OITO

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Ela estava estática em meus braços

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Ela estava estática em meus braços. Sem reação.
Eu tinha que admitir que ficava um pouco confuso em relação a ela.

Pude ver que as palavras daquela mulher a afetaram, mas ela não parecia o tipo de pessoa que se afetaria com tão pouco. Apesar disso, vi como ela tinha ficado um tanto quanto sensível com a nossa conversa de antes.

A loira pigarreou e se afastou devagar.

- Não quero que tenha pena de mim. - vi seu sorriso ousado surgir e ela aproximou o rosto de meu ouvido - Quero que tenha outras coisas.

Ri totalmente desacreditado. Nem em uma hora daquelas ela parava.

- Certo, vamos voltar lá para dentro então. - desviei o assunto e ela gargalhou.

Entramos novamente no bar e fomos para onde o resto do pessoal estava.

- O que vocês foram fazer lá nos fundos? - Aurora perguntou em um tom malicioso e todos começaram a rir, inclusive Alessandra.

- Aí, como são maduros! - ironizei e me sentei em um banco.

Ficamos mais duas horas ali e depois fui levar Alessandra e Aurora para sua casa. A ruiva, diferente da última vez, já saiu logo do carro.

- Decidiu o que vai fazer amanhã? - Alessandra perguntou se virando para mim.

- Tive dúvida em algum momento? - ri.

- Bom, eu te dei uma opção. Não me surpreende não ter levado a sério, já que parece me achar uma palhaça. - ela revirou os olhos.

Desconfiava que sua sinceridade excessiva tinha algo a ver com os drinks que bebeu depois que voltamos para o bar.

- Não te acho uma palhaça. Mas não dá para fingir que você não é engraçada.

- Mas eu não falo as coisas apenas para as pessoas rirem. Eu falo sério!

- Por isso que é engraçado. - dei de ombros rindo de sua reação.

- Então, você vai nessa coisa amanhã?

- Hoje, você quer dizer. - ri ao olhar o relógio e ver que já se passavam das três da manhã - Sim, eu vou. É importante para o meu futuro.

- Futuro. Isso não existe. O presente existe e é só ele que você vai viver. - piscou um olho - Se você só pensar no futuro não vive o agora. Vou indo!

Soltou a bomba no meu colo e já ia saindo, mas não antes de se virar e dar um selinho em meus lábios. Ela era completamente doida.

[...]

Cheguei na empresa cheio de sono. Parecia mais um morto vivo do que uma pessoa normal. Poderia facilmente dormir em pé.

- Que cara é essa? - meu pai perguntou quando entrei em sua sala.

Uma Caixa De Amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora