Ei, não crie expectativas!
Ela está longe de ser a mocinha dos livros de romance.
Não. Alessandra Oliveira nunca foi a mocinha inocente que todos esperavam. Sempre foi muito ambiciosa e vaidosa. Por outro ponto de vista, poderia até ser a vilã desse...
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Ela estava estática em meus braços. Sem reação. Eu tinha que admitir que ficava um pouco confuso em relação a ela.
Pude ver que as palavras daquela mulher a afetaram, mas ela não parecia o tipo de pessoa que se afetaria com tão pouco. Apesar disso, vi como ela tinha ficado um tanto quanto sensível com a nossa conversa de antes.
A loira pigarreou e se afastou devagar.
- Não quero que tenha pena de mim. - vi seu sorriso ousado surgir e ela aproximou o rosto de meu ouvido - Quero que tenha outras coisas.
Ri totalmente desacreditado. Nem em uma hora daquelas ela parava.
- Certo, vamos voltar lá para dentro então. - desviei o assunto e ela gargalhou.
Entramos novamente no bar e fomos para onde o resto do pessoal estava.
- O que vocês foram fazer lá nos fundos? - Aurora perguntou em um tom malicioso e todos começaram a rir, inclusive Alessandra.
- Aí, como são maduros! - ironizei e me sentei em um banco.
Ficamos mais duas horas ali e depois fui levar Alessandra e Aurora para sua casa. A ruiva, diferente da última vez, já saiu logo do carro.
- Decidiu o que vai fazer amanhã? - Alessandra perguntou se virando para mim.
- Tive dúvida em algum momento? - ri.
- Bom, eu te dei uma opção. Não me surpreende não ter levado a sério, já que parece me achar uma palhaça. - ela revirou os olhos.
Desconfiava que sua sinceridade excessiva tinha algo a ver com os drinks que bebeu depois que voltamos para o bar.
- Não te acho uma palhaça. Mas não dá para fingir que você não é engraçada.
- Mas eu não falo as coisas apenas para as pessoas rirem. Eu falo sério!
- Por isso que é engraçado. - dei de ombros rindo de sua reação.
- Então, você vai nessa coisa amanhã?
- Hoje, você quer dizer. - ri ao olhar o relógio e ver que já se passavam das três da manhã - Sim, eu vou. É importante para o meu futuro.
- Futuro. Isso não existe. O presente existe e é só ele que você vai viver. - piscou um olho - Se você só pensar no futuro não vive o agora. Vou indo!
Soltou a bomba no meu colo e já ia saindo, mas não antes de se virar e dar um selinho em meus lábios. Ela era completamente doida.
[...]
Cheguei na empresa cheio de sono. Parecia mais um morto vivo do que uma pessoa normal. Poderia facilmente dormir em pé.
- Que cara é essa? - meu pai perguntou quando entrei em sua sala.