando sério?

- Mais sério do que estive em toda a minha vida.

Coloquei minhas mãos em cada uma de suas bochechas e puxei seu rosto para mim, selando seus lábios com os meus. As mãos de Ian seguraram minha cintura e ele retribuiu meu beijo calmo. Passei as mãos para o seu pescoço, acariciando com as pontas dos dedos os cabelos de sua nuca. Tudo parecia perfeito, como se cada peça de minha vida estivesse perfeitamente encaixada. Com os lábios colados aos dele me senti certa pela primeira vez. Me senti extasiada.

Encostei minha testa na dele e mantive os olhos fechados, apenas o sentindo pelo cheiro e toque. Meu coração estava descompassado. Não podia crer que estava realmente me dando outra chance. Deslizei meu polegar sobre sua pele lentamente, em um carinho.

- Obrigada - sussurrei - Obrigada por me dar essa chance. Olhe para mim - abri os olhos e ele fez o mesmo - Não vou te machucar. Cada dia, cada minuto de toda a minha existência será para fazê-lo extremamente feliz. Para agradece-lo por ter mudado toda a minha vida e, principalmente, por ser bom o suficiente para me dar seu perdão. Jamais poderia achar alguém melhor.

Ele levou uma de suas mãos ao meu rosto e repetiu o carinho que o fiz. Seus olhos me transmitiam amor e mais paz do que já vi em toda a minha vida. Tê-lo comigo me trazia aquilo. Me levava a um patamar de calma e felicidade jamais experimentado.

- Eu acredito na mulher que eu vi em você. Acredito e aposto tudo nesse sentimento que não me deixa ficar longe. Não poderia ser diferente.

Sorri e me afastei um pouco.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora